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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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O meu primeiro de Maio

O primeiro de Maio já lá vai mas não resisto a umas pinceladas sobre o mesmo antes do 25 de Abril de 1974.
O pessoal do reviralho ansiava por este dia para dar largas no terreno à revolta. Uns dias antes “papeis” eram clandestinamente espalhados pela cidade a anunciar a manifestação. Logo pelo começo da tarde os trabalhadores e sobretudo a massa estudantil começavam a juntar-se na baixa do Porto em redor do “cavalo”. D. Pedro IV foi testemunha de muitas destas acções contestatárias ao regime de então.
A PSP às ordens do firme e temido major Santos Júnior colocava forças policiais em carrinhas, na Praça D. João I, Largo dos Lóios e Praça Filipa de Lencastre prontas para cascar enquanto agentes da PIDE camuflados com a multidão ajudavam na trolhada. O comandante da força num carro com megafone subia e descia a Avenida dos Aliados dando cinco minutos para dispersar a partir daí não se responsabilizava com o que pudesse acontecer com as forças a entrar em acção. Eu que também andava por lá sempre numa atitude defensiva era um mais na contabilidade das massas contestatárias. Numa das vezes safei-me por uma unha negra quando a borrasca se instalou. É que aquilo era mesmo a doer e até pacato cidadão que fosse apanhado levava por conta.
Ainda bem que agora o primeiro de Maio é comemorado em liberdade, só não entendemos como podem os trabalhadores fazerem esta festa em locais separados – estou a referir-me à CGTP e UGT. É pena que os interesses partidários ou sindicais continuem a dividir as pessoas.  

 

Fiquem bem, antonio