Ora aí está mais esta para nos fazer sorrir, pois chorar não adianta: 119 deputados saíram para férias e já ninguém pôde votar. Tudo isto se passa na nossa Assembleia da República. Mas resta-nos a consolação para no regresso ao hemiciclo darem mais umas horinhas de trabalho nem que seja para aprovar leis que penalizem ainda mais os trabalhadores. E assim vai o mundo...
A Casa da Música ficou três vezes mais cara que o previsto, é uma das "caixas" de primeira página do JN de hoje com desenvolvimento na pág. 3. Este tipo de notícias que retratam realidades da nossa vida colectiva são já habituais e, também nós, comuns cidadãos, ficamos indiferentes mas de certo modo perplexos.
Pois os (des)governos do pós 25 de Abril estão de certo modo a dar razão ao nonagenário Rosa Casaco citado pelo último Expresso que dizia: Portugal de hoje é "um coio de ladrões, de corruptos e incompetentes". O Portugal da ditadura era "um país rico, de gente honesta, bem governado, digno, grande e respeitado".
Não comungando das ideias do ex-inspector da PIDE, no entanto o direito nos assiste de questionar o porquê das grandes obras ficarem pelo dobro e triplo do orçamento inicial. Alguém aqui, no mínimo, foi incompetente.