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Eu passo-me das estribeiras quando oiço nas televisões gente do poder menor em vias de extinção - governadores civis -num extertor de protagonismo em relação aos incêndios: está tudo controlado, está-se no fase de rescaldo, não há casas em risco, blá, blá... Frases feitas de pacotilha que causam o maior desprezo daqueles que a essa mesma hora sofrem no terreno a ameaça das chamas.
O país está a saque, o meio rural está cada vez mais pobre. A terra não é trabalhada e a vegetação daninha toma conta das leiras enquanto não vem o fogo avassalador que tudo leva à frente. O montado florestal fonte de rendimento no passado é agora pasto de chamas em épocas cíclicas. Serras de verdura como as que conheço aqui em Gondomar e Valongo são agora autênticos tições negros. (Era bem bom que fosse só fumaça como dizia Pinheiro de Azevedo, lembram-se?)
O Portugal da minha meninice já não é o mesmo!...