Capitão de Abril
Os vapores da revolução do 25 de Abril de 1974 acarinhada pelo povo que saiu em massa para a rua foram-se esfumando e à luz dos dias de hoje é legítimo interrogarmo-nos, que benefícios o povo usufruiu. Já o 28 de Maio de 1926 tinha sido apoiado pelas massas populares e depois deu o que deu. A independência das colónias, que aconteceu após a revolução dos cravos, era inevitável e aconteceria sempre, qualquer que fosse cá o regime. E a democracia que foi instalada com o golpe só vai servindo aos partidos políticos e todos aqueles que gravitam à sua volta. E não tenhamos ilusões, é com a capa da democracia que se estão a dar as mais sofisticadas sapatadas todas cobertas pela legalidade democrática. A cardápia de encobridores a começar pela legislação dúbia é demais. De entre toda esta trapalhada de gente que se amanha eis que surge alguém – um capitão de Abril, homem sóbrio, de carácter, que na atitude que tomou deu uma bofetada de luva branca aos legisladores e àqueles que aprovam leis tão desajustadas ao pobre país onde vivemos. Trata-se do General Ramalho Eanes que recusou € 1,3 milhões de retroactivos a que legalmente tinha direito. Curvo-me a este homem!...
Fiquem bem, antonio