Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

O cão é o melhor amigo do homem

Diz-se, e parece que é verdade. Mas o homem também dedica o seu melhor aos canídeos. Aqui à minha beira mora um vizinho que todos os dias de manhã e à noite, muitas vezes também a meio do dia, faz o passeio higiénico com o seu serra da Estrela. Há tempos digo-lhe: este tem sorte, pode comer bifes a cada passo, o utente do bicho é talhante. Não, não, só lhe dou granulado, é que além de outros benefícios, fica com o pelo mais bonito, fui informado.

Mas o que me chamou mais atenção no último domingo foi a heroicidade de um veterano ir todos os dias aqui do Porto, Campo Lindo, levar alimento e certamente carinhos aos seus 30 cães sediados em Chão de Espinho, Arouca.

A noticia no JN é sugestiva, não deixa ninguém indiferente perante ligação tão forte deste amigo dos animais, já há ofertas de ajudas, segundo hoje no JN.

 

 

  http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Aveiro&Concelho=Arouca&Option=Interior&content_id=3651911

 

 

 

    (antonio)

As traições ao Tua

Já por aqui falamos no vale do rio Tua e da espetacular linha do caminho de ferro que foi construída há mais de cem anos ao longo das escarpas ora furando em túneis ora em plataformas sempre com o rio à vista. Falo de experiência, pois tive a felicidade de a utilizar até Mirandela algumas vezes.

A linha e todo o vale vão permanecer nas nossas memórias, já que fisicamente a albufeira da barragem que está a ser construída perto da foz do rio irá abafar esses pergaminhos. Destes governos subordinados ao betão Portugal fica mais pobre.

O último programa da TVI "olhos nos olhos" abordou com clareza a inutilidade dessa barragem, veja-se:

 

 

 

 

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/medina-tvi24-barragens-olhos-nos-olhos-ultimas-noticias-joanaz-de-melo/1530052-4071.html

 

 

(antonio)

     

Olhar o Porto - CLXXXII(mau tempo)

Desta vez não foi o mau tempo no canal, citando Vitorino Nemésio, mas por toda a costa portuguesa, o mar esteve cão. E cão com dentes arreganhados com mordeduras que deixaram cicatrizes. Os serviços que têm a seu cargo a prevenção de pessoas e bens, tinham dito que o aviso era vermelho e ficaram-se por aí. Aqui na região do Porto nomeadamente na Foz e em Matosinhos as coisas cheiraram a esturro. Pois na zona do castelo de S. João Batista da Foz nunca se tinham visto ondas tão alterosas a dar banho e de que maneira a muitos automóveis e transeuntes, aqui as críticas choveram à protecção civil por não ter cortado o trânsito nesses locais.

Todos os bares de apoio à praia, como pomposamente se diz, instalados no areal levaram que contar e aqui a minha crítica vai não para os proprietários desses estabelecimentos, mas para quem autoriza essas instalações. Não entendo até porque a dois passos da praia do outro lado da rua há imensos estabelecimentos de cafetaria e similares como no Passeio Atlântico em Matosinhos.

O que pertence ao mar nunca devia ser surripiado e aqui a minha maior indignação àquele edifício apelidado de “transparente”, a beijar na praia, dois passos do apelidado castelo do queijo, uma autêntica aberração que devia ser implodido por quem o licenciou ou pelo mar, com a salvaguarda como é evidente de pessoas e bens. Devia estar na fila de espera tal como as torres do Aleixo. O belo e bem concebido parque da cidade não merecia ser emparedado junto ao mar por semelhante mamarracho sem jeito. Qualquer cidadão acha aquilo desenquadrado, só os burocratas das câmaras ou outras entidades é que permitem assim um licenciamento e com a mais valia na óptica deles da feitura por um arquitecto espanhol. Não gosto daquilo e será que alguém gosta?!...

 

  Ant. Gonç. (antonio)

Casos tristes

Última notícia - Segundo o Vaticano cerca de 400 padres foram afastados por abusos sexuais a menores. Francisco, o Papa terra a terra, sente-se envergonhado como todos nós. E a minha pergunta óbvia, quantos mais casos haverá que não são conhecidos!...

 

Aquilino Ribeiro no "Malhadinhas" não metia a Igreja na pedofilia, veja-se:

"Dizia o Malhadinhas que Bisagra era senhor duma destas galharduras, mais formosas, compridas e retorcidas como não há memória que andasse armada a testa de um serrano. Tão coitadinho, que seria caridade dizer-lhe ao passar um portal: baixa que marras! A mulher era fêmea de alto lá com ela, sempre mais frescal que alface, requestada de fidalgo e de padre-cura."

 

   (antonio)

Um dos "torna viagem"

Com uma mão à frente e outra atrás, fato novo na aparência certamente comprado no adeleiro e uns sapatos à foge que te agarro feitos de encomenda no sapateiro da aldeia, já tinha ido há dias o jovem rural tratar dos papeis para ir para o Brasil.

Lá na terra tinha deitado um olhar mais assertivo para os campos mesmo que não fossem seus, para os caminhos e carreiros que sempre pisou e levava nos tímpanos o cantar da água do ribeiro em cachoeira. Mas o seu último olhar foi mais demorado sobre o frondoso castanheiro longal onde todos os anos um casal de melros fazia o ninho. O incansável macho de bico amarelo deixava o nosso homem encantado com os chilreios – era mais uma saudade!

Sorte, sorte, se era solteiro, mas se tal não fosse cá deixaria a mulher e eventualmente filhos à espera de cartas de saudade e de remessas de algum dinheiro. A viagem para chegar ao el dourado demorava uma porrada de tempo nos veleiros, mais tarde vapores, e sabe-se lá em que condições, mas a fé de chegar aos “brasis” era grande.

A imagem que acompanha este post retrata o nosso “brasileiro” acabado de regressar, início do séc. XX, bem nutrido, a sua postura e os adereços que ostenta são a revelação do emigrante bem sucedido. É a imagem de quem não esconde a felicidade deixando lá na terra uma admiração pelo agora senhor fulano que tinha chegado do Rio e todos faziam uma retrospectiva comparativa do magricelas que tinha um dia ido procurar a sorte. E se na partida tinha havido despedidas com choros e comoções, agora era a alegria materializada numa dúzia de foguetes  de boa estouraria, que ecoaram nos mesmos céus, antes cinzentos, agora azuis.

 

(a imagem é do meu avô, que não conheci, 1870-1935)

 

 

 

 

 

    (antonio)

Só faltava mais esta!...

Já por aqui falamos, reproduzindo a comunicação social, que o clero tem ficado muito mal na fotografia com casos de pedofilia. Uns actuantes e outros fazem papel de encobridores.

 

Agora no funeral de Eusébio um sacerdote ditou umas palavras de circunstância antes do caixão descer à cova, e quem diria, fazendo eco do calor clubístico que se fazia sentir no cemitério, terminou com um "viva o benfica".

Não havia necessidade senhor padre benfiquista!...

 

 

  (antonio)

Roupa velha

O Natal já lá vai e o Janeiro do novo ano arrancou com um tempo agreste, chuva e frio mas nada que se compare com o que se passa noutras partes da Europa ou América.

Natal, Ano Novo e a febre dos saldos parece que não despertou a euforia do povo português que anda acagaçado e escorraçado por este(e) governo(s) que nos calhou(calharam) na sorte. As pessoas estão feridas de estocadas que não param de lhes serem espetadas. Até as palavrinhas engodosas, mansinhas do P.R. , primeiro ministro, que foi, dum governo do passado a quem se devem muitos desvarios que nos fizeram chegar onde chegamos, já não enganam ninguém, e à primeira faladura do Ano Novo, zapping para outro canal. Agora para se ir safando da baixa credibilidade faz uma fuga para a frente, vai atribuir o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique a Cristiano Ronaldo.

 

E então a roupa velha? Ah! É das confecções culinárias que vão no meu espírito natalício. Sabendo nós o desperdício de bens que vão para o caixote do lixo nesta quadra festiva, enche-me as medidas o aproveitamento dos restos da noite de consoada para efectivamente serem consumidos no dia de Natal – a roupa velha, que se aplica ao bacalhau com batatas e pencas sobrantes da noite farta. É pena que se fique por aí, pois quantas sobras de rabanadas, aletria, formigos, sopa seca, bolo rei, acabam por ficar fora de prazo com destino inglório! O Natal tem de ser repensado em moldes mais humanos e não em guloseimas de farta abade.

 

 

   (antonio)