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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

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Dia Nacional dos Alcoólicos Anónimos

Neste Dia Nacional dos Alcoólicos Anónimos temos oportunidade de reflectir sobre esta problemática. Contudo, há uma reflexão que não quero deixar de fazer aqui, pois ainda não encontrei resposta para ela:

- Por que razão foi escolhido o dia 19 de Março, o dia de São José, o Dia do Pai, para esta efeméride?

Alcoólicos Anónimos

Saudações bloguistas do Francisco.

Os "velhos" professores primários

Tenho para mim que os antigos professores primários das gerações anteriores à minha, e já estou numa fase madura, eram pessoas qualificadas que se dedicavam afincadamente ao ensino dos alunos. Faziam parte duma trilogia – padre, professor e médico – que durante muitos anos foram a coqueluche da cultura pelo interior do nosso país. Também nas cidades e aqui no Porto em particular, nos primórdios de 1970, era frequente encontrar esses mestres ao fim da tarde em tertúlia de troca de saberes no Café Embaixador na Rua Sampaio Bruno, ou no Palladium na Rua de Santa Catarina ambos em pleno coração da cidade. O velho Natal, um deles, era um ferrinho (velho, é uma força forte de expressão, passe a redundância, pois nem chegou a sexagenário). Eram esses professores, não seguidores do laissez faire, laissez passer, mas exigentes na sala de aula. A cada passo apanho nas biografias de actuais pesos pesados e todos eles não se cansam de elogiar o seu professor primário, Belmiro de Azevedo na sociedade civil e na política Sócrates a título de exemplos. Eu próprio sou também um testemunho do empenhamento da minha professora, única na escola. Sendo natural da cidade assentou arraiais ainda jovem professora na minha aldeia e por lá ficou durante a vida a leccionar. Esteve sempre hospedada, era como se fosse família, na casa dum senhor que tinha um pequeno comércio “venda” e que acumulava com a profissão de capador de quadrúpedes, nas redondezas. Era solteira e assinante do jornal “O Comércio do Porto” que lhe servia de cordão umbilical com a civilização.
Eu que fui um aluno médio não escapava à dureza da professora que usava régua, sim senhor, um tanto ensebada do uso pois era de caixão à cova. Um dia numa sabatina de história fiquei um pouco hesitante na resposta, daí a investida verbal da professora perante a minha apatia:
- Então Antoninho? (era assim que a professora me tratava. Aqui um parênteses para um senão. Eu como era filho dum pequeno proprietário, até calçava chancas, em contraste com a maioria que eram filhos de caseiros, usavam tamancos, era tratado com deferência. Questões culturais da época que durante alguns anos me deixaram marcas pela negativa no relacionamento com os meus colegas.)
- Estou a pensar, Sr.ª. Professora!
- A pensar morreu um burro, vociferava a mestra.
O que se seguiu já não tenho presente mas a coisa era a doer. E então nos ditados, cada erro, cada reguada e na tabuada idem aspas. Todos os da minha geração e anteriores lá da terra recordam a senhora pela exigência e profissionalismo a todos os níveis. Chegava até a mandar alunos buscar a casa os faltosos, pois empregada na escola não havia, certamente estariam a ajudar os pais nos trabalhos agrícolas.
Por tudo isso bem-haja professora D. Maria Mendonça, a homenagem que teve ainda em vida foi bem merecida.
P.S. A história da “menina dos cinco olhos” da imagem ficará para momento oportuno.

Obrigado, antonio

Como se pode comentar artigos publicados?

      Sem qualquer ponta de presunção e movido apenas pela vontade de ajudar a aumentar a participação neste espaço, depois de ter sido confrontado com uma dúvida concreta duma nossa colega, passo a elencar os passos e os procedimentos necessários para poder ser publicado um comentário:

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Pronto. Bons comentários. Espero ter ajudado alguma coisa. Saudações bloguistas do Francisco.

O véu pintado

Fui à antestreia deste filme e gostei. Não dei por perdido o meu tempo. Recomendo vivamente. Concordo em pleno com as palavras de J.A. publicadas no JN de 15/03/2007: «Nos anos 20, uma aristocrata casa pelas razões erradas com um médico da classe médica, seguindo-o sem amor até Xangai. Quando o marido descobre a sua infidelidade, decide aceitar a colocação numa remota região da China, devastada por uma epidemia mortal, obrigando a esposa a ir consigo. Adaptação de um romance de W. Somerset Maugham, numa versão para cinema que segue as linhas de um certo classicismo na adaptação literária, correspondendo a um modelo de espectáculo muito do agrado do grande público, com arrebatadoras histórias de amor e paixão e o drama invididual recortado no pano de fundo de uma paisagem deslumbrante mas trágica. Numa realização de John Curran, destacam-se os trabalhos dos actores, capazes de carregar às costas o peso das personagens que representam.»

Saudações cinéfilas do Francisco.

Crónica três

Este artigo recente do António sobre a aula de pedagogia trouxe-me à memória uma outra professora que todos recordarão, concerteza: a doutora Flora. Estou a lembrar-me concretamente de uma aula com ela. E estou a ver a senhora, atrás dos seus óculos graduados e por baixo dos seus cabelos brancos, a abrir o manual de pedagogia que tinha sugerido aos alunos que comprassem e a pousá-lo em cima da secretária. De seguida, recordo-me de ter dito aos alunos presentes na sala que ia dar uns apontamentos. Não sei se estávamos em 1970 ou 1971 mas fiquei a saber que os apontamentos que a senhora estava a dar eram, nem mais nem menos, do que o que estava escrito no manual a páginas xis. Não desminto que já tinha escrito uma ou duas linhas mas apeteceu-me olhar para o lado para verificar o que faziam as minhas e os meus colegas. Todos escreviam. É verdade. Todos estavam a escrever. Agora não me perguntem se o que estavam a escrever era o ditado que a senhora estava a fazer ou os versos para o livro de curso...Olho para o outro lado e...idem, aspas. Olho de novo para o manual e lá apanho a linha onde a senhora ia. Bom, só me faltava mesmo era olhar para trás. Quando o faço e vejo que toda a gente também escrevia, ouço aquela voz característica da professora que vê o aluno distrair-se:

- O senhor aí, não escreve? Não toma apontamentos?

- Tomo, tomo, senhora doutora.

E lá consegui chegar ao fim da aula sem criar problemas.

O familiar do Sr. Major Santos Junior

Antes do 25 de Abril de 1974 o 1º de Maio era sempre aproveitado pelos oposicionistas para darem largas à sua contestação ao regime vigente. O regime anterior não servia os reais interesses dos portugueses, é verdade, mas o actual com a saúde, educação e justiça à cabeça deixa muito a desejar, mas teremos que nos agachar por ser um regime democrático?!...Aqui no Porto o palco da contestação por gente do reviralho era sempre a Baixa – Praça da Liberdade e Avenida dos Aliados. Na altura as hostes estudantis eram lideradas na contestação por Pina Moura e Horácio Guimarães. O primeiro viu-se em apuros com os maoistas do MRPP que não toleravam o seu revisionismo ligado ao PCP, isto antes do 25 de Abril de 1974. Passou pelos governos democráticos, é um dos convertidos ao capitalismo.
O Major Santos Júnior era o odioso comandante da Polícia bem conhecido dos portuenses e então dos oposicionistas era conhecido de ginjeira! Era um mãos de ferro que mandava carregar sobre os manifestantes sem dó nem piedade. Nos 1ºs. de Maio percorria a Baixa de megafone em cima do carro da polícia, enquanto carrinhas com polícias de choque se posicionavam no Largo dos Lóios, Praça Filipa de Lencastre e Praça D. João I preparados para cascar:
- Dou 5 (ou seriam só 2) minutos para as pessoas dispersarem, findo esse prazo vamos agir e não nos responsabilizamos pelo que possa acontecer!
Aqui um parênteses para dizer que havia PIDE´S´ (Polícia de Investigação e Defesa do Estado) camuflados no meio da massa estudantil e operária em redor da estátua equestre
de D. Pedro IV e que, quando a polícia de choque aparecia para vias de facto eles colocavam uma braçadeira com as insígnias de DGV (Direcção Geral de Segurança) e ajudavam na trolhada e então era de escacha pessegueiro. Esta polícia política, apesar do nome ter mudado no governo de Marcelo Caetano, ficou sempre conhecida pela primeira sigla. Sem me estar aqui a armar aos cágados quero dizer que não fui um antifascista radical, no entanto apoiava em segunda fila as contestações ao regime então vigente. Constatei as cenas atrás descritas e algumas vezes tive de dar às de Vila Diogo, para não ficar encurralado na confusão, quando a coisa dava para o torto e dava sempre.

Para aquilatarmos do poder do detestado comandante da polícia salta-nos de memória uma peripécia protagonizada pelo nosso colega José António Ferreira, um cinfanense de pura gema com costado bairrista ( um abraço para ti Zé! ). Tinha ele tentado entrar numa casa de diversão, talvez um dancing, lá para os lados da Boavista quando o porteiro por motivos que não me recordo lhe barrou a entrada. Pois o nosso colega não se deu por derrotado e numa atitude audaciosa argumentou, vejam lá o que engendrou, que era familiar (não interessa o grau de parentesco) do sr. Major Santos Júnior. Foi o suficiente para ter livre trânsito, entrando descontraidamente.
Saber viver não custa mesmo com malabarismos amigo Zé, é assim mesmo, dos derrotados não reza a história e já agora para ti as melhores saudações, antonio!

Dia Internacional da Mulher

       Hoje é o Dia Internacional da Mulher ? Não senhor. Hoje é o dia dedicado à mulher. Então o Dia Internacional da Mulher é quando? É todos os dias. Daí, a todas as mulheres que me conhecem e que estão a ler estas linhas, eu ofereço nesta data esta flor, como singela mas sentida e reconhecida homenagem.

Um romântico doentio chamado Francisco.