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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Conhecer melhor a cidade do Porto VII

      No âmbito dos Passeios de Outono, organizados pelo Departamento de Cultura da Câmara Municipal do Porto, vai realizar-se no próximo sábado, dia 4 de Outubro, uma visita guiada pelo Dr. Helder Pacheco, subordinada ao tema "Carlos Alberto instala-se no Porto", com partida às 09h30 do Palacete dos Viscondes de Balsemão (à Praça Carlos Alberto), Estalagem do Peixe, Viela do Assis e Casa do Dr. Assis, Carmo, Carregal, Beco do Paço, Rua dos Quartéis, Palácio Monfalins e Terenas, Macieirinha e visita ao Museu Romântico. As inscrições, gratuitas, são feitas pelo 223 393 490, na sexta-feira anterior, das 10h00 às 13h00. Então até breve.

Saudações tripeiras do Francisco.

Olhar o Porto - LIII

Ontem deu-me para dar uma esticadela às canetas e daí fui até ao jardim do Môrro em Vila Nova de Gaia. A vista soberba que dali se vislumbra sobre o Porto deixa qualquer um a olhar e a saborear. Pela ponte de Luís I com a brisa a dar nas ventas é local privilegiado para caçar umas belas imagens quer a montante quer a jusante. E até o próprio METRO que passa ali a reduzida velocidade por segurança, oferece aos seus utentes uma vista deslumbrante. Enfiei-me pelas ruas Chã e Cimo de Vila com passo vagaroso e descontraído como quem não quer a coisa e constatei aquilo que já sabia de outras andanças. Comércio oriental porta sim, porta sim e a provar isso foi a quantidade de gente estranha a falar língua que não domino, com que me cruzei. Se querem a prova passem por lá e digam alguma coisa. Só duas garinas que estavam à porta de um bar, pareceu-me que falavam português ficando na dúvida se seria português do Brasil. Já por aqui falei nestas ruas, ver o link, que foram “tomadas”, agora só reforço o que aqui escrevi.

 

Na crónica de 25 de Setembro, no JN, Helder Pacheco fala no ponto de abandono, habitacional e comercial, e degradação a que chegou a Rua Mousinho da Silveira bem como outras do centro histórico. Frisa que chegou-se a essa situação devido a medidas urbanisticamente incompetentes, e bem sabemos como os poderes autárquicos gerem as malandrices do urbanismo como a da quinta do Ambrósio aqui em Gondomar segundo o que se vai sabendo pela imprensa. E aqui há duas questões a considerar, ou a imprensa é alarmista, ou então aqui na cidade que já foi agricolamente terra de nabos é agora terra de ervas daninhas, passe a ironia, como ainda hoje se pode ver pelo JN. Mas voltando à crónica de Helder Pacheco podemos dizer que a culpa recairá nos gestores municipais do passado, mas, pensando melhor, não será um fatalismo da nossa era? É que a desertificação dos centros históricos acontece em muitas outras cidades do litoral como Lisboa ou cidades do interior como Bragança, portanto são situações transversais optando as pessoas por se instalarem pelos subúrbios. E então a bola de neve está montada, as pessoas fogem dos centros das cidades porque cada vez por lá há menos residentes, com a consequente insegurança que isso significa. E se a debandada foi acelerada, agora o sentido inverso será muito mais difícil apesar da recuperação do edificado. Há sempre quem ganhe com esta deslocação das centralidades, mas os centros históricos perdem os residentes, ficam descalçados.
 

 

   Fiquem bem, antonio

Pela ruralidade - XXIV (O centenário)

A cada passo nos media somos reconfortados com a longevidade, cada vez maior aqui pela Europa. Caixas jornalísticas nos dão notícia de fulano ou beltrano ter comemorado o centenário em boa festa com toda a prole, filhos, netos, bisnetos e por aí adiante. A imprensa tem de ocupar o seu espaço, entretendo o pagode, nem que seja para dizer que um par de octogenários xexés, que se conheceram no Centro de Dia, vai dar o nó!
Dos mil passarás mas dos dois mil não passarás, dizia o rifão popular. Aos cem chegarás se antes não te sumirás, será um ditado mais assertivo.
Hoje quero falar do centenário da casa de família na aldeia, onde fui parido. O meu avô, criado de servir, rumou ao Brasil, no vapor, onde foi carroceiro, amealhou uns patacos e chegou lá à terra com ar de gente botando figura. Se outros pergaminhos não tivesse, o facto de ter mijado no mar dava-lhe galões. Mordomo da Irmandade da festa lá da terra ao lado dos maiores era um estatuto invejado pela gente pobre que era mais que muita. Quando faleceu em 1935 o elogio fúnebre que lhe fez um conterrâneo, noticiado no extinto jornal “A defesa de Arouca” que há pouco tempo descobri, denota que era pessoa estimada na terra. Fez então no regresso do Rio, casa de boa cantaria, que foi o centro da azáfama agrícola para onde convergiam os haveres das terras trabalhadas pelos caseiros. Nos fundos, para a abegoaria entra-se por um portão de duas folhas, o original era de gonzos, com forte aldraba, ao abrir rangia anunciando tempo seco, encimado por uma padieira granítica talhada, suficientemente largo para dar entrada a umas vacas apostas, mas que não fossem de grande armação. A um lado cortes para o gado pesado, bem como a cortelha das ovelhas, o chiqueiro do porco, a capoeira dos galináceos debaixo do pátio e ao fundo, entrando-se por uma porta com cravelha a loja onde a velhíssima vara, tal como o fuso e o peso continua agora como quando me conheci, igual a si mesma. Os lagares, dois, de quatro avantajadas pedras laterais cada um e a dorna que se não levasse uma pipa de vinho andaria por lá perto, feita de uma só pedra. Um amontoado de pipas que já há anos não levam gota de vinho, são referência de casa farta no passado. Na lateral da abegoaria o carro das vacas, com os fueiros hirtos nas chedas e no chadeiro os dois malhais para equilibrar o transporte de uma eventual pipa, o arado, a grade, o cambão, o semeador, o sachador. Numa espécie de prateleira as molhelhas e o jugo (lá chamam-lhe “acha”), a soga e as apeaças, uns gigos, cesta de vindima ainda com o gancho, uma graveta, uma sachola da roça, outra de empegar o milho e até por lá uma ladra, tudo em eterno descanso – aqui jazem as memórias da ruralidade.
A solidão fúnebre da casa , este ano centenária, só é despertada pelo alegre chilrear das andorinhas que a partir de Fevereiro a habitam e por ali se demoram até ao fim do Verão. Voltam sempre e reconstroem os ninhos que ficaram do ano anterior, por baixo das cornijas e no alpendre anexo. Nesta altura de fim de Verão vão-se agrupando às dezenas nos fios telefónicos que passam por ali perto para iniciarem o regresso para longes paragens, e quem diria, para o centro e sul da África!...
 

Até ao ano minhas queridas, não se esqueçam de voltar!...

 

    Fiquem bem. antonio

Pelo JN

Hoje abro o JN e fico perplexo. A secção “Polícia e Tribunais” que até há pouco tempo ocupava menos de uma página, hoje tem matéria gorda para ocupar cinco folhas. E pasme-se, as duas primeiras são preenchidas com notícias da moda, vejamos:
- Jóias roubadas, valiam um milhão;
- Encapuzados roubam Audi em gasolineira…;
- Três bancos assaltados em Lisboa e Setúbal;
- Grupo de oito pessoas tenta levar multibanco.
Nas outras três páginas além das sapatadas de que a Braga parques é acusada e de casos de faca e alguidar ainda sobra espaço para noticiar que na Trofa encapuzados assaltam bomba da Galp.
Pôrra, não aguento mais… E ninguém vai travar isto? As pessoas queriam mais segurança, mas parece que deste governo, que anda entretido a dar às escolas computadores Magalhães, não se vêm medidas confiantes.

 

Gente do poder, quer sejam governantes ou grupos económicos, fazem do povo gato sapato. Agora que estava na forja um forte movimento contestativo às gasolineiras patrocinado pela DECO eis que numa jogada de mestre desses descarados fazem uma descida estratégica para ficar tudo apaniguado.
 

 

      Fiquem bem, antonio

Olhar o Porto - LII

Hoje já ninguém tem dúvidas que Portugal já não vai lá das canetas se continuar a malhar mais no mesmo. O sector agrícola foi-se, o das pescas idem (que pena tanto mar a banhar a costa!) e o sector industrial continua frágil com fecho constante de muitas empresas que pareciam sólidas no mercado. A ajudar todas estas incapacidades olhamos para a educação com muitas incertezas, só não as têm os governantes que vão-se desdobrando, dizendo que está a ser feito um grande esforço. Ultimamente até andaram pelas escolas ministros a rodos a presentear com cheques os melhores alunos!... Até apetece dizer parafraseando Almeida Garrett “ Foge, cão, que te fazem barão! Para onde? Se me fazem visconde”.
Com este cenário assim na mó de baixo estaremos tolhidos numa camisa de doze varas?!... Penso que há saídas que ainda não foram devidamente exploradas – o sector do turismo. Acabo de ler na revista do JN de sábado uma entrevista ao empresário dos barcos no Douro, Mário Ferreira, onde diz que a aposta que fez no rio foi certa. Lembra que nas primeiras viagens, num barco de 120 passageiros desceu o Douro apenas com dois japoneses, e remata que hoje são 500 pessoas a subir e 1000 a descer. Eu próprio quando me desloco, e faço-o muitas vezes, à Ribeira do Porto quer de noite ou de dia sinto-me "estrangeiro" tal a quantidade de algaraviada de línguas que não domino. Há que saber aproveitar, dinamizando o sector turístico.
E estou agora a pensar alto, como seria uma aposta acertada a preservação da emblemática linha do Tua no âmbito turístico! Pensada na sua manutenção, não pela cinzenta CP, mas por gente dinâmica que abrisse o Douro e as suas paisagens envolventes ao turismo. Eu sei que há o dilema entre a barragem e a manutenção da linha. Pois bem parece que a curto  prazo a primeira é mais rentável, mas há que pensar bem. Grandes obras que se fazem abafando outras por vezes não resultam. Querem um exemplo? O belo verdadeiro Palácio de Cristal aqui do Porto, foi substituído por aquela calote esférica sem jeito e utilidade. Na altura foi só aplausos e palmadinhas nas costas, hoje as cabeças pensantes não vão nesse sentido. Portugal precisa de pensamentos largos e não de joguinhos de merceeiro!...
 

  (A imagem é da Ribeira num dos dias soalheiros num Verão cabisbaixo)

 

   Fiquem bem, antonio

Passeios de Outono II

 

Meus amigos

Venho por este meio convidar-vos a espreitar o álbum de fotografias que se conseguiu elaborar da visita de estudo que se fez hoje, dia 21 de Setembro de 2008, ciceronada pelo Dr. Júlio Couto, no âmbito dos Passeios de Outono. O tema foi "Os Liberais instalam-se no Porto."

Para tal, basta clicar na fotografia.

Saudações bloguistas do Francisco.

Pelo JN

Entre a muita "palha" que os jornais diariamente entulham as consciências de quem tem o hábito de ler há sempre uma ou outra notícia, não as de parangona, que nos prende a atenção. Desta vez uma pequena notícia vinda lá de Chaves: Câmara regula trânsito de charretes, era o minúsculo título. A seguir uma descrição sobre a regulamentação desse meio de transporte dizia que os cavalos terão de usar "fraldas".

Estou a lembrar-me, há meia duzia de anos quando fui à populosa e turística cidade de Fez, em Marrocos, ter lá visto essa indumentária e ficado não direi basbaque mas sorridente. Por essa altura foi também para mim motivo de admiração ter conhecimento que na Suiça havia WC para canídeos, por cá também já se vão vendo em zonas mais chiques, como na Foz. Pelo empedrado das ruas históricas do Porto é a imundicie que se sabe!

São estas normas higiénicas civilizacionais que me lembrei e que quis aqui deixar.

 

   (antonio)

Passeios de Outono I

Meus amigos

Venho por este meio convidar-vos a espreitar o álbum de fotografias que se conseguiu elaborar da visita de estudo que se fez no passado domingo, dia 14 de Setembro de 2008, ciceronada pelo Dr. Helder Pacheco, no âmbito dos Passeios de Outono. O tema foi "O exército libertador no Porto."

Para tal, basta clicar na fotografia.

Saudações bloguistas do Francisco.

Olhar o Porto - LI (Os mais...)

Quando olhamos para trás para o percurso da vida somos despertados por vivências que à luz dos tempos de hoje nos parecem caricatas. Uma cidade está numa transformação constante física e culturalmente.
Em 1971 o homem mais alto do mundo, penso que media quase dois metros e meio, moçambicano, e o mais baixo, este de Vila Nova de Gaia, foram figuras de cartaz devido às suas dimensões inusitadas, que um empresário engendrou para ganhar uns cobres num espaço fechado. Montou esse espectáculo “circence” no agora denominado  jardim Paulo Valada, ao tempo um descampado, precisamente no local onde mais tarde foi construído o jardim infantil da freguesia do Bonfim. Como andava por aquela zona nas minhas lides académicas recorda-me de ter visto, meio camuflado pelo empresário, a desoras, o desconforme moçambicano no Café Nova Lua que ficava até ainda há pouco tempo no gaveto da Rua Santos Pousada com a Rua do Moreira.
A rotina do nosso país propiciava que o que saísse fora do comum era olhado com espectacularidade. Já antes o preto da Casa Africana na Rua de Sá da Bandeira fazia as delícias dos caçadores de ilusões. Mas se formos recuando no tempo, nas Comemorações do Centenário no Estado Novo, em 1940, pretos que vieram expressamente das, na altura colónias foram o grande chamariz para o povo vindo da província, muitos nem o mar ainda tinham ainda visto!... A minha mãe é testemunha desse acontecimento.
Claro que hoje podemos direccionar a nossa admiração noutras vertentes e ficarmos basbaques, ou talvez não, ao interrogarmo-nos quantos comerciantes portugueses ainda restam nas Ruas do Loureiro, Chã e Cimo de Vila! E quantos chineses, indianos, paquistaneses, marroquinos lá e noutros locais assentaram arraiais. Os tempos são outros e já ninguém olha para o lado a mirar se aquela carinha tem olhos à “chinoca” ou se tem a cara “enfarruscada”!...
 

  Fiquem bem, antonio

O fim do mundo de José Júdice

Sem mais delongas, encaminho-vos, meus caros amigos, para uma crónica da autoria de José Miguel Júdice, publicada no Metro de 10 de Setembro de 2008. Só vos digo que é um espectáculo !!! Vale a pena gastar 3 minutos a ler esta crónica. Basta clicar no logótipo.

Saudações bloguistas do Francisco.

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