Violência na escola
Ontem vi a reportagem que a RTP efectuou sobre a Violência na Escola. Desde já, os meus sinceros parabéns a toda a equipa da RTP por este magnífico trabalho. Do debate, sinceramente, esperava muito mais. Embora esclarecedor, foi muito politicamente correcto. Fugiu a esta tónica a única professora que, penso eu, não será prejudicada por um discurso politicamente incorrecto: a professora universitária Fátima Bonifácio. Mas, depois de tudo o que vi e ouvi, tirei, como é óbvio, as minhas conclusões. E a mais importante é a de que, se para a Ministra da Educação a culpa é dos professores, para o Secretário Adjunto do seu Ministério «o problema está na falta de organização da escola pública». E destaco algumas ideias-chave:
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do Secretário Adjunto do ME, Jorge Pedreira:
«A escola tem de envolver as autoridades».
«Para a escola os pais ainda são inimigos».
«Esta medida (a avaliação dos professores pelos pais) vai aumentar o poder de participação dos pais na vida da escola».
«Acontece que muitas vezes a escola pública não se organiza em torno dos seus objectivos e da missão que lhe está destinada».
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da Professora Universitária Fátima Bonifácio:
«As regras existem. os alunos é que não as cumprem».
«Sem os professores poderem exercer a sua autoridade e uma autoridade que doa, não vamos a lado nenhum».
«Como pode o senhor secretário de estado ter tido a ideia de que os pais vão avaliar os professores?»
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do Professor Eduardo Sá:
«Uma autoridade não existe sem uma lei».
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da Professora Isabel Cluny:
«Em 800 alunos da minha escola só 26 pais pertencem à Associação de Pais».
«O professor tem sempre dois grandes problemas na óptica do pai quando é abordado por este: ou tratou mal o aluno ou não consegue dominar o aluno».
Saudações solidárias do Francisco.