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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Olhar o Porto

O numeroso grupo, eram mais que as mães, ávido de aprofundar os conhecimentos sobre o Porto compareceu às 21 H de ontem junto ao jardim Marques de Oliveira, vulgo S. Lázaro. A força da tradição é mais forte que a vontade dos homens do poder e estou também a lembrar-me do jardim da Cordoaria que oficialmente tem a toponímia de Mártires da Pátria, mas há mais, como Leões, Arca d´água etc...
Com o patrocínio da CMP, com orientação do Dr. Júlio Couto ficamos logo ali a saber que o jardim de S. Lázaro foi o primeiro a ser construído na cidade logo após as lutas liberais, dedicado às mulheres do Porto que souberam encorajar os maridos na defesa das liberdades. Entramos na Rua do Sol cujo nome é devido ao astro-rei que logo ao nascer entra pela rua, já na ponta a Capela dos Alfaiates que veio do morro da Sé já no sec. XX. Seguimos pelo largo 1º de Dezembro e uma olhadela ao exterior da bela igreja de Santa Clara. Com uma chuva miudinha a querer martirizar o grupo seguimos pela antiga rua de D. Hugo onde há a Casa Museu Guerra Junqueiro, antes tínhamos passado junto à estátua equestre de Vímara Peres e à Sé.
Capela das Verdades e descemos pelas escadas do mesmo nome e logo a seguir pelas extensas escadas do Barredo. Ao fundo o nicho sem o Senhor da Boa Fortuna que foi palmado por um “boi” (nome dado àqueles que no bas-fond da cidade têm comportamentos que ferem terceiros). Passagem pelo Bairro Padre Américo e em pleno miolo do Barrêdo, na Rua de Baixo uma das casas mais antigas da cidade. Chegamos à Ribeira, uma referência ao Rio da Vila, à Rua de S. João e à fonte, tudo obra dos Almadas. Aqui uma referência ao S. João do nicho da fonte, que nunca existiu. Agora está lá um “S. João” sofisticado, feito por um escultor da moda. Certo, certo é que ninguém gosta daquela figurinha!...
Postigo do Carvão, na imagem, a única porta da muralha Fernandina que chegou até nós. No Muro dos Bacalhoeiros, uma referência culinária à casa onde nasceu Gomes de Sá, o do bacalhau (Eh ASAE, não mandem alterar o nome, por favor!...). A seguir, Capela de Nossa Senhora do Ó e o empenho dos moradores, segundo Júlio Couto, na recuperação do edifício que estava muito degradado. Pela antiga Rua da Reboleira, sempre com as histórias super doseadas de pimenta brejeira ao gosto do grupo, ora do farmacêutico que tratava não sei o quê, ora do Carlinhos da Sé, figura típica do Porto.

A cidade é isto: a história dos lugares e das pessoas. No primeiro caso a história mantém-se viva mas já as pessoas vão rareando na zona histórica.
Assim foram fechados os passeios nocturnos de Dezembro, agora vamos esperar pelos diurnos da Primavera.

 

    Fiquem bem, antonio

Foto do dia

 

O Pai Natal também passou aqui por Valbom (Gondomar)!... Esta indumentária é própria da quadra natalícia. É uma imagem culturalmente aceite de tal maneira que se por mera hipótese para o próximo Natal a esta hora e neste local não houvesse um único papel fora dos recipientes, algo teria acontecido de maior  neste país para o bem ou para o mal!

 

      (antonio)

Olhar o Porto

Do picadeiro à praia era o mote do passeio nocturno promovido pela CMP sob a batuta do historiador Helder Pacheco.

Sec. XIX e 1º quartel do XX:
Rua da Picaria, estou mesmo a ver por ali estrebarias, ferradores, oficinas de albardeiros e correeiros, gado cavalar bem calçado a trotear na calçada salpicada com esterco. Gente de bem cavalgar a toda a sela com botas cardadas com esporas reluzentes, polainas, pingalim e samarra com gola pele de raposa. O picadeiro era ali, notava-se pelo movimento e pelo cheiro a cavalo que pairava no ar!...

Sec XXI:
O numeroso grupo ontem às 21H a partir do largo Monpilher seguiu pele Rua da Picaria onde ainda abundam as lojas de moveis seguidoras da feira das caixas que existiu em Carlos Alberto. Praça Filipa de Lencastre e ficamos a saber que é recente a sua construção. Pela antiga Rua do Correio chegamos aos Clérigos por onde passava a muralha Fernandina. Mais acima na porta do Olival, no café com o mesmo nome ainda se pode ver no seu interior um pano da muralha. Mais adiante na Rua Barbosa de Castro vislumbram-se as ameias da muralha encoberta agora com o casario. Por ali a casa ligada a Alexandre Herculano, subimos ao morro da Victória onde a vista se espraia, mais abaixo o Passeio da Virtudes, um miradouro que segundo Helder Pacheco rivaliza com outro, o das Fontainhas. Sempre com as histórias adoçadas do historiador passamos por cima do rio Frio encanado por fortes capas graniticas. Vem lá de cima do Carregal e desagua ali perto no Douro.
- Se todo o grupo fizer silêncio, alvitra o historiador, ouve-se aqui debaixo dos nossos pés o rio a cantar em cachoeira!... Todos fizeram silêncio!... E ouviram o rio!...
Entramos no miolo de Miragaia, ruas, ruelas, becos, pequenos pátios e túneis... Finalmente os Arcos de Miragaia e uma referência à casa onde nasceu o escritor Tomás Gonzaga. Em frente o grandioso edifício da Alfândega que veio abafar e menorizar a praia ribeirinha de Miragaia. No passado também se comeram erros graves que hoje quase nos passam despercebidos!

Boa noite e obrigado, até à próxima Dr. Helder Pacheco, foi o coro uníssono de todos os acompanhantes.

Fiquem bem, antonio

Foto do dia. O Inverno

 

Em cima, no Porto, Avenida dos Combatentes. Segunda imagem, em Valbom, junto à Igreja (ao fundo). Ver também aqui.

 

22 de Dezembro. Entrada do Sol no signo CAPRICÓRNIO (rigor nos métodos, elevação nos objectivos). Na noite mais longa do ano, jejue, e aspire à Luz, à plenitude espiritual e veja o nascer do sol e a entrada do Arcanjo Gabriel.

                   (Borda d´água, almanaque)

 

   (antonio)

Ataque de riso!

Há dias estava a ver televisão e numa de "zapping" dou por mim a ver uma sessão de riso. Demorei-me aí um bocado a ver a terapia em todos os participantes e a ouvir, do monitor, os benefícios de umas boas risadas. E se a vida já é tão cinzenta nada como uma boa descontracção.

Hoje abro o JN e dou de caras em parangonas "Metro em Santa Apolónia derrapou mais de 40%". Já sabemos que nas obras estatais é mais milhão menos milhão e até o ministro Mário Lino diz "isto não é propriamente um deslizamento. É uma nova obra, um novo túnel e uma nova estação".

Bem, mas a imagem em caixa, dos nossos governantes é que é interessante, estão a escangalhar-se a rir!  Lembro-me, com o devido respeito, os bonecos risonhos que estão na Avenida dos Plátanos no lado poente do jardim da Cordoaria!  Boa terapia, gente do poder!... Mas que todos os desempregados, idosos, descamisados, reformados com reformas de miséria se pudessem também rir assim são os meus desejos de Natal.

 

   Fiquem bem, antonio

Histórias da guerra - VIII

Às vezes faço uma retrospectiva da minha vida e dou por mim ora perdido no interior de Angola em Quicabo no primeiro ano da comissão militar ora na simpática vila do Ambriz, no segundo ano, situada à beira mar onde já se respirava alguma civilização.
A pasmaceira do aquartelamanto de Quicabo dum furriel miliciano que se movimentava dentro do arame farpado era interrompida por uns dias de licença em Luanda. Regressar à civilização era um luxo e esses dias sabiam a mel. Que saudades da baixa de Luanda na cervejaria “Portugália” ou noutra esplanada marisqueira cujo nome já me escapa, ficava junto ao edifício central dos Correios. Aqui recordo as mesas de mármore e todas tinham um martelinho de madeira para o cliente partir a carapaça dos mariscos geralmente caranguejos. Era um ver se te avias com a cerveja CUCA ou NOCAL e com as vistas da baía ali a dois passos a encher o olho!... Muitas vezes o pessoal também alapava no Cacuaco, ficava entre Luanda e Caxito, onde o marisco abundava.
A guerra, essa tinha ficado lá longe, ou nem tanto, pelo norte de Angola com intervenções esporádicas da guerrilha. A Quicabo chegava-se por uma picada a partir do Caxito. Visionei aqui na Internet num site que o alcatrão tinha lá chegado em 1972. Era ali onde ficava o comando do Batalhão com companhias em Balacende e Fazenda Maria Fernanda. Era então em Quicabo que os sucessivos Batalhões iam deixando os nomes dos mortos em combate gravados em singelos monumentos. O da imagem que estava (estará ainda?) à entrada da povoação era do Batalhão de Caçadores 325 que por lá tinha anteriormente estado, (já aqui mostrei o do Batalhão de Cavalaria 1883). Tenho de memória que um dos militares falecidos no 325 tinha sido antigo jogador ou alguém ligado ao F.C.Porto. Quem souber poderá dar aqui uma ajuda do mesmo modo gostaríamos de saber o testemunho de alguém que tenha visitado no pós-guerra esses locais.


Com as minhas saudações, antonio

Olhar o Porto

 

Noite gelada e o grupo numeroso, diga-se, estava ali junto à Igreja da Lapa para ouvir e seguir os passos do Dr. Júlio Couto. No outro lado da cidade à mesma hora milhares estavam no gélido estádio do Dragão a ver o F.C.Porto – Guimarães.
Da Lapa pela Rua do Paraíso chegamos ao bairro alto (R. Bonjardim) onde o rei e senhor da zona, Gonçalo Cristóvão se travou em mimos com o Marquês de Pombal que não era pêra doce. Subimos pela Rua das Musas e entramos na Fontinha cujos resquícios da era industrial ainda se notam por ali. Mais abaixo as Carvalheiras que tal como a Fontinha mantém o mesmo visual de há cerca de 35 anos quando ali perto frequentavamos a Escola do Magistério Primário do Porto na Rua da Alegria. Espaços mortos da cidade que se vão mantendo sem uma intervenção adequada.
Sempre com a obra dos Almadas como pano de fundo a caminhada continuou por Sá da Bandeira com as histórias pitorescas do Dr. Júlio Couto, pimentadas com o floreado que só ele sabe dar para bem dispor os acompanhantes. Homem que conhece a cidade ao milimetro com a vantagem de ter o conhecimento e de ter nascido no coração da urbe. Entramos na Rua de Santa Catarina que podemos dizer é onde agora o Porto mais ferve, sempre a referir-nos ora aquela placa num prédio onde casou Camilo, outra onde nasceu Arnaldo Gama ou a chamar a atenção para a estatueta de Santa Catarina no gaveto com R. de Passos Manuel e mais à frente junto à Batalha no frontal da livraria Latina o busto de Camões.

A noite estava fria mas aquecemos os nossos conhecimentos sobre a cidade do Porto.

 

   Saudações, antonio

Conhecer a cidade do Porto IV

PASSEIOS DE DEZEMBRO

   Se estiver interessada/o em visionar o registo fotográfico que foi feito por 3 amadores na visita guiada pelo Dr. Helder Pacheco no dia 8 de Dezembro de 2007, dos grifos aos dominicanos, basta clicar AQUI e terá acesso directo ao álbum.

Saudações tripeiras do Francisco.

Porto nocturno

 

"Dos Grifos aos Dominicanos" foi o passeio de ontem com Helder Pacheco patrocinado pela CMP. A imagem  foi sacada do morro da Vitória, numa noite de chuva constante foi o que pôde arranjar. Ao fundo a Serra do Pilar,  marginal de Gaia e o Douro; do lado esquerdo parte do morro da Sé onde vislumbra a Igreja de S. Lourenço mais conhecida por igreja dos Grilos.

Não apanhei o significado de "Grifos", certamente aqui alguém me irá esclarecer, já que me passou pedir a dica ao historiador.

 

               (antonio)

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