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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Conhecer melhor a cidade do Porto XXVII

Acompanhei hoje a Dra. Manuela Cambotas na 6.ª e última visita guiada dos Passeios da Primavera 2009. Subordinada ao tema "Na Foz, com Artes e Letras", rezava assim o prospecto da CMP: "Vamos do Rio à Foz, para relembrar as vidas e as obras da sua gente - gente comum, gente de ar selecto, gente das artes e letras...Sentindo a luz do rio e do mar da Foz, deixaremos voar a imaginação e a memória para outros tempos." Partimos da Capela-Farol de S.Miguel-o-Anjo, no sítio da Cantareira, com D. Miguel da Silva e seguimos pela Casa Fundação Eugénio de Andrade, com o Poeta da Cidade, pelo Chalé Suisso, pelo Jardim do Passeio Alegre, com Camilo, Soares dos Reis e Raul Brandão, acabando no Castelo de S.João da Foz do Douro, com Florbela Espanca. Foi uma manhã muito rica. Muito obrigado, Dra. Manuela Cambotas, por esta aula. O melhor estava, realmente, reservado para o fim. Vou dar os parabéns ao Director Municipal de Cultura, na pessoa do Dr. Matos Fernandes, através do dmac@cm-porto.pt pela feliz escolha que fez ao convidar a Dra. Manuela Cambotas para guia dos Passeios da Primavera 2009. Para visualizarem o álbum fotográfico, basta clicar na foto.

Pela ruralidade - XXXII (A última lavoura)

Só quem apalpa o meio rural de Portugal se apercebe do estertor lento da agricultura que se agravou com a entrada na comunidade europeia. Durante séculos a riqueza estava na terra, do seu amanho brotava tudo aquilo de que o país precisava, as fronteiras eram rígidas e não deixavam entrar os produtos ao preço da uva mijona na defesa do que cá se produzia.
Na minha santa terrinha cresci a ver em todos os campos ou pequenas leiras terras de pão. Era tudo fabricado com a força braçal do homem auxiliado pelo vado vacum, agora é o que se sabe, está tudo abandonado ou em vias disso. Lavradores quase já não há, só um ou outro idoso ou algum cabaneiro, que não conseguiu ainda o rendimento social de inserção ainda lidam com a terra. É o caso do Sr. Manuel que este ano passou a fabricar terra de um carro de milho no campo do Rego do Meio. No dia anterior, logo pela manhã ele e a patroa cadabulharam as bordaduras e de tarde, como só pensa uma vaca, pediu a outra ao vizinho e acarretou o estrume na sebe do carro descarregando-o aos montículos no campo. Já ao fim da tarde vem o filho que trabalha na construção civil e ajuda a espalhar o estrume que tinha sido fermentado na corte. Na manhã seguinte logo ao aparecer a primeira claridade, já as andorinhas andavam nuns chilreios de vai e vem para os ninhos que estavam no alpendre, apõe as vacas ao arado que já estava no campo, começa então a virar a terra. A mulher à sôga, ele na rabiça com uma mão em cada haste e na direita ainda levava uma aguilhada. Leiva após leiva, chegados ao fim, há que agràdar para o terreno ficar receptivo à sementeira. O trabalho de maior canseira estava finalmente acabado e enquanto o senhor Manuel pegava no saco para espalhar a semente, a patroa foi a casa aquecer o caldo de couve galega com uns bocados de carne de cevado pelo meio, cuja matança tinha sido há uma semana à revelia da ASAE ( como é para consumo próprio não há problema).
Lavoura feita agora o senhor Manuel vai ver despontar o milho, ralear, sachar, empegar, cortar-lhe o pendão, escochar, desfolhar, secar, malhar, ensacar, moer e finalmente já em farinha “cozer o pão” – fim último de toda a azáfama!...


A minha simpatia para os trabalhadores da terra!...
 

                                                                         (antonio)

Conhecer melhor a cidade do Porto XXVI

É aqui, junto deste farol, que iniciaremos no próximo domingo o sexto e último dos Passeios da Primavera 2009. Seremos guiados pela Dra. Manuela Cambotas e a partida será às 10h00 junto à Capela-Farol de S. Miguel-o-Anjo. Subordinado ao tema "Na Foz, com artes e letras", o percurso segue por Casa Fundação Eugénio de Andrade, Chalé Suisso, Jardim do Passeio Alegre e terminará no Castelo de S. João da Foz. Reza assim o prospecto da Direcção Municipal de Cultura: "Vamos do Rio à Foz, para relembrar as vidas e as obras da sua gente - gente comum, gente de ar selecto, gente das artes e letras... Sentindo a luz do rio e do mar da Foz, deixaremos voar a imaginação e a memória para outros tempos." Então domingo lá nos encontraremos. Até lá. Saudações tripeiras do Francisco.

Eu vi o Porto em Gondomar

Conforme tinha agendado passei pelo Auditório de Gondomar para ver uma exposição de pintura. Não sou propriamente um visitante nato destes temas mas desta feita era uma exposição da Pequenu. Nunca fui dotado com aquela sensibilidade própria dos artistas para poder dar uma opinião com substância sobre o que vi. No entanto fico-me pelo senso comum e a mais não sou obrigado, gostei do que vi sobre o Porto histórico que a Pequenu tem pincelado.

No final de ter visionado a exposição ainda perguntei à pessoa, funcionária ou vigilante do Auditório, se havia algo onde deixar a minha apreciação mas foi-me dito que não, a autora não tinha disponibilizado. Fica de qualquer forma aqui o registo do meu olhar, já atrás descrito.

 

  As minhas saudações, antonio

Olhar o Porto - LXIX

As cidades estão numa mutação constante quer na área física, construções e arruamentos, quer na mobilidade. São dinâmicas que quase sem nos apercebermos vão dando nova fisionomia às coisas às quais nos vamos adaptando. Eu próprio não me estou a ver usar calça à boca de sino agora, bota de elástico vá que não vá!...
Vem isto a propósito de Germano Silva “À descoberta do Porto” no JN de hoje que fala da cidade do Porto no tempo do “cerco”. Mas é sobretudo o “boneco” que emoldura esta crónica que me deixa embevecido. A Praça Nova das Hortas depois denominada de D. Pedro e mais tarde Praça da Liberdade, onde podemos ver a norte a antiga Câmara Municipal com a estátua “o Porto” a encimar a frontaria, agora colocada a olhar para uma parede na chamada Casa dos 24. A foto é anterior ou quase ao aparecimento do automóvel, pois nas ruas laterais da praça apenas se visionam charrettes. É sobretudo em toda a citada praça que podemos admirar um trabalho de alto gabarito de artistas calceteiros, em calcário e basalto que circunda o cavalo, leia-se estátua equestre de D. Pedro IV.
Com a demolição da antiga câmara para se abrir a Avenida dos Aliados alterou-se aquele belo piso tendo-se elaborado na praça e nos passeios novos da avenida desenhos com o mesmo material que chegaram até aos nossos dias. Mas há poucos anos com as obras do “Porto 2001” tudo isto foi destruído incluindo os belos jardins no centro dos Aliados deixando uma área deserta, sem vida, que só aos obreiros que a idealizaram, arquitectos da moda, pode agradar. Já por aqui referi muitas vezes esta malfeitoria, na minha óptica, e que mais uma vez me veio ao de cima com esta crónica do Jornal de Notícias.


(É pena não poder linkar a crónica, eu não consegui. No entanto a imagem da Praça de D. Pedro do inicio do século XX pode ser vista no GOOGLE em vários sites do PORTO ANTIGO)
 

 

  Fiquem bem, antonio

Foto do dia

 

O restauro da ponte Maria Pia a cargo da REFER está a andar... Parece que irá ficar preparada para passeio pedonal e ciclovia. Os autarcas de Gaia e Porto é que ainda não chegaram a acordo, (ou já terão chegado?),  para dar continuidade à obra depois de pronta.

 

    (antonio)

O Professor Helder Pacheco e a internet

Vou contar-vos o que me aconteceu. Estava eu a dar uma vista de olhos pelos blogues quando reparo que o artigo «Conhecer melhor a cidade XXV» deste blog tem um comentário que eu ainda não tinha lido. É evidente que tratei de o ler de imediato. Parei. Parei tudo para o ler porque se tratava de um agradecimento vindo de uma pessoa que prezo muito por me ter ensinado muito mais: exactamente o Professor Helder Pacheco. É claro que registei de imediato o meu comentário. Mas a minha admiração não se quedou por aí. Reparo que o Professor tem o nome linkado e ao seguir a hiperligação, qual é o meu espanto quando sou confrontado com o blogue do Professor. Exactamente. E com o título: "o porto de helder pacheco".

Convido-vos a visitá-lo. Basta clicar na fotografia do Professor. Por mim, vou tê-lo sempre aqui no meu pc à mão de semear. Muito obrigado Professor Helder Pacheco.

Saudações tripeiras do Francisco.

Dia dos museus

Eu tenho uma proposta para o Dia Internacional dos Museus ter uma comemoração condigna. Vou ter a coragem de a tornar pública. É a seguinte:

- Neste dia, todos os alunos, de todas as escolas, da educação pré-escolar ao ensino superior, teriam de cumprir o dia lectivo visitando, pelo menos, um museu e fazendo, no mesmo dia, a avaliação da visita de estudo ou algum trabalho que registasse a visita.

É uma utopia?

 

Dia dos Museus
PORTAL DA CULTURA INSTITUTO DOS MUSEUS
MUSEUS DE PORTUGAL MUSEUS DO PORTO

Saudações tripeiras do Francisco.

Histórias da história da guerra

Quem ler os jornais diários, creio que à segunda-feira no JN, apercebe-se da quantidade de encontros anuais de antigos militares que estiveram na chamada guerra colonial. São normalmente anunciados pelo número do Batalhão ou Companhia e os locais onde estiveram.

Os militares do Batalhão de Caçadores nº 1910, que era constituído por quatro Companhias, do qual fiz parte, mais uma vez responderam em massa à chamada vindos de todo o país, reunindo-se no Regimento de Infantaria de Viseu. O pessoal, todo sexagenário, alguns com a família, puderam mais uma vez confraternizar num ambiente de memória viva dos tempos passados no duro, para uns mais do que outros. Aquilo é um desfilar de peripécias em Angola na picada lamacenta ou poeirenta conforme as condições climatéricas, como se tivessem sido vividas ontem. São amizades que nasceram numa situação especial na juventude e que ainda hoje são mantidas com a pureza que lhes deu razão despida de motivos interesseiros. É por isso que continuamos ano após ano a sentir esta interiorização que nos faz avivar os bons momentos da vida...

 

  Fiquem bem, antonio

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