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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

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Crónica do passado no futuro

"O SABER NÃO OCUPA LUGAR"

Já o dizia a minha mãe 

 

 

Mesmo sendo lugar comum,  decidi  intitular assim este trabalho, complementando o pormenor "já o dizia" com o  feliz acrescento "e ainda o diz", pois a minha mãe é uma jovem senhora de oitenta anos,  cheia de vida, fresca e muito linda ao ponto de meter as filhas num bolso.

 Esta simples história, acontecida há quase cinquenta anos e vivida por mim, contém uma miscelânea de emoções e sentimentos onde o passado interage com o presente e tem como objectivo demonstrar a assertividade do título acima referido.

Desculpem-me o facto de desejar partilhar esta simples história, um dos inúmeros acontecimentos da minha vida, mas a vida não é feita de pequenas coisas?

Tinha eu oito anos quando a Srª. minha mãe (diplomada em "Corte e Costura") resolveu que já era altura da filha mais velha (bem isto, da filha mais velha desbravar caminhos, dava pano para mangas) aprender a coser à máquina. E justificando a sua atitude (não que uma mãe precise de se justificar) dizia-me:

-Se um dia tirares um curso e não precisares de cozinhar, lavar, passar a ferro, etc., precisarás de o saber para ensinar e/ou corrigir a quem to faça.

E se não tiveres quem to faça precisarás de saber para fazê-lo tu ( já tendo tomado consciência do tradicional destino das mulheres que acumulam funções domésticas com a sua actividade profissional).

Em suma, por isto ou aquilo, o certo é que tinha chegado a hora da catraia aprender a coser à máquina.

E lá foi a Maria da Graça pela 1ª. vez para a máquina. Lembram-se da vossa 1ª vez a andar de bicicleta? O dar aos pedais com a devida velocidade e sequência? Ora aí está! E dar ao pedal da máquina de costura? Era o cabo dos trabalhos. A agulha cosia para trás em vez de seguir em frente. Eu não dava o lanço devido e a agulha não havia meio de coser... E não era culpa da máquina, pois era uma Singer das boas (dizia orgulhosamente a Srª. D. Amélia) e com a Mestre cosia!

Depois de várias tentativas falhadas e tendo a instrutora já perdido e paciência levei uma sapatada e, de imediato, aprendo a coser!  (É caso para reflectir no valor didacticopedagógico da sapatada não que eu seja a favor do bater, mas nem oito nem oitenta e no meio termo está a virtude). E lá deslizava alegremente a agulha pelo tecido fora , parecendo à instruenda que afinal até era fácil coser à máquina.

Esta história ficou-me gravada para sempre e tal era a ternura que nutria por ela, que resolvi, há cerca de um ano, comprar uma máquina de costura mas antiga, daquelas mesmo velhinhas e tinha que ser Singer, claro.

Volvidos os cinquenta anos acima referidos, o meu filho, já adulto, vem pedir-me para lhe coser umas calças que tinham descosido. E lá fui eu toda feliz para a máquina arranjar as calças. Pois, eu sabia coser à máquina... Até fiz  "costura inglesa"!

Quando entreguei as calças ao meu filho ( e ele me diz: -Que bem! Obrigado.) aconteceu uma mistura de sentimentos de amor, gratidão e felicidade, entrecruzando o meu passado junto da minha mãe com o presente junto do meu filho e fiquei orgulhosa por ter conseguido aplicar os ensinamentos que a minha mãe me tinha dado. Pensei sorrindo:

- O saber não ocupa lugar.

 

 

Saudações culturais

Maria da Graça

 

Olhar o Porto

Queres participar nos passeios à cidade que a CMPorto promove nos meses de Abril e Maio? Eu não posso porque são aos sábados, dia para mim de afazeres. Ora aqui estava o mote lançado por Franc., os amigos também servem para isto.
Então inscrevi-me, é de borla, e lá fui ver a Foz Velha. O ponto de partida foi na Cantareira e aqui logo a primeira informação preciosa, aquele antigo farol, junto aos Pilotos, tinha a particularidade de ser a fogo, foi o primeiro na Península Ibérica. O Dr. Júlio Couto, que só conhecia dos jornais, foi o condutor desta aula ao ar livre, recomenda-se, até pelas buchas humorísticas que vai metendo a propósito de tudo ou de nada. A Foz Velha que hoje faz parte da malha urbana da cidade, ficava distante, as pessoas diziam: vamos ao Porto. Rua, ruelas, becos, caminhos, escadas e escadinhas ou pequenos miradouros, tudo foi calcorreado por jovens, maduros e terceira idade, admirando as construções dos séculos XVIII e XIX. O perfume dos quintais entrou-nos pelas narinas dando-nos um consolo poético. “Este magnífico pulmão verde” dizia o sabedor Júlio Couto, na Rua de Luís Cabral, está condenado para um condomínio fechado, provocando nos acompanhantes um, Ah! Que pena!
A caminhada finalizou-se no belo jardim do Passeio Alegre onde se pode admirar o Chalé do Carneirinho, o imponente chafariz, estatuetas no lago, o WC de “belle époque”, monumento a Raul Brandão e já agora puxando sentimentalmente a brasa para a minha sardinha, o belo edifício recuperado (já falei nele), antiga escola, onde leccionei no primeiro ano. Foram também feitas referências aos escritores Raul Brandão e Eugénio de Andrade que viveram por ali.

Sejam felizes e fiquem bem, antonio

Querem conhecer melhor a Ministra da Educação II ?

ENTREVISTA DA MINISTRA DA EDUCAÇÃO

Aí está meus caros, a revista VISÃO onde podem ler na íntegra a entrevista da ministra da educação. Como já tive oportunidade de referir, o que mais me chocou foi o exemplo que ela foi buscar : A FAVELA. Sim, estamos a falar da favela ou das favelas do Brasil. Tem tudo a ver, não tem? É mesmo comparável, não acham? A favela do Rio de Janeiro e os agregados habitacionais onde estão as escolas portuguesas. Exactamente.

Saudações irritadas do Francisco.

Querem conhecer melhor a Ministra de Educação de Portugal?

Mundo - Brasil - Viver e morrer numa favela

Confesso-vos que hesitei em deixar o título deste artigo. E a razão é a de que já devem pensar que se trata de vos apresentar, uma vez mais, o video do que se passou em Santa Maria da Feira numa aparição pública da ministra. Nada disso. Desta vez, preciso de vos relembrar o que é uma favela. E o que de melhor encontrei on-line foi exactamente este artigo da revista VISÃO. Feita a recordação, conduzo-vos para a leitura da mesma revista, mas do dia 26 de Abril de 2007. E muito particularmente para a entrevista da ministra. Prometo-vos que não é enfadonha e dou um doce a quem não ficar admirado como eu fiquei. Admirado? CHOCADO! IRRITADO! FULO! Então não é que esta ministra, à questão da possibilidade de aluguer das escolas a casamentos, baptizados, comunhões e outras reuniões, não responde que, tendo ido ao Brasil, viu como, na favela que visitou, a escola era o centro das atenções, fazendo até com que a orientação das contruções fosse virada para a mesma...???!!! Não me fiz entender? É normal. Estou tão irritado que até a prosa sofre. Mas não podia deixar de escrever isto hoje e agora. Até vou ver se os comentadores televisivos do costume gastam alguma palavra sobre isto...Não há pachorra!!!

Guernica foi há 70 anos

Guernica ou Gernika, conforme o ponto de vista. Essas questões de nomenclatura são indiferentes. O que não é indiferente, contudo, é o que ali se passou naquela pacata vila. Ou não deve ser indiferente. E, portanto, como cidadãos do mundo e cada vez mais cidadãos ibéricos, temos a obrigação de relembrar acontecimentos como este. Nesse sentido, aqui deixo a minha sugestão.

GUERNICA ou GERNIKA

Saudações pacíficas do Francisco.

A noite anterior ao 25 de Abril

      Amanhã faz 33 anos que o Povo veio à rua com o MFA - Movimento das Forças Armadas para DERRUBAR o regime, DESCOLONIZAR e DESENVOLVER. Os 3 D's, como escreve José Carlos de Vasconcelos no Lornal de Letras 954. É importante lembrar as senhas utilizadas na noite de 24 de Abril para pôr em marcha a acção.

      Assim, a primeira senha radiofónica foi

E DEPOIS DO ADEUS

      A segunda senha radiofónica utilizada foi

GRÂNDOLA VILA MORENA

Saudações livres do Francisco.

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