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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Passeios pelo Porto

Pude retomar ontem, domingo, 29 de julho de 2012, o acompanhamento dos Passeios pelo Porto com Germano Silva e o Rancho Folclórico do Porto. Foi com muito gosto que o fiz. Foi com muito gosto que ouvi o jornalista/historiador/escritor Germano Silva contar as suas histórias. Foi com muito prazer que ouvi António Fernandes, responsável pelo Rancho Folclórico do Porto, apresentar a recolha de dados que efetuou sobre o tema do Passeio: OS CAFÉS DO PORTO. A parte de História narrada por Germano Silva já aqui foi muito bem apresentada pela prosa escorreita do meu amigo António Gonçalves. A mim, cabe-me fazer a ilustração do passeio e é com esse intuito de partilha que aqui venho deixar o álbum. 

Saudações paranhenses do Francisco e Deus queira que nos encontremos no último domingo de Setembro.

 

   

    ÁLBUM FOTOGRÁFICO   

 


 

Olhar o Porto -CXLIII(O Porto dos cafés)

Mais um passeio dominical à cidade, desta vez sobre os cafés da cidade do Porto, muitos emblemáticos, alguns já desaparecidos. Ponto de encontro na Praça de Carlos Alberto onde à hora marcada lá estava o nosso habitual orientador sobre os saberes da cidade, Germano Silva, acolitado pelo rancho folclórico do Porto e afogueado por um numeroso grupo predisposto para saber mais e mais sobre a cidade.

Logo ali na citada praça, local onde havia muitos cafés e hotéis, ponto de partida e chegada dos célebres carros americanos puxados por muares sobre trilhos, nos finais do século XIX. Já no séc. XX era conhecida pela praça das caixas, tal era o número de pequenas carpintarias que se dedicavam a fazer arcas para os emigrantes levarem os pertences para o Brasil. Mais à frente na Cordoaria, ou Olival como antigamente se dizia, uma referência ao Piolho, café dos estudantes e a um dos cafés mais antigos da cidade “Porta do Olival” por sinal de proprietários lá da minha terra. No seu interior há ainda memórias da porta da muralha fernandina. Aqui uma curiosidade, grande parte dos estabelecimentos de café da cidade são de gente do concelho de Cinfães. Até costumo dizer que se se entrar em três cafés à sorte, pelo menos um deles é explorado por cinfanenses.

Chegamos à Praça, onde havia cafés célebres – Suíço, Camanho, Guichard, estes já desaparecidos e o Imperial. Eram frequentados por intelectuais, homens de letras, estudantes, onde por lá se forjavam conspirações, daí como dizia Aquilino Ribeiro, a Praça era uma Universidade temida pelo poder centralista. No começo do século XX até o rei D. Carlos temia os ideais fortes do Porto e dizia para Fontes Pereira de Melo, temos que estar atentos à gente do Porto, qualquer dia vem por aí abaixo uma bernarda.

Outro local paradigmático onde abundavam os cafés era na Praça da Batalha, centro rodeado por hotéis, cinemas e teatro que davam à zona uma mexida que hoje não tem.

Os cafés eram locais de convívio, troca de saberes, pôr a escrita em dia. Havia então com estas características os cafés dos políticos, dos advogados, dos escritores,(Camilo, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão e outros), dos jornalistas, de negociantes de gado (café suíço), de comerciantes de minério, volfrâmio (Palladium) e agora puxando a brasa para a minha sardinha por ser do meu conhecimento, o café Embaixador, que era dos professores e também segundo sei o Progresso na praça Carlos Alberto.

 

  (Estas são umas incompletas pinceladas sobre os cafés da cidade)

 

 

 

  ver também:http://magisterio6971.blogs.sapo.pt/346899.html

 

 

 

   Ant.Gonç. (antonio)

Conhecer o Porto

Só não conhece melhor o Porto quem não quer. E para conhecer melhor a cidade do Porto, nada melhor do que acompanhar o Mestre. É um enorme prazer, um orgulho e um privilégio poder acompanhar Germano Silva nas suas aulas pela cidade do Porto, devidamente acompanhado pelo Rancho Folclórico do Porto que nos sabe conduzir tão bem à época que iremos revisitar. Então lá nos encontraremos na Praça de Carlos Alberto. Saudações paranhenses do Francisco.

 

INFORMAÇÃO

 

 

Pela ruralidade - CXX(maçã com bicho)

 

 

 

 

 

Eu sou um privilegiado em certos aspectos da vida. Um deles é, vejam lá, saborear uma peça de fruta com bicho. Dito assim, alguns citadinos habituados a colher a fruta no supermercado da esquina ou na grande superfície, poderão ficar horrorizados com esta tirada anti globalização. Claro que é sabido o que quero dizer quando me refiro às potencialidades salutares de “maçã com bicho”, isenta de sulfatagem de pesticidas.

Estas maçãs coradinhas da imagem têm mais-valias e também alguns inconvenientes que são o facto de terem pouco tempo de conserva, pois como não têm trato,  após a maturação apodrecem e o bicho começa a lavrar. As mais-valias são o facto de sabermos que estamos a comer um fruto criado apenas e só com ajuda da mãe natureza.

As variedades tradicionais de fruta são-me muito caras, tenho algumas fruteiras dessas nas bordaduras do campo já com uns bons anitos. Dá-me um certo gozo, zelar por estas árvores e na altura da colheita pegar na escada, trepar, pendurar uma cesta com gancho numa pernada e colher, foi o que fiz ontem.

 

     (antonio)

Dietas/Gorduras

O sr. primeiro ministro não se deixa ir abaixo. Para aqueles que dizem que o homem anda abatido, que está mais magro, preocupado, etc, ele responde com um ar saudável : estou mais magro, pois faço dieta, não quero ficar barrigudo!...

 

Dieta já anda o povo a fazer há muito, dizemos todos nós (todos nós, não é bem, pois há muitos do poder e que gravitam à sua volta que têm engordado à brava).

 

 

 

  (antonio)

Pela ruralidade - CXIX (Douro arriba)

Ora aqui está uma viagem que ainda não fiz. Dito assim até parece que sou um tipo muito viajado, afinal fico-me entre portas. Mas essa tal viagem a que me quero referir é como que voltar à infância. Trata-se da viagem turística em comboio histórico que vai da Régua até ao Tua, que se realiza aos sábados neste período de Verão, diz-se que é carote. A primeira viagem segundo o JN realizou-se no primeiro sábado deste mês mas afinal já foi adulterada, as carruagens de pau, como se dizia, foram puxadas por máquina a diesel e não máquina a vapor como é de lei. Parece que a culpa foi da greve dos maquinistas.

Estas viagens históricas  estavam em risco de irem para o maneta, dizem que davam prejuízo à CP, mas um acordo com o Turismo deu para pôr o comboio em marcha.  De notícia vinda há dias sobre o caso vertente, dizia-se que na peugada desse comboio com máquina de pouca-terra, pouca-terra, segue à distância uma dresine com pessoal técnico da CP e bombeiros para solucionar algum hipotético incêndio nas margens da linha provocado por faúlhas.

E chegados aqui passo a contar. A minha sogra de vetusta idade conta que quando era jovem, no Marco de Canavezes os lavradores “compravam” as bermas da linha férrea do Douro para aproveitarem os matos, carquejas e todo o tipo de ervas para as cortes do gado. Assim naquela época os incêndios provocados pelas máquinas a vapor eram muito escassos e sem consequências de maior. Agora é a própria CP que tem de pagar a trabalhadores para que façam alguma limpeza. E como as máquinas já não são a vapor, a limpeza fica pela rama, mutatis mutandis!...

 

 

  Ant. Gonç. (antonio)

A minha homenagem

Eu era, e continuarei a ser, agora na RTP MEMÓRIA, um ouvinte assíduo dos programas televisivos do Prof. José Hermano Saraiva. A maneira eloquente mas simples como nos transmitia a história, agarrava ao ecran até os mais indiferentes. Há uns tempos atrás, ao ver um dos programas do professor, comentei aqui em casa que uma pessoa assim tão cativante na comunicação, não devia morrer, pois deixava-nos um vazio. Mas o dia chegou como chegará a todos nós seres vivos. Fica-nos a saudade de José Hermano Saraiva, um homem do saber e que o sabia transmitir.

 

PS: Nas suas  últimas entrevistas aos três canais numa fase física menorizada mas ainda bem mentalmente, à pergunta do entrevistador, qual o futuro do nosso país, disse: olhe o Tejo vai continuar a correr para o mar e a serra de Sintra lá estará sempre.

A outras perguntas, aparentemente incómodas, como os acontecimentos na Universidade de Coimbra em 1969 e Salazar, onde veio à baila a morte de Humberto Delgado, aí na minha óptica o professor chutou para canto. Mas isso são já memórias longínquas que não abafam a minha admiração pelo homem de história.

 

   (antonio)

Pelo ginásio

Das nossas memórias de vida há sempre peripécias, umas que guardamos no subconsciente, outras que é interessante partilhar. Se bem que nunca fui um tipo muito expansivo, mais para o reservado, mas tenho ultrapassado esta faceta deixando de lado certos complexos comportamentais. As pessoas são como são, mas podem-se ir moldando com o tirocínio da vida.

Mas vamos ao cerne da questão que hoje aqui me traz. Ontem fui ao ginásio, colmatei a falha de não ter podido ir no dia anterior, e das várias actividades salutares que por lá existem havia uma aula que nunca tinha experimentado – body step. Então no início disse à prof, uma brasileira cavalona (leia-se, com porte atlético) que era a primeira vez, mas que já tinha o corpo mais ou menos elástico nas artes de “Pilates”, “ABS” e outras mais valias, portanto tudo o que viesse à rede seria peixe, se bem que poderia ficar pelo peixe miúdo. No desenrolar da aula que foi de suar as estopinhas fui dando o meu melhor. Já perto do fim, numa das breves pausas, vem a pergunta admirativa da prof, em voz sonora, lá da frente:

- Ó senhor António, que idade tem? Adiantando que eu estava a corresponder bem no desempenho da aula. Um sururu entre os demais alunos, gente jovem, pela pergunta aparentemente indiscreta, mas que tinha substância positiva. Sorri-me e apesar de na idade não ter complexos, atalhei que no fim da aula satisfazia-lhe a curiosidade (não fosse a minha resposta imediata pôr toda aquela juventude de boca aberta a admirar as capacidades do entradote), o que na verdade fiz com alguma alegoria: “Tenho duas filhas mais velhas que a prof.", e aí fui mais uma vez bafejado com um rol de apreciações encorajadoras da brasileira.

Estou aqui a abrir-me sobre estas ninharias não com um sentido glorioso, mas tão só do dever cumprido sobre uma componente do nosso corpo – a saúde física.

 

 

     (antonio)

Olhar o Porto - CXLI e não CL(Na Praça)

Agora que tudo quanto é rede social ridiculariza a situação daquele político que chegou a Dr. em duas penadas, também eu me lembrei de dar o meu contributo para o levar, não ao altar, mas à demissão.

 

Aquilino Ribeiro dizia que a Praça da Liberdade, ou simplesmente Praça como se diz aqui no Porto, era uma Universidade não só da cidade mas de todo o país, era o ponto de encontro de homens de letras, políticos, professores académicos, etc. Pelo Passeio das Cardosas e no Pasmatório dos Loios era a troca de ideias, de saberes da nata intelectual.

E agora aqui entra a minha farpa. Será que essa "universidade" terá dado créditos para alguém se guindar a Dr. sem marranço nos books? Não, não creio. Amochar o rabinho nos bancos da escola e puxar pela tola, sempre no passado foi norma, mas agora parece que não.

 

 

   (antonio)

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