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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Linha do Tua II

O artigo publicado na sexta-feira, 29 de Agosto de 2008, sobre este assunto, pelo meu amigo António, fez-me ir à procura do tal artigo do Público «Chora, meu Douro, chora. Ou revolta-te!» Infelizmente, não consegui encontrá-lo on-line, para o poder partilhar convosco. Todavia, é-me muito fácil adivinhar o conteúdo do mesmo. Nessa pesquisa, encontrei, entretanto, um outro artigo publicado sobre o mesmo assunto e na mesma data, da autoria de Pedro Garcias, que passo a transcrever com a devida autorização do autor. Aos poucos, vou juntando informação sobre este assunto para formar a minha própria opinião. Saudações bloguistas do Francisco.

 

Inquérito preliminar não encontra causas para acidente na Linha do Tua

 

27.08.2008, Pedro Garcias

 

 

As entidades envolvidas asseguram que estava tudo bem na parte que dizia respeito a cada uma delas

 

 

O relatório preliminar do inquérito aberto ao acidente de sexta-feira com um comboio da Linha do Tua que provocou um morto e 37 feridos foi ontem à noite entregue ao ministro dos Transportes, Mário Lino, e afasta a existência de qualquer problema com a automotora e com a linha.
A equipa de investigação, liderada por um técnico do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres e que integra elementos do Metro de Mirandela (responsável pela exploração da linha), da CP (a proprietárias das automotoras) e da Refer (a quem cabe fazer a manutenção da via), não avança qualquer causa para o acidente. Na prática, as entidades envolvidas, todas com interesses directos no caso, limitaram-se a assegurar que estava tudo bem na parte que dizia respeito a cada uma delas.
As investigações esbarraram, no entanto, num problema legal relacionado com o disco que mede a velocidade da automotora. O disco foi recolhido logo a seguir ao acidente por elementos do núcleo de investigação criminal da GNR, que se recusaram a entregá-lo. Só o entregam ao Ministério Público. A investigação pedida pelo Governo não pôde, assim, contar com uma informação relevante neste processo, apesar de o maquinista que dirigia o comboio acidentado garantir que circulava abaixo do limite recomendado para aquele local (35 quilómetros por hora).
O presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, não acredita na tese da sabotagem, alegadamente motivada pela anunciada construção de uma barragem que vai inundar grande parte da linha. "Ninguém ia colocar em risco a vida de pessoas por causa disso", diz. Uma possível explicação para o acidente pode estar na abertura de uma vala que a Refer fez junto à linha para a instalação de um cabo de fibra óptica. Junto ao local onde a automotora descarrilou, eram visíveis os sinais de obras recentes efectuadas mesmo por debaixo da plataforma. O representante do Metro pretende que esta hipótese seja investigada, uma vez que pode dar-se o caso de a base de cascalho que suporta a plataforma ferroviária ter cedido. A Câmara de Mirandela também vai pedir a intervenção de peritos estrangeiros, uma vez que, como sublinhava José Silvano, os técnicos que estão a fazer o inquérito pertencem a organismos e empresas com interesses na Linha do Tua.

 

Olhar o Porto - L

Depois daquela intervenção desastrosa que foi efectuada na "sala de visitas" da cidade do Porto as críticas choveram mais que muitas sobre aquele deserto eirado em que transformaram a placa central da Avenida dos Aliados. Tentando responder a Franc. que num post anterior se referia a esta temática, digo que para calar os críticos a C.M.P. tem-se esfarrapado para dar àquele espaço alguma utilidade. Tapar o sol com uma peneira é um exercício perdido e então que se tem por lá observado? Desde carroceis, insuflaveis para a miudagem, pirosa árvore de Natal, barracas de comes e bebes, bancas de artesanato globalizado, matraquilhos às tantas e agora o tal café, tudo isto emoldurado com o tanque de água, por favor não lhe chamem espelho de água para a minha sensibilidade não ficar ferida, quase sempre cheio de folhagem e papelada onde a miudagem faz por lá uns chafurdos nesta época estival. (Tanque das lavadeiras como disse numa crónica o Dr. Júlio Couto cronista do Porto Canal sobre as estátuas de Henrique Moreira que estão na Avenida dos Aliados).

Parabéns aos cérebros da CMP que idealizam, desta maneira tão pobre, uma cidade! Eu não gosto.

E por falar em gostar, também não gosto nada do que vi no largo da Rua da Banharia com a Rua Escura e Rua do Souto. Parecia um arraial, um corrupio de jovens a ir e a vir. E ninguém faz nada!... Deitei depois uma olhadela à Praceta do Duque da Ribeira, antiga Viela do Anjo e a degradação continua desde há anos após uma tentativa de melhoramento do espaço. A recuperação das casas da Rua Mousinho da Silveira está em bom ritmo, veremos depois que moradores vão rentabilizar aqueles espaços. Com uma cultura que se inseriu nas classes médias de não quererem viver na parte histórica da cidade, fica-me uma interrogação sobre a maneira de trazer estas pessoas de volta!...

 

   Fiquem bem, antonio

Linha do Tua

Isto de facto não dá para entender as não explicações sobre os descarrilamentos na linha do Tua. Não há anomalias na linha nem na composição, segundo o comunicado. Como é sabido que a locomotiva naquele troço anda a cerca de 35 à hora podemos pois admitir que algum fenómeno extra-terrestre ou quiça uma rabanada de vento empurrou a carruagem. Estas explicações são razoáveis num país do faz de conta!... Só espero que a Secretária de Estado e o Ministro dos Transportes não embarquem em explicações do politicamente correcto, mas já estou por tudo.

Conheço a Linha do Tua que já percorri por quatro vezes sempre com vontade de voltar a admirar aquela bela horrível paisagem. Pareceu-me das suas palavras que a Secretária de Estado estava sensibilizada para a preservação de tão emblemática linha mas o anúncio da feitura da barragem que submergirá parte da linha, por sinal a mais bela, duvido que possa contrariar interesses económicos que falam mais alto. Se assim for, será uma grande perca para a região. Mas melhor do que eu fala o artigo de 27 do corrente, no Público, que sugiro, de Gaspar Martins Pereira "Chora, meu Douro, chora! Ou revolta-te!".

 

     Fiquem bem, antonio

Guna - ser ou não ser

- Não, meu caro António. Na minha óptica, tu não foste um «guna involuntário». Tu foste um passageiro que queria pagar bilhete, ou no apeadeiro ou na estação ou dentro da composição e directamente ao revisor, e não conseguiste os teus intentos. A culpa não foi tua. Pelo menos para mim. Agora, quanto a ser guna...Isso era uma filosofia de vida! Ser guna era viajar ao ar livre. Era sentir a adrenalina de poder escorregar a qualquer momento e de saber o que tinha a fazer. Era o sentimento de rebeldia da juventude de se afirmar. Era o sentir o vento a bater na cara e a gelar ainda mais a face que já não ia muito quente, principalmente quando, do lado de dentro, um olhar de reprovação, ou melhor, muitos olhares de reprovação incidiam nos olhos do guna. Era o ter lugar sentado dentro do eléctrico e o viajar sem pagar. Está tudo dito. É aqui que reside a diferença. Saudações bloguistas do Francisco.

Olhar o Porto - XLIX (O borlista)

Como já há uns tempos que o computador acusava uma sonolência irritante não tive outro remédio senão despachá-lo para o estaleiro para lhe sacarem a tendência virulenta e lhe injectarem uma dose de ar fresco. O gajo estava mesmo numa de alentejano, devagar devagarinho que se faz tarde e ia-me dizendo na surdina, se tens pressa vai andando!... Estamos na época do que é para hoje devia ser feito ontem de modo que não estava a aguentar mais, tamanha morrinhice do sacana! Além do mais estava teimoso, embora dócil, como um burro mirandês, dava-lhe ordem para encerrar e não é que o filho dum gaio não obedecia! Tratei-lhe então da saúde sujeitando-o à humilhação de lhe abrirem as entranhas para lhe extirparem o mal pela raíz.

- Metam-lhe o bisturi sem anestesia, sugeri ao operador de serviço, nada de paninhos quentes. E aqui está ele agora mais rejuvenescido.

 

No post anterior abordamos as viagens de eléctrico para a praia dando destaque aos surrelfas que se baldavam ao pagamento do bilhete, encarrapitados nos estribos dos eléctricos.

Mas afinal quem é que gosta de se chegar à frente, de cara alegre, quer seja a liquidar os impostos, pagar andantes caros ou encargos bancários que ficam pelos olhos da cara? Digamos pois que as borlas têm sempre um sabor especial e eu que o diga, então vejamos.

Há dias com dois amigos numa das passeatas malucas fomos aqui do Porto a penantes até Miramar apreciando a orla marítima que está um brinquinho. Depois do almoço fomos para a estação para embarcarmos no comboio de regresso. Um dos meus amigos tinha andante carregado que validou, eu não nem o outro compincha, e como na estação não havia máquina de carregamento pagaríamos ao revisor no comboio. Bem, só quando chegamos ao Porto é que apareceu o dito, vinha já a meio da carruagem quando saímos sem pagar. Não nos sentimos com encargo de consciência, pois nada fizemos para nos baldar, foi no entanto motivo para troca de risos malandros e trocadilhos amistosos com o nosso amigo que não teve a mesma sorte(?)

Eu fui um guna involuntário?!...

 

   Fiquem bem, antonio

Regresso de férias

Estimados colegas

Posso lançar-vos o desafio de partilhardes connosco o que de melhor ou de pior se passou nas vossas férias? Ou, para fazer o pedido de outra maneira, por que não partilhais connosco os momentos de férias que tivestes em 2008? Podeis até aproveitar para nos dar conselhos úteis, não? Eu penso que este espaço merece essa atenção da vossa parte. Então mãos à obra.

Beijinhos e abraços do Francisco.

Reparo

Eu penso que tenho o direito de criticar. Eu acho que tenho até o dever de criticar. O que é que eu critico? Critico quem deu autorização para ser instalado na Avenida dos Aliados uma tenda que funciona de café. Não é um vulgar café, dir-me-ão alguns. Pois não, remato eu, pois se fosse não teria honras de ali se instalar ad eternum. Quem por lá passa vê as inscrições DOWNTOWN LOUNGE. Chega a casa e insere-o no Goggle. Resultado: ver aqui. Mas eu não terei o direito de perguntar com que direito a autarquia consente a colocação de mais um café na Avenida dos Aliados? E os restantes cafés que por ali existem, onde estão as suas críticas? Ai não lhes faz mal? Ai é mais café menos café? E as fotografias que se tirarem da Praça da Liberdade à Avenida dos Aliados, não vão ficar preenchidas com um grande espaço que é estranho, no mínimo? Eu já não sei que diga nem sei que pense. Realmente, isto vai de mal a pior. Não lhe gabo o gosto, Senhor Presidente da Câmara Municipal do Porto. É certo que também tem direito a ter mau gosto... Saudações bloguistas do Francisco.

Crónica de domingo

      Apetece-me escrever para partilhar convosco a alegria que me vai na alma. Seria um egoísmo demasiado «pesado» ficar com toda esta alegria que sinto e não colocar à vossa disposição. E porque hoje é domingo há tempo para sentir os sons da Natureza. É tão agradável poder distinguir os berros das gaivotas dos trinados das aves canoras. E porque hoje é domingo há tempo para apreciar as cores da Natureza. É tão agradável sentir que o verão se está a despedir e já se aproximam as tonalidades do Outono. E porque hoje é domingo há tempo para usar os cinco sentidos do corpo humano. É tão característico o cheirinho a carne assada quando passo junto às janelas das cozinhas. É tão agradável viver um dia de cada vez. É tão bom poder viver um domingo apreciando o tempo a passar e o pôr-do-sol a acontecer. Sem querer dar conselhos a ninguém, não posso deixar de referir o carpe diem e dizer que se deixem de coisas e apreciem a Natureza. A vida é bela, podem crer. Saudações bloguistas do Francisco.

A propósito...

A propósito do artigo aqui publicado pelo meu colega e amigo António no dia 19 de Agosto de 2008, sob o título «Olhar o Porto - XLVIII (A praia e os putos)», venho aqui lançar um desafio:

- alguém me saberá dizer como se chamava aos miúdos/catraios que se dependuravam na parte exterior dos eléctricos para viajar sem pagar bilhete?

Eu sei e aviso que o Google ainda não conhece essa designação. Experimentei e...nada. Esta imagem não ilustra muito bem mas serve para dar uma ideia. Fico a aguardar as vossas tentativas. Saudações bloguistas do Francisco.

Olhar o Porto - XLVIII (A praia e os putos)

 

                                  (imagem actual da Praça da Batalha)

 

Como estamos em plena época estival, o Verão aqui no norte vai forrêta mas enfim,  lembrei-me de ir lá atrás ressuscitar a praia da minha juventude. Há uma questão cultural que nos está enraizada de considerarmos que o mês das férias, da praia, da manga curta, das gajas descascadas é o mês de Agosto. Pode chover picaretas ou os governantes virem com a treta das férias repartidas ao longo do ano que nada vai alterar a rotina dos portugas, contrariando o dito popular que diz que  primeiro dia de Agosto, primeiro dia de Inverno. 
Lá no fundo do meu baú estou a sacar umas idas à praia aqui à beira da porta. Já se ouvia falar no Algarve (não ALLgarve, ministro Pinho, que ideia descabida para não dizer pirosa!) para alguns com cacau, eu limitava-me a ir à praia Emília Barbosa, em Matosinhos, era assim que as praias eram conhecidas, pelo nome dos concessionários. De eléctrico, pois claro, lá ia eu no rodas de ferro a abarrotar de gente pela Avenida da Boavista. Famílias com a canalhada à perna, seniores de canadianas, lancheiras, geleiras, um ou outro cabeça de casal com um garoto de 2,5L, leia-se, garrafão de tintol, guarda-ventos e sacos com barracas pessoais, era a alegria do povo sedento por apanhar sol e água salgada que era terapêutica, dizia-se. No meio de toda aquela algaraviada apinhada como sardinha em lata o guarda-freio via-se em apuros, mal podia manobrar a alavanca da condução, e para mais lá de trás o condutor (cobrador), de bigodaça farfalhuda, saca de couro a tiracolo, besuntada pelo uso, vociferava: senhores passageiros cheguem à frente, (ou atrás?), fazem favor… Este, vulgo pica, após cada paragem dava dois toques com o alicate num varão e dizia alto e bom som para o guarda-freio: deixa andar. A seguir não perdia tempo enxotava com energia os putos que iam à gosma nos estribos do eléctrico, o guarda-freio usava a mesma rispidez quando parava o amarelo para sair com uma alavanca mudar a agulha (para os menos entendidos, mudar de linha). Quando “in extremis” os putos tinham de abandonar a borla, rapidamente apanhavam o eléctrico seguinte, eram uns reguilas, safavam-se sempre. E se o transporte era o autocarro de dois andares era vê-los encarrapitados na parte posterior no vão entre o motor e a parte de cima do dois pisos.
Estes putos, (ver link ) c/letra de Ary dos Santos e música de Carlos do Carmo , também estão nas minhas memórias!...

 


  Fiquem bem, antonio

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