Ser português - II
Tenho andado cá a matutar no que se ouve na rua, nos autocarros e já agora no meu barbeiro. É um falatório de escacha pessegueiro e rematam sempre com “era preciso cá um Salazar”. No tempo do PREC quem ousasse tal epítome era logo cilindrado de fascista, mas onde é que isso já lá vai!... Eu próprio aceito e compreendo a “vox populi” pois o que se está a assistir a nível político é duma desfaçatez que dá dó. E confesso que também já faço parte daqueles que perante as evidências estão a descambar, e não são certamente os outdoors das rotundas que me vão iludir.
Abro hoje o JN e mais um caso de gente das sapatadas que apesar de condenado vai novamente ser candidato à câmara municipal. Não estou contra as pessoas mas sim contra este sistema político que permite tais coisas. E o mais lindo é que a gente do poder diz que a justiça não está bem que até trânsito em julgado ninguém deve ser culpado, blá, blá, mas isso sai falácias porque lá no fundo o que querem é que nada mude para se safarem à primeira escorregadela.
Valha-nos ao menos Medina Carreira que quando vai à televisão não tem papas na língua!...
(antonio)