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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Pela ruralidade - CIII (Pelo vale do Paiva)

Como é sabido a cultura do não andar a pé instalou-se sobretudo a partir da data carismática do 25 de Abril de 1974. Com a subida do nível de vida as pessoas começaram a ir para os empregos não a penantes ou em biclas mas nos popós. Na sequência disso as obesidades começaram a proliferar e os alertas dos médicos aos pacientes: ande a pé, mas atenção não é a ver montras!... Algumas autarquias sintonizadas com a qualidade de vida lançaram caminhos pedonais sobretudo na orla marítima.

Nos anos sessenta andava o escrevinhador destas linhas a estudar em Castelo de Paiva. Vinha e ia por cinco paus cada viagem, preço para estudante, na carreira do Escamarão. Esse transporte não era diário de modo que muitas vezes fazia a viagem a pé, mais de duas horas, por atalhos, atravessando o Rio Paiva numa frágil ponte por onde só passavam pessoas e gado cavalar nomeadamente o moleiro que por ali tinha o seu ganha-pão.

Era esse trajecto que tinha feito em jovem que andava com vontade de reviver. Assim aconteceu há dias, juntamo-nos cinco da família. Calçado e roupa condizente, após um “briefing” metemos pés a caminho a partir de Castelo de Paiva. Como ainda estou com boa pedalada fiz aquilo com uma perna às costas, enquanto que os outros caminhantes lá se foram safando, mais habituados a pisar calçadas da cidade. Tinha tido conhecimento que a tal ponte denominada "ponte de Melo” tinha sido recuperada, soalhada com madeira tratada o que me deu confiança no atravessamento do rio. Naquele local o vale é profundamente majestático onde apenas se vislumbra o antigo moinho totalmente abandonado e o nosso ouvido é prenhe com o cantar da água que se espreguiça do açude que ia para o moinho e depois serpenteando por entre os calhaus ficando mais abaixo de remanso no poço negro. Tiradas as fotos para memória futura, se até ao Paiva foi sempre a descer, a partir daí foi um suar as estopinhas na subida íngreme. Mas valeu esta recordativa memória.

 

 Ver:http://vilavicosaarouca.blogspot.com/search?q=ponte+de+melo

 

 

  (antonio)

 
 

 

 

 

 

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