Pela ruralidade
S. Gonçalo - Amarante
Sair do meio urbano e dar uma saltada até ao Marão foi a minha opção no passado fim de semana. Do Porto a Amarante é um tirinho e então foi ali mesmo junto ao Tâmega que escolhemos o restaurante para almoçar. Depois de uma olhadela pela parte histórica da cidade, fomos pela antiga estrada do Marão, a tal das curvinhas a dar com um pau, até à aldeia de Candemil, uma das quarenta freguesias (é obra), de Amarante, a convite de um casal de porreiros, residentes em Rio Tinto mas com raízes ali nos contrafortes da serra. Quando esta sinuosa estrada era o única ligação rodoviária de Trás-os-Montes para o litoral dizia-se: "para lá (cá) do Marão mandam os que lá (cá) estão!"
Casa restaurada à maneira e um giro pela aldeia não podia ficar fora do esquema. Casas e mais casas de granito, umas recuperadas, outras a cair de velho e uma desertificação muito acentuada. É uma paz assustadora que aliás é apanágio de todo o meio rural. E a tendência é para piorar pois os sintomas estão à vista. Com o fecho de maternidades, centros de saúde, escolas, baixa de natalidade, desemprego, etc. são factores que infelizmente afectam mais o meio rural. Tudo isto tem acontecido acentuadamente neste governo socialista, que tem sido tudo (economicista) menos social – não é crítica, é uma constatação.
Hoje sabemos que da cidade de Conímbriga apenas restam as ruínas, bem como nas citânias, pois certamente acontecerá com muitas aldeias que se tornarão fantasmas a curto prazo..
Fiquem bem, antonio