Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Foto do dia

 

Vamos alegrar o blogue!

Vejam a graciosidade colorida do vestido da artista!

(pesquei esta imagem no blog "o jumento"), antonio

 

 

37º aniversário de curso VIII

Hoje são 28 de Maio de 2008. Quando foram 28 de Junho de 2008 espero, sinceramente, estar muito feliz, junto de muitos colegas de curso que se estão a reunir para comemorar o 37º aniversário do curso de 1969/71 da Escola do Magistério Primário do Porto. Então até lá. Ah, não se esqueçam de efectuar a vossa inscrição, enviando o cheque.

Saudações magistéricas do Francisco.

Dia Europeu do Vizinho

Em termos religiosos há o dia de todos os santos, mas como se isso não bastasse em cada dia do ano o calendário religioso celebra o dia do santo tal…
A sociedade civil também arranjou maneira de a troco de tudo ou de nada instituir dias para tudo e mais alguma coisa. O dia de hoje “Europeu do Vizinho” é para mim motivo de alguma reflexão. Como me considero um citadino com raízes na ruralidade sou confrontado por isso mesmo com uma dualidade ao encarar a vizinhança. A proximidade no meio rural é como já aqui abordei num post anterior, uma família alargada, onde se ao anoitecer se ouvir um espirro no centro cívico da aldeia, na manhã seguinte toda a gente sabe quem está constipado. Na minha aldeia, apesar do povoamento ser muito disperso, assim acontece.
No meio urbano, ao contrário, o afastamento humano é de tal isolamento que os vizinhos quando muito fazem um cumprimento, não direi frio mas inexpressivo, quando se encontram no elevador do prédio. Eu não sou propriamente um extrovertido, até serei mais o contrário, no entanto faço um esforço por entrar no espaço dos meus vizinhos mais próximos. Mas quando sinto que da outra parte não há abertura, não forço a barra, fico-me pelo “bom dia”! Claro que essa atitude no meio urbano pode ter uma razão no  sentimento de auto-defesa quando não se sabe as origens, comportamentos, etc. dos nossos vizinhos. Se bem que essa explicação pode ser redutora, pois do maior conhecimento de todos melhorará a auto-defesa tão necessária na actualidade.
Bem, não vou acabar o dia de hoje sem dar um cumprimento com sorriso facial ao vizinho mais sisudo!...
 

 

   Fiquem c/boa vizinhança, antonio

Conhecer melhor a cidade VII

Ontem, domingo, dia 25 de Maio de 2008,  foi dia de acompanhar o Dr. Helder Pacheco em mais um dos Passeios da Primavera 2008, organizados pelo Departamento de Cultura da Câmara Municipal do Porto, concretamente «da Praça D.Pedro ao Largo da Aguardente». Clicando sobre as fotografias, podemos ver dois álbuns fotográficos que procuram registar esta visita de estudo. 

Saudações tripeiras do Francisco.

 

Olhar o Porto

A manhã estava propícia para mais uma visita à cidade sob orientação do Dr. Helder Pacheco. Da Praça de D. Pedro ao largo da Aguardente rezava o opúsculo convidativo. Os nomes mudaram, os espaços estão modificados mas a substância mantém-se: Praça da Liberdade e Praça Marques de Pombal. Logo ali, no ponto de partida, na Praça, uma abordagem negativa como não podia deixar de ser sobre a alteração para pior da que era considerada sala de visitas da cidade - Praça da Liberdade e Avenida dos Aliados. As dicas sobre o edificado do fim do século XIX e princípios do XX são motivos de euforia do Dr. Helder Pacheco em contraste com as malfeitorias dos anos sessenta e setenta em que a nível de urbanismo tudo valia desde a destruição de nobres fachadas de prédios com “glamour” até edificações de autênticos peixes-espadas desenquadrados da harmonia da cidade. Já por aqui tenho feito abordagens a estas sabotagens que desfeiam a urbe.
No largo da Trindade a beleza do edifício camarário, séc. XX e da Igreja da Trindade, séc. XIX em contraste com o chamado edifício dos Correios de um lado e do outro o novo Centro comercial, antiga pedreira da Trindade, construções sem pedigree.
Pela Rua do Almada, rectilínea dos Lóios à Praça da República só podia ter sido concebida por esse grande Francisco de Almada, homem de horizontes alargados que expandiu a cidade para fora das muralhas Fernandinas. Por ela se ia praticamente da Ribeira até à Lapa onde aí se apanhava a estrada de Braga. A outra saída importante da cidade era a chamada estrada de Guimarães, actuais Rua do Bonjardim e Costa Cabral… Homens que pensaram a cidade e que deixam a léguas de distância os actuais gestores públicos.
Na praça da Regeneração, actual Praça da República, o quartel de Santo Ovídio, séc. XVIII bem enquadrado e os palacetes que por ali ainda atestam a pujança da burguesia aliada ao sentido de estética. Na Lapa uma referência à bela Igreja e ao cemitério monumental onde repousam os heróis do liberalismo em mausoléus de grande nobreza. Uma chamada de atenção ao hospital da Lapa com origem em dinheiro de emigrante do Brasil.
Pela Rua de S. Brás chegamos à Rua da Constituição onde o edificado do princípio do séc. XX pode ser admirado não sem um ou outro atentado urbanístico. Chegamos ao Marquês, antigo Largo da Aguardente. Obrigado Dr. Helder Pacheco. Boa tarde e até à próxima.
 

 

    Fiquem bem, antonio

A Escola do passado - II

Em 1959 a Direcção do Distrito Escolar do Porto enviava às escolas a Circular nº 3239 com o título “PÉ DESCALÇO” com o seguinte teor:


Determina-se:
a) Que se continue a campanha inteligente e carinhosa contra o pé descalço, insistindo para que os alunos usem calçado.
b) Que se solicite e agradeça a cooperação dos Reverendos Párocos das freguesias, na exposição dos males advenientes do pé descalço e na criação do hábito de calçar as crianças;
c) Que, no mapa de Outubro-Março, se prestem as seguintes informações para esclarecimento estatístico das autoridades:
1 Alunos matriculados…………
2       "    que, habitualmente, frequentam descalços………
3 Alunas matriculadas………….
4        "   que, habitualmente, frequentam descalças……..
d) Que se estudem, rigorosa e confidencialmente as condições económicas familiares dos alunos, de modo a estabelecer-se, com o possível rigor, os que necessitam da dádiva do calçado, por falta de meios.


NOTA: - Informa-se, confidencialmente, de que vão ser postas à disposição das escolas, muito brevemente, alguns milhares de solipas e tamancos para distribiução pelos alunos mais necessitados.
 

 

                       (antonio)

Memórias da docência

Durante os 3 anos que trabalhei no concelho de Penafiel tive o privilégio de conhecer e participar numa iniciativa inédita e peculiar daquele concelho. Hoje, ao ler o Jornal de Notícias, tive o prazer de poder rever a tradição que ainda se mantém e que faço questão de partilhar convosco. Saudações bloguistas do Francisco.

 

Tradição do carneiro em Penafiel

Olhar o Porto

Hoje saí aqui de casa não sem antes sondar se havia algum programa destinado para a tarde. Não, não havia.
- Onde vais, foi a pergunta na hora.
- Em princípio, sem destino, vou até ao centro do Porto.
Então meti pés a caminho pela marginal até à Ribeira. Tomei um café numa das esplanadas junto ao Cubo e por aí parei fisicamente mas atento ao bulício da zona. O que observo? Aquilo que já doutras vezes me tenho apercebido. Grupos e mais grupos de maduros, principalmente espanhóis que, e muito bem, nos estão a invadir. É um corrupio quer para os barcos rabelos quer para os autocarros descapotáveis. Além fronteiras, (elas ainda existem?), são os nossos camionistas que também invadem o país vizinho mas aí é para atestar de combustível,  as cisternas dos camiões, não é ao preço da uva mijona mas compensa, para infortúnio dos vendedores de cá da fronteira. Vamos é lutar por um único país ibérico e o resto são tretas.
Depois subi pela Rua dos Mercadores. Um ou outro turista perdido, de brinquinho na orelha e nada mais. Prédios de r/c e mais cinco andares, às moscas. Rua da Bainharia e Rua Escura, a situação é confrangedora e agora com perdidos da sorte com aspecto denunciante. Pela Rua do Souto, (à Viela do Anjo nem me arrisquei cuscar tal é a degradação), entro na Rua Mousinho da Silveira e vejo em bom ritmo a recuperação do edificado, bem como na Rua das Flores. Fica-me uma dúvida, depois de tudo recuperado haverá possibilidade de trazer novamente as pessoas para a cidade? É complicado, se nos lembrarmos que por exemplo a intervenção na praça de Lisboa há 15 anos foi muito aplaudida e deu o que se sabe. A Praça Duque da Ribeira, junto à citada Viela do Anjo, intervenção no tempo do Presidente Fernando Gomes, está num caco!
Subo a Rua 31 de Janeiro e então entro na Rua de Santa Catarina onde aí se sente o pulsar da cidade. Deste arrazoado o que pretendo dizer é que há um Porto diurno a duas velocidades. É pena que as ruas do morro histórico da Civitas que numa cidade que se preza deviam ser aquelas que mais apelação ofereceriam ao turista, estejam assim tão desérticas! A nossa sociedade de consumo ainda não conseguiu ultrapassar estas disparidades.
 

 

    Fiquem bem, antonio

Histórias da guerra XII - Quicabo e Ambriz

As histórias da história mais marcantes são sempre motivo de encontros onde os laços afectivos são avivados.
No passado reuniões aqui no Porto dos saudosistas do golpe falhado de 31 de Janeiro de 1891 ou de grupos de republicanos bem como de ex-militares da primeira grande guerra eram sempre comemorados num sentimento de amizade cimentada em situações difíceis.
Nos dias de hoje os convívios de maduros ex-militares, já sexagenários no caso dos nossos comparsas, que deram o corpo ao manifesto na chamada “guerra colonial” fazem-se anualmente por todo o país. O Jornal de Notícias dá conta informativa desses encontros. Este ano o grupo que fez parte do Batalhão de Caçadores nº 1910, esteve em Angola (1967/69) ao qual pertenci, fez o convívio no Quartel de Abrantes local donde partimos para África. Muitos compareceram com esposas, filhos e netos no dia 18 de Maio.
Quero aqui expressar o bom acolhimento que a actual instituição militar nos concedeu nomeadamente visita ao quartel pelo Oficial de Dia após missa em sufrágio pelos falecidos e um almoço bem requintado. Tudo isto adocicado com as histórias que o pessoal recorda como se tivessem acontecido ontem:
“Aquela basookada que passou mesmo ao lado!...”
“Todos nós temos o destino traçado. O comando da secção que foi ao rio buscar água onde morreu o furriel era para ser feita por mim!...”
“”Os burros do mato” atascados na picada para a Fazenda Maria Fernanda, puxados com os guinchos!..."
Enfim aquilo é um desenterrar de recordações que nos fazem viver com um sentimento de união que vai persistindo ano após ano. No fim há sempre um até breve!
 

 

   Fiquem bem, antonio

O meu primeiro

Às vezes dou comigo a ir sacar às minhas memórias episódios que à luz dos dias de hoje parecem caricatos. Há quem goste de falar do primeiro amor, eu vou falar do meu primeiro carro.
Estou a ver-me a conduzir um Citroen Dyane que era considerado um carro económico e com a vantagem de se poder abrir manualmente, claro, a capota nos dias de veraneio. Como eu me sentia feliz numa tarde soalheira, na Avenida Brasil, ao volante com a capota aberta!... Este popó tinha um certo charme e quem hoje acredita que algumas vezes para o tirar da garagem tinha de dar à manivela?!... Já estou a ver os mais novos para quem estes casos são histórias, a pensar que devo ser um cota tipo Matusalén. Não trazia rádio de origem pelo que tive de lhe adaptar um que comprei na Rua do Loureiro. Encostos de cabeça também não fazia parte do equipamento do habitáculo, comprei dois que apertavam no encosto dos bancos, na feira de Vandoma. Do seu poder económico e versátil falava o "spot" publicitário da televisão que mostrava o veículo com a capota aberta e a sair do tejadilho, enxadas, forquilhas, engaços, o que demonstrava a simbologia de um país essencialmente agrícola. Um outro “spot” era bem explícito das mais valias deste carro: “Lá vai a D. Maria no seu belo carrinho, levar os meninos à escola……(blá, blá)... mecânico não precisa e gasolina nem falar!...”
Se o Citroen Dyane tinha gabarito já o seu antecessor, o “Pinchas” não lhe ficava atrás na especificidade de automóvel prático e económico, de rabo alçado, não dado a pressas!
 

        Fiquem bem, antonio

Pág. 1/3