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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

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Coisas da justiça

Estou aqui a passar os olhos pelo JN na NET e também eu não posso ficar indiferente a mais este caso da justiça. O Supremo reduziu em quatro anos a pena de 20 aplicada ao engenheiro da Mamarrosa, pai de juiza, que matou o genro com a neta ao colo.

Corri os comentários a esta notícia fresca e vão todos no mesmo sentido a criticar a justiça sem dó nem piedade.

 

 

  (antonio)

Viajando no tempo

Há muito tempo que pretendia pôr em prática um desejo que, por este ou aquele motivo, sistematicamente ia protelando. Peremptoriamente prometi a mim mesma que chegara a hora. A minha ideia nada tinha a ver com uma viagem paradisíaca, pretendia somente deslocar-me à Invicta de autocarro, percurso que já não fazia há uma data de anos. Assim, ontem, adominguei-me e, eis-me sentada no banco da frente, para ter uma visão mais alargada de todo o panorama e,lá fui eu. Já estou a sentir os vossos sorrisos sarcásticos "Que ingénua serrana! É feliz com tão pouco!". Reviver o passado é muito comum quando se chega a sexagenária. 

 

Era eu menina e moça, com apenas 11 anos, quando me abalei para o Porto estudar. Aí permaneci até me formar, salvo férias grandes, Natal e Páscoa. Nas constantes idas e vindas apanhava a camioneta da Feirense, com o seguinte itinerário : Mansores, Cabeçais, Fermedo, Lourosa, Carvalhos, Porto. Lembro-me ainda muito pequena, que na paragem de Cabeçais ficava boquiaberta com um gigante relógio que permaneceu décadas numa montra de um prédio, exibindo as horas, a custo zero . Mais tarde vim a saber que era uma ourivesaria de familiares do nosso colega Francisco.


O trajecto ao longo de toda a viagem era pouco agradável, com curvas, contracurvas, em vias extremamente estreitas e em péssimo estado. O possante, já muito velhinho, ia emitindo roncos dolorosos, dava o que tinha e o que não tinha para levar a cabo a sua missão.
Um dos grandes degredos eram as paragens infindáveis. As pessoas quando iam à cidade, levavam gentilezas aos seus familiares, entre elas galináceos, coelhos, batatas, hortaliças, vinho... O cobrador, além de administrar a parte financeira, cobrando os bilhetes, era-lhe exigido alombar para o tejadilho tudo isto. A certa altura da viagem, a cantoria não se fazia esperar: galos cantavam, patos grasnavam e até os perus glugluavam felizes, mesmo sem a prova da "branquinha".


Esta harmoniosa sinfonia tinha como música de fundo o ronco do possante com intensidade variável, aquando a entrada das mudanças. Uma orquestra que nada ficava a dever à Metropolitana do Porto.
Em consequência dos inúmeros abanos ao longo da viagem, os passageiros mais sensíveis, de cabeça à roda, periodicamente abriam as janelas, que naquela altura eram privativas, e de cabeça ao vento, expeliam os seus incómodos.
Vagarosamente, o possante lá ia cumprindo o seu trajeto. Por tal motivo, a certa altura do percurso, a Ti Maria exigia urgentemente a paragem da carreira a fim de satisfazer uma das suas necessidades fisiológicas. Atarantado, o Ti Manel corria atrás dela com objectivo de lhe fazer uma barreira, não fosse a mulher às escâncaras, ser cobiçada por olhares indiscretos, dando motivos a aceleramento de estímulos eróticos por parte dos mais maliciosos. O Ti Manel tinha o dever moral de preservar o que mais apreciava na sua patroa. Alguns passageiros aproveitando-se da ocasião, também se abalavam da camioneta para cumprirem o mesmo ritmo, confirmando-se o velho ditado "Quando mija um português, mija logo dois ou três.

 

Presentemente, as viagens à Invicta não têm comparação alguma com as de outrora: mais rápidas, mais seguras e muito mais cómodas. Saí perto da Batalha e, de imediato, veio-me à memória os mesmos cheiros, a sonoridade tripeira e até as características do povo portuense. Mal pus o pé em terra firme assisti gratuitamente a um conflito protagonizado por duas mulheres já idóneas ,portanto, com idade para terem juízo, ambas usando uma linguagem pouco recomendável. Não dei importância ao caso, nem tão pouco era meu dever interpicar.

Segui em direcção a Santa Catarina onde indaguei minuciosamente a moda usada neste inverno, com vista a aprimorar as minhas indumentárias que já estão desenxabidas.


Regressei sã e salva com a promessa de repetir a dose com mais frequência.

 

Benilde

Gente fina

Alguém da minha família fez anos, então lá fomos a um restaurante, três gerações.

Estávamos ainda  à volta da mesa redonda, cada qual a posicionar-se no lugar mais conveniente e um dos da geração do meio atira para o redondel:

- Então o Carrilho assapou na mulher?!...

Só os da primeira geração, ainda apareceram há pouco tempo, é que ficaram a leste, pois os demais já estavam a par deste folhetim que agora vai fazer as delícias das revistas cor de rosa. Os intervenientes não são o Zé da esquina nem a sopeira do senhor fulano, são gente de gravata e de salto alto que usam os perfumes mais caros da casa Chanel de Paris, ele um filósofo, antigo ministro da cultura e ela uma convencida figura de televisão.

E nestas coisas até o JN ávido para facturar espraia-se longamente nesta violência doméstica que não meteu faca e alguidar, mas uns sopapos já houve, com seguranças e gorilas entre as partes, PSP, fora o lavar de roupa suja, com muitas nódoas, que é uma dor de alma. Eu que não sou pelo voyeurismo, abstenho-me de ver o programa da Teresa Guilherme na TVI, onde segundo ouvi até mete cama a tremer com coisas carnais debaixo dos lençóis, onde é que nós já chegamos, hoje ao abrir o JN na NET dou logo de caras em prime time com o caso dos amores feridos de morte.

E as criancinhas do casal, senhor? Ah, aqui os meus sentimentos ficam ao de cima, pois são estas que se vêm entrincheiradas neste combate de boxe, Carrilho – B.Guimarães.

 

 

 

  Ant.Gonç. (antonio)

Eça de Queirós

   Hoje o passeio à cidade do Porto com o historiador Germano Silva vai ter como tema Eça de Queirós. Na impossibilidade de participar quero aqui deixar algo que Eça escreveu no século XIX sobre a situação do país que se adqua perfeitamente aos dias de hoje. Vejamos: 

 

 

“Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesma baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito.

Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal”

 

                 (in As Farpas)

 

 

 

 

 

 

 (antonio)

 

 

 

 

Fogo cruzado

Enquanto Soares apoia o despesista Sócrates e dispara contra o primeiro ministro que devia ser julgado, e chispa forte também contra Cavaco, já Catroga gostaria de ver Sócrates no banco dos réus.

 

 

Quanto a mim os acusados e acusadores deviam pôr o rabinho no mocho, todos têm culpas no cartório.

 

 

 

    (antonio)

Olhar o Porto - CLXXIX(Eleição à Porto)

A vitória do candidato Rui Moreira à CMPorto foi uma lição  para os partidos políticos. Veio-me à memória o retumbante apoio das massas populares do Porto ao candidato da oposição, Humberto Delgado em 1958. Pessoalmente encheu-me de contentamento embora não seja votante na cidade.

O povo do Porto mostrou que não vai em conversa fiada daqueles que pensam no voto dos eleitores como um ganho fácil, manuseado com malabarismos. O que se passou nesta cidade e também em Lisboa foi uma advertência para os gananciosos do poder no qual pretendem manter-se a todo o custo. O segundo maior partido que mandou para a ribalta uma figura não ganhadora, pois era esta a percepção até de muitos pares não se pode queixar do resultado, lamentando-se que perdeu não sei quantos mil votos. Mas se Manuel Pizarro não ganhou, teve agora uma atitude de responsabilidade que é de louvar ao englobar o governo da CMP. E perante isto é lamentável a actuação da concelhia que numa ânsia de poder partidário não concordou com a atitude do seu candidato, com o fim em vista de poder ganhar a cidade daqui a quatro anos, ficando agora na oposição.

Triste fim terá este partido ou outros que sigam o mesmo pensamento se continuarem a pensar que os votos dos portuenses podem ser comandados por batuta partidária. Parece que o que sucedeu aqui no Porto nestas eleições não lhes serviu de lição.

 

 

   PS: Era interessante saber se  figuras de peso da cidade que estiveram na Alfândega a apoiar com toda a pompa o lançamento da candidatura do que foi super derrotado à CMP, se agora camaleónicamente apareceram na tomada de posse do novo presidente da câmara, Rui Moreira.

 

 

 

    Ant.Gonç. (antonio)

A.S.A.E.

 

 

Eu ainda sou muito ingénuo. Já tinha idade para não o ser. Não posso deixar de partilhar convosco o que me aconteceu. Recebi esta carta da ASAE a comunicar-me que o assunto não é com ela porque é «assunto de responsabilidade civil.» Vou contar-vos o que aconteceu:

Dirigi-me a um estabelecimento da Rua do Amial para consertar um electrodoméstico. Foi preenchida uma ficha de cliente e foi-me dado um documento comprovativo da entrega do electrodoméstico. Foi-me pedido um depósito de 10 euros e eu concordei. Passado algum tempo, telefonaram-me a comunicar que o orçamento do arranjo era superior ao custo de um novo aparelho pelo que não compensava o conserto. Perguntaram-me se queria ir levantar o aparelho ou se o podiam mandar para o ecocentro. Autorizei que ficassem com ele. Depois de desligar o telefone, lembrei-me da caução de 10 euros que lá tinha deixado ficar e estranhei nada me terem falado ao telefone. Por isso mesmo, desloquei-me ao estabelecimento e solicitei a devolução dos 10 euros. Qual o meu espanto quando me comunicaram que não era para devolver e que me tinham avisado disso. Eu disse à funcionária que não tinha o direito de duvidar da palavra dela mas que não me lembrava que tal me tivesse sido comunicado. Peremptória, a funcionária insistiu que me tinha avisado das condições. Não desisti e mostrei o documento à funcionária perguntando-lhe onde é que estava mencionada essa condição nas condições gerais de assistência nele inscritas. A funcionária disse que sobre isso nada sabia e remeteu-me para o gerente de loja. Depois das apresentações, o gerente insistiu que era assim e que eram as condições de assistência da casa. Perguntei então ao gerente onde estava essa condição, no texto de condições gerais de assistência inserido no documento. Disse-me que não estava lá nada, de facto. Perguntei então ao gerente onde é que estavam à vista do público, na loja, as condições de assistência e concretamente esta da não devolução da caução. O gerente disse-me que não estava afixado em lado nenhum. De imediato, solicitei que me fosse fornecido o livro de reclamações e preenchi todo o campo destinado à reclamação, com uma exposição detalhada. Acabo de receber esta nota. Conclusão? Este meu país, até na ASAE é um país de fachada...

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