Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

"Velharias"

Como gostamos de preservar as “velharias” do mundo rural, mão amiga disse-nos que o recém- aberto museu municipal de Penafiel era digno de ser visitado. Ora bem, meti pés a caminho e fui satisfazer a minha curiosidade. Gostei do que vi quer do edifício dos arquitectos Távora quer das peças expostas ligadas a ruralidade.
Quando cheguei a casa deu-me para fazer buscas na internet de museus rurais. Então encontrei um site dum museu particular, Fernando Abreu, de Moreira de Cónegos freguesia de Guimarães. Fui lá e também gostei da quantidade e variedade de utensílios agrícolas que o dono foi coleccionando e que agora mostra graciosamente.
A quando desta viajem fui por Santo Tirso e aí aproveitei para almoçar. Andei pelo parque amplamente arborizado com frondosos plátanos e carvalhos americanos, com canteiros de relva bem tratada, tudo em asseio. Nisto vejo um carro com ar de abandono com uma peia numa roda. Helás, cá para os meus botões, aqui perto deve haver uma esquadra de polícia. Olho à volta e bem dito, bem certo, vislumbro num prédio antigo um dístico da PSP. Um escarro junto ao belo jardim, senhores!...
 

  Fiquem bem, antonio

Foto do dia (O candidato)

 

Afinal o homem sempre deu a cara !...

 

Seria porque o outro candidato, também professor, do PSD aparecer agora  nos outdoors? De qualquer forma as  autárquicas são em 11 de Outubro, se bem que nos centros urbanos  propaganda das duas eleições é tudo ao molho.

Cinfães deve ser dos concelhos que mais professores do 1º ciclo (outrora diziam-se primários, designação que dava um certo jeito para os bota abaixo encanudados com grau mais elevado) tem tido à frente da Câmara. Só de memória recordo  uma série deles... Os politólogos devem ter uma explicação para isto.

 

  (antonio)

O meu sobreiro

 

Era pressuposto que este blogue fosse um elo de ligação entre os, agora maduros, estudantes da Escola do Magistério Primário do Porto do curso dos primórdios da década de setenta. Mas o que se tem verificado é que o pessoal está a ficar esfarrapado e já ninguém liga puto a estas coisas, pois as súplicas de Franc, o mentor do blogue, caíram em saco roto. Se no início ainda houve alguma participação agora tudo se desculpa, também esta esfarrapada, de não terem tempo. Ora bolas!... Assim vamos continuando por aqui a falar de alguma coisa por sinal também ligada à escolaridade.
O menino da escola hoje sexagenário tem sempre histórias recordativas que é salutar revivê-las com emoção, pois claro, ou não fosse a jovialidade só por si uma mais-valia.
O edifício escolar construído em 1929, era apenas de uma assoalhada, duas portas e quatro janelas de guilhotina. Por baixo do soalho uma loja térrea onde não cabia um adulto em pé dava para guardar alguns trastes escolares e os abafos dos alunos. Como não tinha logradouro a miudagem expandia-se pelos espaços exteriores, o adro da capela ali a dois passos dava jeito, nas suas aventuras antes e depois da escola. E era numa dessas, quais macacos trepadores, incólumes aos perigos, subíamos até ao primeiro lanço dos ramos do sobreiro secular da imagem, que tal como agora há cinco décadas e meia já tinha este porte. Eram as escapadelas de liberdade fora da escola pois no espaço da aprendizagem na sala estava tudo nos eixos. Mas sobre isto já aqui falei nomeadamente da professora que tive da 1ª à 4ª que não era pêra doce mas ainda hoje recordada pelos antigos alunos pelo empenho que denotava para que o aluno aprendesse. Hoje entrecruzamos o olhar entre o edifício escolar e o sobreiro dois ícones que nos lembram aqueles belos tempos!...

 

  Na imagem o "meu" sobreiro e a "minha" escola ao fundo em plano inferior.
 

 

   Fiquem bem, antonio

Coisas feias

Mesmo que não queiramos falar de política somos bombardeados pelas mais variadas formas de comunicação social pela campanha em curso.
Depois daquela jogada de mestres da TVI com a suspensão dum telejornal incómodo eis que logo a seguir é explorado e bem na minha óptica o caso de candidatos com processos judiciais estarem nas listas do PSD. Ainda a coisa estava em brasa e já mais lenha para a fogueira com a compra de votos de um desses tais candidatos. Bem, mas a seguir vieram aquelas gentilezas de Ferreira Leite sobre o Jardim da Madeira. Aqui a coisa ficou empatada, pois também o Presidente da Assembleia da República, do PS, tinha largado elogios ao dito. Como as malandrices da campanha não podem parar eis que o caso das alegadas escutas ao PR veio deixar tudo em polvorosa com facadas de todos os lados.
Hoje quando acordei lembrei-me desta: o que é que virá hoje para manter a chama ardente desta Campanha? Bem não interessa, olha até o Marques Mendes que tanto criticou indirectamente a líder pela falta de ética sobre o caso da distrital de Lisboa, juntou-se agora à rusga, arruada ou lá o que queiram chamar do PSD, com xis e abraços (os beijos nesta fase epidémica parece que estão semi-banidos).
 

 

  Fiquem bem , antonio

A política

Ainda bem que não mando nada. Porquê? Porque se eu mandasse, este país não ficava sem Primeiro Ministro. Há quanto tempo este meu país não tem Primeiro Ministro? Eu tenho visto, realmente, o Primeiro Ministro com a pele de secretário-geral do partido socialista a fazer campanha. E pergunto? E o Primeiro Ministro de Portugal? Ah, já sei: no seu vencimento mensal de primeiro ministro é-lhe descontado este período em que não trabalha como Primeiro Ministro. Não haverá trabalho que chegue para um Primeiro Ministro de Portugal? Portugal não dará trabalho suficiente para um Primeiro Ministro? Ah, então se o podemos dispensar, digo, se o Primeiro Ministro de Portugal pode ser dispensado por um período de tempo, não poderá ser dispensado para sempre? Ah, fará horas extraordinárias quando regressar... Com certeza. Eu não mando mesmo nada mas podem crer que se eu mandasse, Primeiro Ministro de Portugal não podia ser secretário-geral de nenhum partido. Eu tenho cada ideia. Para o que me havia de dar, agora. Saudações tripeiras do Francisco.

As cores e os sabores do Outono

Ai como eu gostava de saber pintar as cores do Outono... Que quadros fantásticos eu haveria de produzir... E que paisagens indescritíveis havia de retratar... E se eu fosse poeta? Como eu gostaria de eleger as cores do Outono... E escritor? Se eu fosse escritor, registava o leque de cores de Outono que encontrava a partir de hoje... Mas não sou. Não sou nem pintor, nem poeta, nem escritor. Mas sou um ser humano com os 5 sentidos em bom estado. Tão bom que tenho o prazer de recordar o que está na minha memória olfactiva e foi adquirido dos 9 aos 12 anos, numa aldeia chamada Cabeçais, freguesia de Fermedo, concelho de Arouca, distrito de Aveiro: aquele cheiro característico das uvas americanas. E hoje, ao passar na Rua do Encontro, freguesia de Paranhos, concelho e distrito do Porto, recordo com satisfação esse perfume. Eu disse satisfação? Não chega. Ele é satisfação, alegria, saudade e eu sei lá que mais. E não é só a minha memória olfactiva que é sensibilizada neste início de Outono. É também a minha memória auditiva. Aqueles sons característicos do cacarejar da galinha e do cantar do galo... Aqueles sons do meio da tarde de início de Outono... Ainda hoje os posso sentir ao passar na Rua do Encontro. Que saudades... É indescritível ! E que bom que é poder recordá-los numa cidade cheia de betão. Quanto ao tacto, nem é bom falar no que sente a minha memória táctil quando toco os figos que caem da figueira ou a pele dos marmelos que ainda estão nos ramos vergados pelo peso... Quanto ao gosto ou paladar, já me cresce água na boca só de pensar no magusto e naquelas belíssimas castanhas assadas... Quentes e boas, apregoava o vendedor de castanhas cozidas que carregava um enorme cesto trazido à tiracolo com um enorme saco de serapilheira donde se via fumegar e donde se sentia o cheiro das saborosas castanhas... E que feliz que eu sou por ver, diariamente, como crescem os ouriços nos castanheiros... Ai as cores e os sabores do Outono... Saudações outonais do Francisco.

Efemérides do dia

Hoje, dia 21 de Setembro de 2009, é o último dia completo do Verão. Então porquê? Simplesmente porque amanhã, dia 22 de Setembro de 2009, começa, oficialmente, a estação do ano do Outono. É então chegado o Equinócio do Outono e é então chegada a hora de falar e de escrever de tudo menos de política, de futebol e de sexo. Assim, lembrei-me de efectuar este registo e um outro, não menos importante, digo eu. Precisamente o do Dia Mundial do Doente com Alzheimer que hoje tem a sua efeméride. Saudações tripeiras do Francisco.

 

Equinócio de Outono

WIKIPÉDIA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA

 

 

Dia Mundial do Doente com Alzheimer
ALZHEIMER PORTUGAL PORTAL DA SAÚDE

 

Curiosidades

Esta notícia de ontem no JN fez-me recuar no tempo a 1971. Nesta data recordo o gigante moçambicano Gabriel e o anão Toninho de Arcozelo serem motivo de atracção numa tenda circence montada exclusivamente para o efeito por um empresário no jardim de Fernão de Magalhães, actual Paulo Valada. Tenho a imagem do gigante, vi-o a desoras no Cafe Nova Lua. Estas duas atracções já faleceram.

 

   (antonio)

Pela ruralidade - XLII(Varrer a feira)

Podíamos recuar mais no tempo mas vamos falar dos anos cinquenta/sessenta pois são aqueles que foram sentidos pelo, à altura petiz, agora humilde redactor deste arrazoado com a madureza que o tempo inexoravelmente emblema. Assim sendo poder-se-á logo à leitura do título deste escrito levantar nos eventuais leitores uma dúvida que vamos descodificar.
No meio rural naquela data sobretudo antes do aparecimento da televisão em 1957 nada acontecia. Eram então as romarias anuais e as feiras, locais onde as pessoas acorriam. Ir à feira de Nespereira era uma mais-valia que todo o agricultor ou simples cabaneiro das redondezas não desperdiçava. Eram feiras onde o gado vacum arouquês tinha forte presença conduzido por moços boieiros um à frente e outro atrás da manada. Como mera nota já por aqui falei da condução do gado comprado por negociantes na feira do Marco de Canavezes que ia directamente a calcantes para o matadouro da Corujeira no Porto. Dito assim para os mais novos isto não passa duma ironia, mas ainda há testemunhos vivos do que acabo de dizer.
Mas voltando ao título “varrer a feira”. Hélas, qual medida higiénica qual quê, as vassouras eram de giesta e convenhamos que varrer a bosta do recinto após a feira não seria muito viável. (Mudando a agulha, na cidade do Porto naquela data as ruas eram varridas e também lavadas coisa que na actualidade não me parece.) Mas vamos então “varrer a feira”. Todo o feirante que se prezava ia à feira com um “marmeleiro” que tinha a dupla função, tanger o gado ou como arma de defesa ou ataque conforme as circunstâncias. E nas feiras as sarrafuscas aconteciam frequentemente, quando a coisa aquecia, havia, não diria profissionais, mas gente que gostava das confusões, pronta a desancar. Alguns eram referenciados e orgulhavam-se na venda lá da terra, com a caneca avantajada de quartilho e meio, à mão de semear, dum branco surrado, com prótese na asa e com dois gatos na rachadela, a esbordar de tintol, de varrer a feira duma ponta à outra. E a verdade é que eram temidos e vistos como musculados, olhados com respeitinho!
Passados estes anos as feiras já não apresentam estas características. O gado quase desapareceu do mapa e as pessoas já estão mais civilizadas deixando-se da “varredura” das feiras.
Em contra-ponto de épocas podemos dizer que agora há outras varreduras pelo reino, leia-se sacaduras(sacanices se preferirem) ou limpezas a começar ao mais alto nível vindo por aí abaixo até ao simples esticão na rua da carteira da senhora idosa, tudo na mira do pilim, e roubos com violência são o dia a dia mas o ministro da justiça deve dizer que está tudo sob controle, a lei está a ser cumprida!.... O povo é sereno irá votar na maior e se abstenção for elevada tanto dá os deputados serão eleitos à mesma!... Mas já estou a descambar pois do que quis falar foi mesmo das “arruadas” de antanho na feira de Nespereira.
 

   Fiquem bem, antonio

 

Coisas tristes

- Em Penafiel a brutalidade daquele acidente deixou-nos irmanados na dor das famílias e amigos de gente tão jovem.

 

- No dia anterior também nesta cidade o caso das garrafas de cerveja holandeza abertas à frente de dois clientes que foram levados para o hospital devido à agressividade do líquido que não cerveja certamente é assustador, pelo menos enquanto não se souberem as verdadeiras causas. Demorará assim tanto tempo as autoridades a dizerem o que se passou?

 

- A resposta que a lider do maior partido da oposição deu sobre aquela malandrice, mais uma, da compra de votos na distrital de Lisboa foi confrangedora. A minha ténue credibilidade à senhora esmoreceu-se.

 

  (antonio)

Pág. 1/2