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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Olhar o Porto

 

 (Fonte de Villa Parda, Rua do Bonjardim)

 

Hoje passei pelo jardim do Marquês mais numa de rotina do que propriamente na expectativa de não visualizar o desleixo de que há muito por ali assentou arraiais. Depois de constatar aquela pobreza deu-me na tola de ir pela Rua do Bonjardim, antiga estrada de Guimarães, já não passava lá, a pé, há anos.
Logo no início do lado esquerdo, um palacete que dá no olho, fechado, com frondosas árvores nobres nos quintais, agora também com silvados a concorrer. A meio da rua, num gaveto do lado esquerdo, mesmo em frente à Rua do Paraíso dou de caras com um fontanário em pedra trabalhada, que desconhecia. Água nem vê-la. Continuo e observo pouca alma comercial na rua, os restaurantes “Alfredo” e “Sai Cão” prendem-me a atenção pelos nomes sugestivos. Casario a ficar degradado, aliás como em todo o resto da cidade histórica, mas ao chegar ao gaveto com a Rua Gonçalo Cristóvão então aí a hecatombe é notória, numa série de casas incluindo uma onde funcionou o Teatro “Os Comediantes”. Mais à frente o Largo Tito Fontes com o busto de Raul Dória contrasta, está um brinquinho. Andava lá um jardineiro a cortar a relva. Rui Rio não gosta desta gente pois tem mandado empedrar os belos jardins, de preferência com pedra vinda da China. O homem não vai cá em mariquices!...

 

       Fiquem bem, antonio

 


  (Largo Tito Fontes)

 

Dia do blog

Hoje é o dia do blog. E o que se pode fazer para comemorar condignamente esta data? Nada mais e nada menos do que dar alguma atenção, apenas alguma atenção a este humilde blog que quer sobreviver. E quer sobreviver porque foi criado com muito esforço e tem sido alimentado com algum pão e muito carinho. E quer ser o ponto de encontro virtual de todos os colegas do curso de 1969/71 da Escola do Magistério Primário do Porto. E como se pode dar atenção a este blog? Simplesmente comentando os artigos publicados. Para isso basta ter um endereço SAPO e clicar em COMENTAR no final de cada artigo. Também te podes tornar co-autor/a do mesmo, cara/o colega, bastando para tal clicar em PARTICIPE NESTE BLOG. Então até breve e votos de um BOM DIA DO BLOG. Saudações bloguistas do Francisco.

Álbum fotográfico

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This free script provided by
Dynamic Drive

Estas são algumas das fotografias que podemos visionar no álbum de fotos do nosso curso. Basta clicar neste endereço.

http://picasaweb.google.com/rodrigues.franciscosousa

Peço-vos, encarecidamente, que se tiverem outras fotografias que neste álbum não estão expostas, me comuniquem. Basta terem um endereço sapo, clicarem em COMENTAR que se encontra por baixo deste artigo e deixarem a vossa mensagem. Muito obrigado pela vossa colaboração.

Pela ruralidade - O bem precioso

 

  A bica!...

 

Durante centenas de anos o mundo rural não sofreu alterações, foram o carro de bois e a força braçal ícones da agricultura. Na nossa geração a mudança aconteceu com a mecanização e agora mais recentemente com a globalização.
Na terra das minhas raízes essa mudança foi mais retardada pois tem a carga da interioridade acentuada.
Bem, mas o que eu quero hoje trazer à liça é o abastecimento de água, bem precioso para a sobrevivência humana e parece que entre nós, segundo o meteorologista Anthímio de Azevedo, poderá a médio prazo escassear. Assim, das antigas fontes ou bicas como lá se diz, que ainda existem, passou-se em 1955 para a exploração mineira de uma boa água que foi canalizada para dois fontanários públicos, inaugurados nessa data com pompa pelo senhor governador civil de Viseu e pelo presidente da Câmara de Cinfães. Foi também feito um tanque bebedouro para os animais que nessa época abundavam.
Foram estes melhoramentos realizados no âmbito das comemorações do centenário da elevação da vila de Cinfães a concelho. Da notícia do Primeiro de Janeiro da época diz-se: “Agarrados ao labor da terra, respirando o ar sadio da serra a debruçar-se no rio, onde não chegaram ainda as chaminés das fábricas a marcar a gritante mecanização do tempo hodierno que passa e tudo avassala – o povo de Cinfães viveu horas de alegria e entusiasmo” e mais adiante “... ciosa dos seus pergaminhos donairosa nos seus atavios festivos, ao comemorar o 1º centenário de fundação do concelho, deu uma impressionante nota de acentuado amor ao torrão natal da gente oriunda da região”

Actualmente lá na terra anda toda uma azáfama de máquinas a abrir trincheiras, na estrada e nos caminhos, para colocação de tubagem para água e saneamento. Já estou a ouvir aí desse lado: que terra atrasada!...Acresce dizer que o casario é muito disperso pelo que a obra é bastante dificultada. A água virá duma captação do Rio Paiva e o saneamento irá para esse mesmo rio, a montante da captação, depois de tratado. É o progresso! Actualmente quase todas as casas têm água, de captação particular, que vem da serra. Lá na terra diz-se: vamos beber água de lavar o cú!... Não concordando na totalidade com o pensamento que está subjacente a estas bocas, no entanto compreendemo-lo. Só esperamos que quando forem feitas as ligações, não cortem a água que abastece os fontanários com a insinuação de “imprópria para consumo”. Por vezes os interesses ocultos sobrepõem-se aos reais interesses das populações. Vamos ficar atentos!...

 

       Fiquem bem, antonio

 

  O fontenário!...

 

 

 

 

Foto do dia

 

Ontem, como vi os pilares graníticos da que foi "Ponte Pensil".

À ilharga, o ferro com os rebites da "Ponte Luís I". Ao fundo, nesta época, a cosmopolita típica Ribeira (do Porto).

 

                        (antonio)

24 de Agosto de 1820

Assinala-se hoje uma data importante para a História de Portugal. Sinto muito orgulho em ser tripeiro porque a origem dos acontecimentos esteve na cidade do Porto. Fui à procura de fontes informativas e elas aqui estão. Saudações liberais do Francisco.

MINISTÉRIO PÚBLICO

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO 25 DE ABRIL DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

O PORTAL DA HISTÓRIA

PORTUGAL - DICIONÁRIO HISTÓRICO

Pela ruralidade

À primeira vista parece que estamos em presença de uma garagem colectiva ou de recolha como se diz aqui no Porto.
Os dois “carros de vacas”, designação específica da minha terra estão já de semi quarentena no coberto, há uns tempos. Só muito esporadicamente saem.
O que está em primeiro plano é mais antigo. Está apetrechado com uma sebe. A cabeçalha e as chedas, nestas estão embutidos os tornos, são em madeira de castanho. Os fueiros, de carvalho e o eixo é de lodão devidamente rolamentado com as cantadeiras, cocões e pescazes. As rodas são de madeira dura, como convém, de sobreiro com o forte meão preso às cambas pelas relhas. A circundar, os trilhos em ferro, seguros com cavilhas.
O que está em segundo plano é mais modernaço, tem as rodas em ferro. Por esse facto ficou há dias em desvantagem, pois o seu comparsa teve uma saída para uma exposição – feira de artesanato que se realizou lá na terra.


Esta pequena crónica é mais uma faceta do meio de transporte que durante séculos existiu no Portugal rural.

 

    Fiquem bem, antonio

Dia da Fotografia

Comemorou-se ontem, dia 19 de Agosto, o Dia Mundial da Fotografia. Este é, assim, um registo de efeméride a posteriori. Muitos sítios há, como sabem, para pesquisar sobre o assunto. No entanto, permitam-me que dê destaque ao CENTRO PORTUGUÊS DE FOTOGRAFIA. Na blogosfera, também não faltam sítios onde admirar belas fotografias mas permitam-me que dê destaque a CIDADE SURPREENDENTE. Já agora, deixem-me destacar o sítio onde podem ser vistas fotografias desde 1969. Já sabem que me refiro ao ÁLBUM DO MAGISTÉRIO. E se gostarem de ver mais fotografias da cidade do Porto, aqui têm o ÁLBUM 1 e o ÁLBUM 2. A fotografia que ilustra este artigo encontra-se no sítio FOTOGRAFIA E MODERNIDADE. Saudações fotográficas do Francisco.

Foto do dia

 

Ponte Maria Pia, vista por mim! Em segundo plano a Ponte S. João. Ao fundo o casario de Valbom.

Sugiro visionamento da Revista "Tripeiro" deste mês, tem bons artigos sobre esta ponte e também sobre a que foi Ponte Pênsil. Se não estiverem na disposição de desembolsar 3 €, estamos em tempo de economias, façam como eu que numa à Miguel Torga dei uma vista de olhos na Bertrand do Dolce Vitae, ou então passem pela papelaria "Globo", ali para os lados do Covêlo, e na pior das hipóteses comprem-na aí!

 

     Fiquem bem, antonio

Olhar a ruralidade - Conto verídico

Estavamos nos princípios dos anos sessenta. As viagens entre a minha parvalheira e a civilização – cidade do Porto, eram quase exclusivamente feitas na carreira do “Escamarão”. Muita pouca gente tinha automóvel, era o tempo de: olha lá vai um...
Estou a lembrar-me de ver na minha terra os primeiros automóveis de gente, de dentinho de oiro, aparentando cacau, que já tinha mijado no mar, os torna-viagens chegados do Brasil.
Naquela altura tinha ido eu estudar p´ra padre num seminário de Vila Viçosa em pleno coração alentejano. Tinha lá uns segundos primos padres que sugeriram aos meus pais esse caminho, ainda hoje estou para saber se a minha vocação estava na cabeça deles!...
Só na viagem era um dia gordo em camioneta e comboio com várias mudas. Lembro-me que ia em terceira classe, havendo por conseguinte, segunda e primeira. Estou agora a pensar alto, que Salazar interiorizava o país em ricos, remediados e pobres. Actualmente parece que a coisa não anda muito longe apenas com a diferença que os “remediados” são os “entalados” e os ricos estão cada vez mais.
Bem, mas a viagem entre a minha terra e o Porto acontecia em autocarros que levavam também as malas, condessas, garrafões, cestas com galináceos e até bicicletas pedaleiras etc. dos utentes no tejadilho, havendo umas escadas exteriores geralmente na parte de trás do veículo. Quando chovia, um oleado cobria toda a mercadoria.
Então numa dessas viagens baldei-me ao pagamento do bilhete. E como? O cobrador, Senhor Sebastião, passou-me o bilhete para a mão mas entretanto foi chamado à frente pelo motorista. O certo é que não mais se lembrou de ir buscar o meu (dele) dinheiro, 20$00. Fiquei caladinho que nem um rato! E o pobre do homem ficou sem o dinheirinho que depois iria certamente repôr!...
Juro que estou arrependido do que fiz (ou do que não fiz) e pagaria hoje de boa vontade com bons juros esta  sonsa manhosisse! Como nunca tive jeito para dar golpadas, carreguei até hoje este pequeno affaire dos meus tempos de juventude.

Borrei-me por uma nota de vinte!...

 

   Fiquem bem, antonio

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