O HEROI
Naquele dia 16 de Dezembro de 2004 o infractor estacionou a padiola circulante em local indevido na Rua da Alegria no Porto. A resultante foi a apresentação de um cartão de "cumprimentos" no para-brisas.O cidadão em pleno uso dos seus deveres cívicos apresenta-se na Polícia Municipal para liquidar de imediato a factura. Mas a coisa não é assim tão linear. Passaram-lhe uma minuta da coima que depois iria liquidar, não lá, mas nos CTT ou multibanco. Assim:
- Em 22/12/2004 o cívico liquidou por multibanco a coima de 30 Euros, mas por lapso digitou 300 E. E aqui começa a saga...
- Em 23/12/2004 solicita à Direcção Viação do Norte a devolução do excesso, enviando fotocópias da coima e do talão do multibanco - tudo em carta registada com aviso de recepção, não fosse o diabo tecê-las.
- Em 26/03/2005 solicita resposta ao que responderam para enviar os documentos, que aliás já tinha enviado, o que fez de imediato.
- Em 27/07/2005 novamente o paciente cidadão pede a devolução do seu dinheirinho e, até hoje, nada na manga!...
"Quando tem um assunto a tratar com o Estado, o cidadão despede-se da família, faz testamento, encomenda a alma e parte desenganado" (Manuel António Pina - JN)
Moral da história: o heroi é um tanso!... E quem é o heroi?!...
(Um xi para vocês do heroi)