Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Eu sei que vou partir a loiça toda...

O assunto de que vos venho aqui falar está relacionado com este Fernando Charrua, DREN, Directora Regional, Processo Disciplinar, licenciatura de José Sócrates. Está a ser difícil para mim escrever hoje e agora sobre este assunto. Estou a ser alvo de um conjunto de emoções e reacções que tenho dificuldade de controlar. E escrever assim neste estado não é fácil. Contudo, apetece-me fazê-lo hoje. Sabe-me bem estar prestes a partilhar convosco, meus amigos, uma penalização que me foi aplicada pelo técnico superior pedagógico da DREN, Fernando Charrua. Estou a vê-lo à minha frente, tendo a seu lado o seu braço direito para o 1.º ciclo, de seu nome Camila (salvo erro). E eu, como director da EB1/JI Padre Américo do Porto, tendo a meu lado a sub-directora. Depois de uma hora e meia de espera, no átrio de entrada da DREN, em António Carneiro, após mais um dia de trabalho no estabelecimento, eis senão quando nos mandam entrar para um cubículo contíguo ao átrio, onde uma mesa redonda e 9 m2 de área nos esperavam para ouvirmos um insulto e um raspanete daqueles dois funcionários da DREN. O primeiro, não foi apenas aos professores do 1.º ciclo que ali estavam mas sim a toda uma classe que os mesmos representavam e constou destes termos, para que conste: «os professores primários são uns analfabetos porque nem uma acta sabem fazer; também são uns preguiçosos porque têm sempre que conseguir alteração ao horário de Inverno de modo a começarem a trabalhar às 08h30 e são uns incompetentes porque estou com o meu gabinete lá em cima carregado de processos de professores primários para despachar». Eu e a sub-directora ouvíamos impávidos e serenos estas palavras , corroboradas pela sua assessora para o 1.º ciclo. Ficámos os dois tão mudos e quedos, sem dar a luta desejada (talvez), que se levantaram da mesa e iniciaram a sua retirada, sem se despedirem e, ainda por cima, muito aborrecidos por terem gasto aquele tempo connosco. Continuávamos os dois, impávidos e serenos, a engolir sapos ou talvez elefantes. Tudo isto porque nós queríamos e precisávamos apenas de saber qual o conselho escolar que deveria fazer a reavaliação da aluna do 3.º ano cujo encarregado de educação tinha apresentado recurso da retenção a que a sua filha tinha sido sujeita. Devo lembrar que o conselho escolar já era outro pois já estávamos noutro ano lectivo. Nunca a DREN tinha informado em tentativas telefónicas anteriores qual o conselho que o deveria fazer. Até que, apareceu este Fernando Charrua com a sua assessora a dar a informação oral nesta espécie de reunião de que deveria ser o conselho escolar em exercício a fazê-lo. Posteriormente, a escola recebeu da DREN a informação por escrito que desautorizava esta, informando que deveria ser o conselho escolar que tomou a decisão de retenção a fazer a reavaliação. Até a Bragança tive de ir buscar uma colega, imagine-se. Como terminou este processo? Com a DREN a afirmar através daquele funcionário que estava a ser feita uma retenção administrativa. Com a DREN a afirmar através da assessora que a DREN, embora instituição e organização, não perdia o seu carácter pessoal e o seu cariz humanístico e considerava muito pouco humana esta retenção administativa. Com o director de escola, que por acaso era eu, a levar com um processo disciplinar, só pelo simples facto de ser o responsável da escola. A aluna nem era minha aluna. A colega que tinha aquela turma até tinha apresentado a conselho a questão, pois tinha sérias dúvidas sobre o que fazer, tais eram os contornos traçados pela colega de educação especial que apoiava a aluna. Devo ainda acrescentar que a primeira inspectora a quem foi atribuído o processo, tentou 3 vezes e em 3 meses seguidos obter da DREN mais elementos esclarecedores do mesmo. Por não o ter conseguido, meteu atestado médico, desvinculando-se, assim, duma forma inteligente do mesmo. Seguiu-se um inspector vindo de Braga que fez passar as passas do Algarve a toda a gente, aparecendo-me na escola e exigindo-me que o levasse à sede do que viria a ser o futuro agrupamento. Aí, as suas exigências continuaram: gabinete próprio, escriturária e computador com impressora. Foram horas horríveis passadas a testemunhar diante de um oleoso e pegajoso indivíduo que tinha um aspecto horripilante. Por isso, meus caros, ergui as minhas mãozinhas aos céus quando soube que se chamava Fernando Charrua o indivíduo e disse várias coisas, tais como: Deus é grande / Quem com ferros mata, com ferros morre / Elas cá se fazem, cá se pagam. Agora, como este indivíduo regressou às suas funções docentes numa escola secundária do Porto, tenciono aparecer-lhe no caminho e perguntar-lhe se ainda é capaz de chamar analfabetos, preguiçosos e incompetentes aos professores do 1.º ciclo. Ou a mim, Francisco de Sousa Rodrigues, que sofri na alma e na pele um vexame inesperado e humilhante. Por fim, este é o 2.º deputado da nação que me é próximo e que leva um pontapé no traseiro. Este é cor-de-laranja. O outro é cor-de-rosa. Os deputados vão e vêm. O povo, esse fica sempre. É tudo meus amigos. Saudações magoadas do Francisco.

4 comentários

Comentar post