Vazio cultural
Os poderes, mesmo até o presidente da freguesia mais recôndita do nosso país, não gostam de ser afrontados pela letargia que às vezes enfermam. E então os poderes maiores não admitem que os ponham em cheque. Veja-se a título de exemplo como ficou tudo encrispado, gente do poder, com as declarações do bastonário da Ordem dos Advogados. A este propósito sugiro o visionamento do artigo de hoje de Mário Crespo no JN ou de Pina.
Agora foi Germano Silva um conceituado jornalista e historiador da cidade do Porto menorizado por gente do gabinete de imprensa da CMP que certamente não lhe chegam aos calcanhares. Eu sei que foi forte dizer "será que, a par com o vazio cultural a que este executivo camarário nos remeteu, também vamos assistir ao banimento puro e simples da memória histórica da nossa cidade?".
Podemos concordar ou não, eu concordo, com a estranheza de Germano Silva. Agora o que não aceitamos é a demora de uma semana da resposta da CMP a uma questão tão simples de informar.
Aliás, antes de Germano Silva ter levantado a lebre e ter dito o que disse no JN, outros tinham abordado o assunto na Página do Leitor enquanto a CMP se fechava em copas. Se foram aos arames não deviam ter ido, mas sim num dever de cidadania, informar atempadamente os municipes do que vai acontecendo para o bem ou para o mal, na cidade.
Fiquem bem e saibam amar esta cidade, (antonio)
PS: Por desconhecimento de contacto pessoal enviei para o JN para ser transmitida a Germano Silva a m/admiração logo após o seu artigo sobre as falhas na estátua equestre.
Também enviei msg para o Porto Canal lamentando o facto do cronista não abordar as falhas no pedestal da estátua equestre de D. Pedro IV uma vez que a crónica era relativa a esta estátua.