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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Olhar o Porto - LV (O liberalismo)

Os passeios de Outono promovidos pela CMP versam sobre o liberalismo. Os combates entre absolutistas e liberais tiveram epicentro aqui na cidade do Porto em 1832.
Hoje tivemos a oportunidade, sob orientação do Dr. Júlio Couto, de calcorrear os locais onde estiveram instaladas baterias afectas a D. Pedro. Assim a linha defensiva de Torre da Marca que ficava ali nos limites do Palácio de Cristal que metralhava as linhas inimigas de D. Miguel do outro lado do rio Douro. Mais a montante a bateria das Virtudes bem como da Vitória também posicionadas para alcançar as forças miguelistas do outro lado em Gaia. Descendo da Vitória pelas escadas da  Esnoga encontramos vários conventos cujos frades tinham dado às de Vila Diogo quando as tropas liberais ali chegaram pois eram afectos a D. Miguel. Descendo sempre até à Ribeira, onde aí demos uma olhadela com um leve sorriso ao modernaço S. João que foi colocado, há poucos anos, por uma vereadora do consulado de Fernando Gomes,  no nicho da monumental fonte, obra dos Almadas no tempo do Marquês de Pombal. De facto o que ali se vê não diz a cara com a carêta  mas adiante, passamos para a outra margem e subimos  até à Serra do Pilar onde D. Pedro conseguiu instalar uma bateria defensiva que dominava a cidade. Devido ao sítio estratégico teria alterado o rumo dos acontecimentos se fosse tomado por D. Miguel.
Agora pelo tabuleiro superior da ponte Luís I fomos até à Sé e aí ouço, à minha sugestão, uma apreciação à tão badalada “Casa dos 24”, bem como à posição da estátua "O Porto" que ninguém entende.  Como esta estátua andou sempre às bolandas pela cidade desde que foi apeada do frontispício da antiga câmara do Porto, não me espanta nada que mais ano menos ano vá para outro sítio ou ficar no mesmo com uma rotação de 180 graus. As críticas que até aqui têm sido encobertas, não pelo comum dos cidadãos que sempre as fez, lá se vão ouvindo por pessoas que sabem e estudam a cidade.
Igreja dos Grilos e Rua de Santana com uma abordagem ao arco do mesmo nome, celebrizado por Almeida Garrett, que faz parte da antiga muralha, por muitos Sueva, por outros Romana. Rua da Bainharia e Travessa do mesmo nome, junto ao encapuzado Rio da Vila, onde finalizou mais uma aula ao vivo dos sítios mais marcantes do liberalismo.

 

(Na imagem, no final do passeio, tudo atento às histórias que Dr. Júlio Couto tão bem sabe contar a troco de tudo ou de nada)
 

 

  Fiquem bem, antonio

POEMA "MIGALHÃES"

    MIGALHÃES

Lá vem pelo avelar
O filho do Zé João
Vem do centro escolar
Cansado de palmilhar
A caminho da povoação

Não há médico na aldeia
E a antiga escola fechou
Não tem carne para a ceia
Nem petróleo para a candeia
Porque o dinheiro acabou

O seu pai foi para França
Trabalhar na construção
E a mãe desta criança
Trabalha na vizinhança
Lavando pratos e chão

Mas o puto vem contente
Com o Migalhães na mão
E passa por toda a gente
Em alegria aparente
De quem já sabe a lição

Um senhor muito invulgar
Que chegou com mais senhores
Veio para visitar
O novo centro escolar
E dar os computadores

E lá vem o Joãozinho
No seu contínuo vaivém
Calcorreando o caminho
Desesperando sozinho
À espera da sua mãe

Neste país de papões
A troco de dois vinténs
Agravam-se as disfunções
O rico ganha milhões
E o pobre Migalhães!!!

 
 

Olhar o Porto - LIV (A Praça das minhas memórias)

Helder Pacheco na sua crónica de ontem no Jornal de Notícias “Passeio Público” faz uma resenha histórica dos acontecimentos marcantes após o liberalismo que tiveram epicentro na Praça.
A razão de muitos nomes e datas das ruas do Porto têm de facto a sua génese nos factos históricos que foram sendo cozinhados ali. Alguns deles foram presenciados por mim quer um pouco antes como depois do 25 de Abril de 1974. Mas aqueles que mais retenho foram as manifestações proibidas, pois claro, antes desta data, no dia do trabalhador – 1º de Maio. As massas, espontaneamente ou convocadas por panfletos espalhados à surdina pela cidade, começavam a juntar-se em redor do “cavalo”, nome que se dá à estátua equestre de D. Pedro IV, e a praça começava a encher, a encher!... Um carro da polícia, à altura comandada pelo temível major Santos Junior, com megafone subia e descia a Avenida dos Aliados tentando demover os manifestantes dando prazo para dispersar ordeiramente. Entretanto carrinhas da polícia de choque instalavam-se em sítios estratégicos, Praça Filipa de Lencastre, Largo dos Lóios e Praça de D. João I, prontos para a acção. Ao sinal de avançar a polícia bem como agentes da DGS (Direcção Geral de Segurança, vulgo PIDE ) infiltrados nas massas populares, encurralavam os manifestantes e começavam a cascar forte e feio em quem aparecesse à frente e os mais contestatários eram logo engavetados nas carrinhas e levados para a DGS que era no largo Soares dos Reis onde actualmente funciona o Museu Militar.  O autor deste arrazoado também andava por lá, não na primeira linha, em lugares estratégicos para dar às de Vila Diogo sem ser molestado quando a borrasca se instalava, se bem que duma vez tivesse escapado com um amigo por um triz. Estávamos no tempo do “garrote” quando as “amplas liberdades” ainda não estavam instituídas. Se do primeiro não temos saudades, da prática das segundas temos muitas interrogações.
 

 

  Fiquem bem, antonio

Conhecer melhor a cidade do Porto XI

 

É precisamente neste sítio que começa no próximo domingo, dia 19 de Outubro, pelas 09h30, mais uma etapa dos Passeios de Outono. Desta vez é o Dr. Júlio Couto que nos vai conduzir por mais alguns locais do Cerco do Porto. Basta aparecer mas se quiser ter a amabilidade de se inscrever é só consultar este sítio da Câmara Municipal do Porto. Então até domingo, se Deus quiser.

Saudações tripeiras do Francisco.


 

Pela escola

Como já há uns anos que arrumei as botas, ficamos na bancada a observar as mudanças que estão a atravessar a escola. Com alguma nostalgia própria dos maduros recordo da minha meninice a triologia cultural das nossas terras expressa no Padre, o Doutor (médico) e o Professor. Do último já aqui falei pois foram verdadeiros centros de cultura sobretudo no país rural.
As sociedades são dinâmicas, os modelos culturais agora são outros. A escola actual está em grande turbulência e os professores que foram apanhados a meio da carreira não estão a aguentar e pedem a reforma antecipada mesmo com custos.
O JN tem abordado esta situação com profissionais que ainda podiam dar muito à escola, a bater com a porta. A indisciplina no meio escolar, a prepotência do ministério com o facilitismo de permeio na transição dos alunos para as estatísticas e a enfadonha burocracia da papelada deixam o “ensinar” para segundo plano.
Continuamos expectantes nas melhorias da educação mas quando a ministra diz que está tudo a melhorar ficamos com muitas desconfianças!... Medina Carreira ontem na SIC-Notícias arrasou a política do ensino com o facilitismo que leva à ignorância dos alunos.
 

 

   Fiquem bem, antonio

Pelo JN

Por Manuel António Pina na rubrica “Por outras palavras” – De novo o caso das casas


“Um azar, foi o que foi. Um invejoso qualquer deu com a língua nos dentes, o MP abriu a tampa e, lá dentro, fedia. Já aqui se falou do caso, mas todos os dias há novos e emocionantes episódios. (Leitor, se vai continuar a ler, tape o nariz). Há 30 anos que a Câmara de Lisboa atribuiu pelo método da cunha casas do património municipal a amigos, funcionários, colegas de partido, artistas, jornalistas e mais sem-abrigo do género. A coisa vem, sabe-se agora, dos mandatos de Krus Abecassis (CDS), Jorge Sampaio (PS), João Soares (PS) , Santana Lopes (PSD) e Carmona Rodrigues (PSD), até ao actual, António Costa (PS), e entre os sem –abrigo contemplados com casas e rendas médias de 35 euros, há directores municipais, filhos de directores municipais, filhos de presidentes de juntas, chefes de gabinete, fadistas, a secretária de Amália Rodrigues, a directora da segurança social de Lisboa e Vale do Tejo e, porque o sol quando nasce é para todos, até a actual vereadora da Habitação. (Já pode destapar o nariz, leitor). Valentim, em Gondomar, distribuía electrodomésticos, mas esses, ao menos, eram dele.”
Segundo a imprensa o mais mãos largas foi J. Soares e o mais parcimónio foi Carmona. O actual Presidente da Câmara de Lisboa, tal como os seus antecessores, bem pode dizer que vai averiguar, mas a poeira acalmando fica tudo na mesma. Pacheco Pereira no programa “Quadratura do Círculo” da SIC Notícias aborda o assunto falando numa cultura de favores e cunhas que fazem parte do oleamento das máquinas partidárias. Adianta que trata-se duma hipocrisia transversal a todos os partidos. Nesse mesmo programa falou nos estratagemas de que teve conhecimento quando esteve como deputado em Estrasburgo, como enriquecer com facilidade.
Tudo isto só vem reforçar o que tenho vindo a interiorizar de que será com muita dificuldade que alguém me irá convencer a meter o papelinho na urna!... 

 

   Fiquem bem, antonio

 

Conhecer melhor a cidade do Porto X

Muito obrigado, Dr. Helder Pacheco. Foi, realmente, uma maravilha ter tido o privilégio de o ouvir e de o acompanhar, neste domingo 12 de Outubro de 2008, desde o Trem do Ouro até à Pérgola da Foz. Há quem diga que andámos 10 ou 11 quilómetros. Não sei. Não levei o podómetro. O que sei é que aprendi muito, mais uma vez ao ouvir o Professor. E ainda por cima duma cidade que me diz muito porque foi nela que nasci e é sobre ela que quero aprender tudo o que puder. Bem haja, Dr. Helder Pacheco. Se quiserem visualizar o álbum fotográfico, basta clicar na foto. Se quiserem disponibilizar as vossas fotografias, serão muito bem recebidas. Saudações tripeiras do Francisco.

Capitão de Abril

Os vapores da revolução do 25 de Abril de 1974 acarinhada pelo povo que saiu em massa para a rua foram-se esfumando e à luz dos dias de hoje é legítimo interrogarmo-nos, que benefícios o povo usufruiu. Já o 28 de Maio de 1926 tinha sido apoiado pelas massas populares e depois deu o que deu. A independência das colónias, que aconteceu após a revolução dos cravos,  era inevitável e aconteceria sempre, qualquer que fosse cá o regime. E a democracia que foi instalada com o golpe só vai servindo aos partidos políticos e todos aqueles que gravitam à sua volta. E não tenhamos ilusões, é com a capa da democracia que se estão a dar as mais sofisticadas sapatadas todas cobertas pela legalidade democrática. A cardápia de encobridores a começar pela legislação dúbia é demais. De entre toda esta trapalhada de gente que se amanha eis que surge alguém – um capitão de Abril, homem sóbrio, de carácter, que na atitude que tomou deu uma bofetada de luva branca aos legisladores e àqueles que aprovam leis tão desajustadas ao pobre país onde vivemos. Trata-se do General Ramalho Eanes que recusou € 1,3 milhões de retroactivos a que legalmente tinha direito. Curvo-me a este homem!...

 

   Fiquem bem, antonio

Conhecer melhor a cidade do Porto IX

Não há desculpa, realmente, para não conhecer melhor a cidade do Porto. Digo isto e fundamento o que afirmo. O cicerone é do melhor que a cidade do Porto pode oferecer: o Professor Helder Pacheco. O dia, esse é no próximo domingo de manhã. O tema, esse é fabuloso : [Locais do Cerco do Porto - Do Trem do Ouro ao Castelo do Queijo]. O local de encontro, esse é o mais aprazível possível: em frente ao rio Douro. Então até lá e não se esqueçam que vamos caminhar a pé durante duas horas e por caminhos muitas vezes desconhecidos. Saudações tripeiras do Francisco.

Alterações climáticas

Segundo a Agência Europeia do Ambiente a Europa incluindo o sul da Península Ibérica ver-se-ão a curto prazo com situações de vulnerabilidade devido às alterações climáticas que aí estão a bater à porta. Secas intervaladas com enxurradas pluviais causar-nos-ão consequências económicas na agricultura, turismo e produção de energia eléctrica. As aves migratórias alterarão, já estão a alterar, os seus ciclos. As cegonhas já ficam por cá todo o ano como tive oportunidade de agora constatar quer em Albufeira em cima duma chaminé desactivada como por todo o Alentejo em cima dos grandes postes de condução de electricidade. As andorinhas já antecipam a Primavera na chegada a Portugal; o cuco que chega também por esta estação está a ir embora cada vez mais cedo; As rolas também ficam por cá o ano todo fintando o que me diziam os livros na minha meninice, que faziam parte das aves de arribação. São sinais que nos chegam e a que os governos dos países têm de estar atentos a estas mudanças. Já não bastava a crise económica que está aí a entrar a passos galopantes e ainda mais esta das alterações climáticas. Mas parece que anda tudo surdo e nada se faz para enfrentar estes embates.

 

(A imagem é de um casal de cegonhas, visto por mim, numa chaminé desactivada no centro de Albufeira)
 

  Fiquem bem, antonio