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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

ENFIM... AS FÉRIAS

........Para alguns (mas) que ainda estão ao serviço. Para a maioria o confirmar de um tempo de lazer que assume particular importância, pois é o período de praia, campo ou o rumar a outros países para visitar e conhecer, juntamente com os familiares. Assim vai suceder comigo. O destino, na companhia de muitos colegas, que há alguns anos se associam ao passeio, será à Polónia e  Alemanha de Leste. 

      Durante 10 dias a mente dispersar-se-á pelas paisagens, monumentos, espéctaculos dos 2 países, esquecendo o cotidiano Português.

      Do que será a viagem e as sensações vividas dar-vos-ei conhecimento, através deste blog, logo que  possível, após a chegada.

      Era, certamente agradável que cada colega que visite o site, pudesse também contar-nos as suas impressões sobre a forma como viveu o período das suas férias.  

      Exelentes férias para todos, um abraço e até breve.

"O RESPEITINHO É MUITO LINDO", mas para todos

Há dias os telejornais deram notícia que dois sindicalistas da PSP tinham sido reformados compulsivamente por terem desrespeitado as chefias e o governo.l

Cito de cor, um referiu-se que o chefe da polícia nem para comandar escuteiros servia; o outro que os polícias mandariam para Bruxelas o primeiro ministro como já tinham enviado o outro (referia-se certamente a Durão Barroso) - estas referências em contexto reenvidicativo de lutas sindicais.

Ora muito bem, o respeitinho é muito bonito, mas então como é, o Sr. Jardim da Madeira ou o Sr. Ruas de Viseu dizem cobras e lagartos  das instituições e nada lhes acontece!?... (só para citar dois casos).  Desrespeitar o Parlamento ou mandar correr os fiscais do ambiente  à pedrada, é menos grave?Dois pesos e duas medidas que não entendo!...

 

C/vossa simpatia, antonio

CHAP... CHAP... CHAP...

Era da freguesia de Paranhos mais propriamente da Rua do Covêlo, Zélia, uma mulheraça que gostava de emoções fortes mas ninguém a quilhava. Ao contrário do companheiro, um caga na saquinha cara de cú à paisana que nunca saiu da cepa torta e segundo se dizia um piça mole de nem lá vou nem faço minha, Zélia gostava de enfrentar os touros pelos cornos. Tinha vendido porta a porta, sardinha a pataco, mas agora está bem na vida, a sorte bafejou-a no euro-milhões. Os seus afazeres não lhe tinham dado oportunidade, já há uns tempos, de ir à Baixa. Mas ontem passou por lá até porque lhe tinham dito lagartos e cobras sobre a requalificação da Avenida dos Aliados por Cinza (vamos manter este nome para dar colorido à narrativa) Vieira. Foi o lindo e o bonito!... Ó mulher do caraças!... Avenida acima parecia que tinha enlouquecido. Em voz alta: filhos disto, filhos daquela… o que fizeram aos jardins!... Estava mesmo disposta a subir até à Câmara e dar umas murraças no primeiro que lhe aparecesse. Gente em volta tentava serenar Zélia (menos o autor destas linhas que ñ é propriamente um pacífico nestas coisas) dizendo-lhe que tivesse calma, que tudo aquilo tinha sido feito por gente sabedora que quer o melhor para a cidade! Blá, blá, blá. (eram infiltrados para dizer bem da obra, segundo me apercebi)

Nisto, ouve-se: chap… chap… chap… e todos direccionaram o olhar para o espelho de água! Um, dois, três putos    lançaram - se  para o lago!...

Zélia que até aí espumava de raiva, grita agora ironicamente: Parabéns Cinza Vieira/Rio, o espelho de água afinal tem utilidade!...

C/vossa amizade, antonio

RIO CORRE PARA O MAR

Lindalva era boa com´ó milho, não que fosse um monumento, mas aquele seu andar jovial aliado a uma cara de simpatia fazia cá um vistaço. Não se pode dizer que era uma boazona no sentido rasteiro da expressão, mas que era mulher com fair-play, lá isso era. Por onde passava desde o mais marreta até ao mais exigente tudo ficava de olhar atilado. Era de se lhe tirar o chapéu!

Naquela noite ia com o marido, pois claro, ver as montras na Baixa do Porto. Ir ver as montras iluminadas era um habitué dessa época. Ele tinha acabado de chegar da guerra colonial do norte de Angola onde a sua companhia de comandos tinha feito um estardalhaço. Tinha tido a cabeça a prémio, pois os "turras" não lhe perdoavam as malfeitorias, mas isso eram já águas passadas. Ostentava garbosamente a insígnia de Torre e Espada que lhe impusera o Presidente da Républica, Almirante Américo Tomás, em grande aparato, no Terreiro do Paço.  Lindalva, que não via o marido há dois anos, estava feliz por ter agora o companheiro são e salvo. Estávamos no início dos anos setenta, onde à noite, na cidade, havia buliço. Os cinemas  a funcionar; os cafés estavam abertos até à meia-noite e muitos até às duas da matina; as associações (Fenianos, Ateneu e muitas mais) eram um ponto de encontro. Tudo mexia no coração da urbe.

E agora, à noite, como está a cidade? Tudo morto. As pessoas fugiram para outras centralidades denominadas Grandes Superfícies Comerciais e até o polo estudantil  deslocou-se para a Asprela.A Baixa virou  fantasma.

Lindalva, que mantém ainda a simpatia, dizia-me agora com tristeza: a Baixa à noite está entregue à malandrada, já não é nada como dantes! Havia segurança,  hoje as pessoas quando passam olham para a sombra e aceleram o passo!

Tudo se alterou na cidade, excepto o Rio que impávido continua a correr para o mar!..., digo eu.

 

C/vossa amizade, antonio

Um ano de vida !

Parabéns a você / Nesta data querida / Muitas felicidades / Muitos anos de vida

Hoje é dia de festa / Cantam as nossas almas / Para este nosso blogue / Uma salva de palmas

Pois é ! 1.º aniversário ! Faz exactamente hoje um ano de vida ! Foi precisamente no dia 23 de Julho de 2005 que publiquei as fotos do nosso encontro na Quinta de Santa Cruz. Recordar é viver. É, portanto, motivo de festa e de balanço. De festa, pois um ano de vida é sempre motivo de comemoração. De balanço também porque todos os projectos devem ser avaliados. Quanto aos festejos, apetece-me plagiar o poeta: «É bonita a festa, pá.» É um estado de alma que sinto, pessoalmente. Sinto-me realizado, também por ter conseguido isto. Como todos sabemos, «escrever um livro, ter um filhjo e plantar uma árvore» é uma trilogia que já deve ter sido actualizada com «criar um blog». Ele aí está ! Ei-lo ! Contudo, e agora vem a avaliação, para quê ? E para quem ? E porquê ? Desafio as e os meus colegas a fazerem a avaliação. Por mim, se me é permitido, a avaliação que faço é negativa. As minhas expectativas eram muito mais abrangentes. Os objectivos ficaram muito aquém dos que o pensador do blog tinha estabelecido. E, passando de imediato à reformulação de um projecto que não teve o sucesso esperado, pergunto : 1 - O que terá faltado fazer ? 2 - Por que razão não é maior a participação ? 3 - O que se poderá ainda fazer ? É evidente que me estou a lembrar das mensagens (sms) enviadas para os telemóveis, das cartas enviadas a referir o endereço do blogue, do passa-palavra que por todos correu, da apresentação em powerpoint mostrada no último encontro, do endereço escrito que foi distribuído por todos os presentes no último almoço... É evidente que não tenho resposta, por agora, para o que terá faltado fazer...É evidente que não sei a razão por que não é maior a participação... O que sei é que não vou desistir. «Eu tive um sonho.» - disse o pacifista. «O sonho comanda a vida.» - diz o poeta. E Pessoa reune tudo : »Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce.» Saudações amarguradas do Francisco.

Comentários e sugestões

Minhas caras e meus caros colegas

Lá vou eu repetir-me. Lá vai o chato insistir no mesmo. Peço desculpa mas o benefício não é para mim. É simplesmente para o nosso blogue, para este nosso espaço de encontro e discussão. E que discussão poderá haver se não houver qualquer participação? Eu já sei que são muitas e muitos os colegas que já viram as fotos do nosso almoço de 1 de Julho e do álbum de recordações e adoraram. Todavia, pergunto:

- Quem sabe que por lá passaram os vossos olhos? Ninguém, claro. E porquê? Por causa de não quererem deixar um simples comentário, uma mensagem de incentivo, uma opinião, eu sei lá que mais...

Vá. Não sejam mazinhas e mauzinhos. Escrevam. Que não vos doa a pena.

Saudações carinhosas do Francisco.

PIRA-TE CAGONA!...

Enquanto ninguém quer botar faladura aqui para o blog  deixo mais umas larachas à moda do Porto

Para os leitores mais sensíveis lembro que o uso do calão ou linguagem brejeira não denota deformação congénita do autor mas tão só o sentir das gentes tripeiras. Mas agora vale tudo. Hoje à hora nobre de almoço o Sr. Goucha, na TVI, no seu programa que eu considero pindérico e de cusquices anunciou que em Londres ia haver um concurso de masturbação (não apanhei a notícia completa, não sei se será masculina ou feminina!...)

Sou daquelas pessoas que sei gerir o tempo mesmo quando nada tenho para fazer. Melhor dizendo, o nada fazer já é fazer alguma coisa.

Fui então hoje dar a volta dos tristes. Utilizei o transporte público até ao Campo 24 de Agosto. A partir daí, a calcantes, sigo pela Rua de Coelho Neto, escritor do início do séc. XX, que viveu no Brasil e teve 14 filhos, vejam as vantagens do Google!...

Então nessa estreita rua, ao passar junto a um portal, primeira cena, uma garina em tom de surdina mas audível: estou cá com uns calores!... Interiorizei que ali havia mesmo um braseiro escultural mas não dei troco não fosse o diabo tecê-las. Já estou escaldado com a abordagem que me fez um vendedor marroquino, porque lhe dei alguma trela, o tipo vendeu-me um berbequim que primeiro custava os olhos da cara, depois foi mesmo ao preço da uva mijona. Conclusão, fiquei em casa com dois berbequins!...

Continuei pela rua de Passos Manuel e entro em Santa Catarina, rua onde viveram homens de letras como Camilo, Guerra Junqueiro, Arnaldo Gama e António Nobre. É aqui onde o Porto mais ferve. Gente que anda por andar, mendigos, rufias, dondocas que vão tomar chá com as amigas e ferrar nas canelas das ausentes, gente que gosta de dar a palmada, um ou outro engravatado e na esplanada do café Magestic uns guedelhudos de sandálias esfarrapadas com ar de intelecto, possivelmente estranjas.

Nisto assisto a mais uma cena. Uma fulana daquelas que vendem adereços na rua, mas quando lhes cheira a bófia disfarçam, diz em voz timbrada: ó senhor guarda já viu que o cornudo do Manel da Gaita anda metido com a Micas Rabona?! O Manel que era de compleição física baixa, mas encorpado, cabelo gelatinoso, ar de morcão mas com basófias que segundo a interlocutora, faz do gamanço e do pó modo de vida, não gostou nada de ser desmascarado. O tipo era fruto dum casal desavindo. O pai, Zacarias, sofria de stress pós-traumático da guerra colonial que tinha feito em Quicabo e Ambriz, em Angola. O homem estava mesmo apanhado e então depois que a mulher lhe pôs os chifres ficou num frangalho!... Segundo a vizinhança, Lindalva na casa dos 50, mulher luzidia e arejada, não tinha outra saída pois Zacarias, além de todas as maleitas, tinha-lhe fugido a tusa p'ra trás. Mas voltando ao Manuel da Gaita o tipo foi aos arames. Cresceu para a denunciadora que só não levou uns tabefes na focinheira porque o senhor guarda, homem com fair play, formado na Escola da Polícia serenou os ânimos, mas avisando que chamava reforço e ia tudo dentro engavetado na ramona para o xadrez, se a coisa desse para o torto. Parece que ficou tudo em águas de bacalhau pois quando daí a pouco passo no mesmo local já só vejo como figura de cartaz o homem estátua a quem já ninguém liga a ponta de um corno. E mais adiante, longe do olhar policial, uma regateira surdia para outra que vendia perfume “DIOR”: “Pira-te cagona!... cheira a mostarda.” - Car(v)alho… f…sse... ainda não me estreei e já vem esse filho da.... chatear! Já não se pode fazer pela vida!... blá… blá…

Acabei por ir tomar um cimbalino ao café  Magestic, à rico pois claro, e admirar toda a beleza de arte-nova ali patente. Só por isso, ganhei o dia, nesta minha digressão.

 

C/vossa amizade, antonio

 

PORTO SEMPRE

Chegou-me às mãos a revista da CMP "PORTO sempre" de Julho. Dei-lhe uma vista de olhos e constato que a senhora Câmara (como se dizia na minha terra) dá nota positiva à intervenção nos Aliados - e lá estou eu a bater no ceguinho!...Até humanamente compreenda a tusa do senhor Presidente, pois sendo aquela intervenção da alçada da CMP dá plena razão ao aforismo popular de que os filhos nunca cheiram  mal aos pais.

Mas há malabarismos de propaganda a que não podemos ficar indiferentes. Veja-se este parágrafo do tema "Avenida dos Aliados renascida" da citada revista :"a  ideia desde sempre expressa pelos seus criadores e acarinhada pela CMP, consistiu na criação de condições para que os velhos Aliados voltassem a assumir a sua vocação de espaço de convívio e confraternização colectiva, a qual uma vez restituída aos portuenses poderá funcionar como importante mola impulsionadora para a reanimação da Baixa portuense". Não sei se a Câmara quando se refere a espaço de convívio e confraternização se está a pensar em aglomerações pontuais das massas - S. João, 1º de Maio(já foi chão que deu uvas), 25 de Abril, Feira do livro(Menezes quere-a em Gaia), vitórias do futebol? Se assim é, é pouco. Mas como estamos já habituados a visões curtas dos nossos governantes, esta será mais uma.

Hoje a Baixa do Porto, Praça da Liberdade e Avenida dos Aliados, está praticamente às moscas, então à noite nem é bom falar, e na minha óptica devido sobretudo a dois factores. Ao grande capital  bancário que comprou espaços nobres que estão agora fechados, arredando com o pequeno comércio,  e aos poderes autárquicos. Destes,  as razões são por demais conhecidas. Oportunidades perdidas de fazer desse local uma verdadeira zona pedonal com verduras, pois claro, como dantes para as pessoas sentirem gosto de ir à Baixa e não a actual aridez que só é bem aceite por Rio e seus diáconos. Veja-se a título de exemplo a Rua de Santa Catarina, entre as ruas de 31 de Janeiro e Fernandes Tomás, que é uma zona pedonal, a ferver de gente, mas lá o trânsito foi arredado. Os centros nobres das cidades devem ser para as pessoas e não para as latas poluentes!...

Então para vocês c/um abraço portuense, antonio

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