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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Pela ruralidade

A minha sogra a bater os noventa mas ainda com uma agilidade que faz inveja a muitos de sessenta é muito da igreja e falou-nos se queríamos ir ao Santuário de Balsamão em Trás-os-Montes, ela já conhecia. O grupo formado a partir de praticantes da paróquia de Campanhã onde me englobei, partiu no domingo da Praça da Corujeira. Chovia p´ra caraças pela manhã mas a tarde ficou radiosa.

O santuário de Balsamão fica no cimo duma colina no concelho de Macedo de Cavaleiros com uma vista deslumbrante sobre a envolvência de úberes vales cobertos de oliveiras  e amendoeiras. O santuário em si nada tem de especial a não ser construções recentes, terão 20, 30 anos, pertença do convento que foram encostadas à igreja. É uma dor de alma que estes atropelos ao bom gosto e à preservação do antigo façam parte deste Portugal pequenino. A televisão “Aljazira” do Catar há dias disse cobras e lagartos sobre a corrupção que campea em Lisboa, eles se fossem por esse Portugal fora ficavam atónitos com atentados ao ambiente!

Depois seguimos para Alfândega da Fé ao santuário de Cerejais. Aqui vamos encontrar uma basílica feita por um padre megalómano, octogenário mas de fibra, e que faz questão de ser cicerone dos excursionistas. Segundo indaguei é um padre bastante rico em propriedades na região e com poder. Quis fazer naquela pequena terra uma réplica de Fátima em Trás-os-Montes, assim sendo as imagens quer na basílica, capelas e nos espaços abertos são todas alusivas à Cova da Iria.  Fala com convicção com orgulho e muita auto estima sobre esta obra que foi inaugurada pelo Cardeal D. António Ribeiro, frisa. Adianta depois, que não sei quantos, cardeais e bispos já por lá passaram e que admiraram o carrilhão que toca muitas melodias, o órgão que até o bispo de Bragança gostou e mandou fazer um igual, os vitrais da basílica feitos por arquitecto alemão, o anjo feito por um escultor estrangeiro com madeira de cedro do Brasil que é duma perfeição rara… etc, etc. O padre que é um filho da terra enche a boca do cimo do pedestal a dizer que num domingo passado estiveram lá 50 autocarros para ver as amendoeiras em flor e a sua obra.

Seguimos depois por Vila Flor até Mirandela onde jantamos, mas não comemos nem compramos alheiras! O IP4 trouxe-nos ao Porto.

Fiquem bem, antonio

Conhecer melhor a cidade do Porto

      Não há, de facto, razões para não conhecer melhor a cidade do Porto. Ninguém tem desculpa para não aprofundar os seus conhecimentos sobre a cidade do Porto. É só escolher entre os Passeios JN com o historiador Germano Silva e os Passeios da Câmara Municipal do Porto com o Dr. Hélder Pacheco ou com o Dr. Júlio Couto. Saudações tripeiras do Francisco.

Ecos da Escola IV

Nos tempos que correm fala-se muito na indisciplina na escola agora no auge com o caso da escola Carolina Micaelis. Em debates informativos as televisões e a Internet têm espiolhado até ao tutano a falta de autoridade. Aquele vídeo que tem entrado em nossas casas dezenas de vezes teve a vantagem de despoletar situações adormecidas na vivência do mundo escolar. Se há alguém que não deve ter gostado de toda esta publicidade foi certamente o Ministério da Educação que deve sentir as orelhas a arder com toda a contestação ao estatuto do aluno pelos mais eminentes sociólogos e técnicos de educação. Até os mais fervorosos apoiantes deste governo como Jorge Coelho, no programa Quadratura do Círculo da Sic Notícias pôs bem a nu que há problema na escola entendida esta como a comunidade educativa, governantes e governados. Não são pois questões pontuais como quer fazer crer o Ministério da Educação e com aquela tirada menor da ministra que há aqui um aproveitamento político. Dando de barato que isso também aconteça, o problema é mais fundo.

O mais grave é que estes casos vão continuar a ficar abafados pois está dito preto no branco que o professor bem como a escola acabam por ser penalizados se forem comunicados às hierarquias ou à Polícia.

 

Estou a interiorizar em termos comparativos a disciplina que havia na escola da minha meninice. Eu sei que os tempos agora são outros, mas que há algo a fazer parece evidente.

 

  Fiquem bem, antonio

Surpresa musical IV


Quero convidar-vos uma vez mais, meus amigos, para ouvirem o trabalho de um colega nosso. Acho que não darão por perdido o pouco tempo que gastam a apreciar. E depois não se esqueçam de tecer alguns comentários pois trata-se de um colega nosso que nos tempos conturbados que correm ainda tempo para produzir coisas como esta. O que ouvirão é um original cuja reprodução está devidamente autorizada pelo seu autor. Boa audição. Saudações musicais do Francisco.

Pela ruralidade

Eu ando à cuca… Como vou frequentemente à terra que me viu nascer estou sempre na expectativa de o ouvir cantar. As andorinhas tinham chegado este ano muito cedo, meados de Fevereiro, como já por aqui abordei, sintomas de maus augúrios das alterações climáticas. Mas do cuco, nada. Dizia-me o meu vizinho lá da terra que no ano passado por esta altura já tinha chegado, só andava lá um e que este ano até pode já não aparecer nenhum.
Bem, queira Deus que o ditado antigo não se cumpra, dizia o meu vizinho parafraseando os antigos, atento a estas coisas da natureza:
“Se entre Março e Abril ele não aparecer ou o cuco se finou ou o fim do mundo chegou” e ainda “Se a sua vinda se atrasa anuncia males”.
A chegada do cuco com o seu cantar característico é vista no meio rural num dobrar de novo ciclo nos trabalhos agrícolas. Assim, as podas das árvores sobretudo das videiras têm de estar prontas antes da chegada do cuco. É uma desconsideração para um lavrador andar ainda na poda e o cuco a cantar. O seu canto é sentido como uma troça aos atrasados na podadura.
A importância sazonal que tem a chegada do cuco para a gente do meio rural reflecte-se também no status social que era ter um relógio com um cuco a espreitar a dar as horas, cuu-cu, cuu-cu!
Comecei esta pequena crónica dizendo que andava à cuca do cuco. No meio social e político há por aí muitos cucos e cucas, fazem a criação, leia-se riqueza, sem esforço tal como esta matreira ave que sorrateiramente encarrega outros, toutinegra e carriça, da criação dos filhos. Se me permitem continuar com o trocadilho, em Angola mandei abaixo muitas cucas, algumas pretas, estou a falar de cerveja, bruxo, pois o calor era muito!

PS: Tinha já há dias esta crónica gravada no Word. Ontem fui à minha aldeia, encontrei o meu vizinho que me disse que o cuco chegou na passada sexta-feira mas que o seu cantar é um bocado rouco. O cuco vem gripado, atalha com um sorriso o meu vizinho. Eu não o ouvi, pois esteve um dia de muita chuva e o cuco só canta quando aparece uma resseca segundo a sabedoria ancestral do meu comparsa.

 

Fiquem bem, antonio




As placas da estátua de D.Pedro IV

Valeu a pena. Valeu a pena tudo o que escreveste, tudo o que disseste e tudo o que fotografaste, meu caro António. Aí está o exemplo de como um simples blog como este pode prestar um serviço a toda uma comunidade, mesmo que essa comunidade seja o País. Aqui está o exemplo de como o espírito de observação, o gosto e a pertinência de pessoas como o António Gonçalves podem contribuir para o bom funcionamento de instituições que poderiam e deveriam tomar certas iniciativas. E aqui está o comprovativo.

Saudações bloguistas do Francisco.

Ecos da escola III

Na minha vida profissional ainda a escola não estava atafolhada de papelada como parece acontecer nos dias de hoje. As ginásticas dos governantes têm sempre na mira as boas estatísticas para não fazermos figuras tristes de atrasados em relação aos restantes países da Comunidade. No passado até diziam que tínhamos  de alinhar no pelotão da frente, mas agora já era muito descaramento virem com esse slogan.
Se no passado essas estatísticas eram tidas em conta, agora são esmiuçadas até ao tutano.
Eu conto. Era Roberto Carneiro ministro da Educação quando despachou que todos os alunos que frequentavam o 1º ano teriam de transitar para o 2º ano não havendo lugar a retenção. No fim do ano lectivo grandes parangonas saíram na imprensa vindas do ministério a dizer que a percentagem de reprovações tinha diminuído significativamente no 1º ciclo. Tirou assim um coelho da cartola, pudera, e ficou todo feliz.
Bem, mas agora a coisa é demais!... Alunos faltosos que podem ser repescados com aproveitamento. Os professores são também avaliados em função do aproveitamento do aluno, portanto a regra será o facilitismo, laxismo segundo Marcelo R. Sousa. E depois aqueles diplomas que Sócrates anunciou, por competências!... Enfim, a embrulhada é grande!...
Assim o sumo do ensino vai-se esfarelando com aparências no presente mas com o futuro muito incerto.

 

  Fiquem bem, antonio

Ainda o Tua!...

A linha do Tua que reabriu a 27 de Janeiro após um interregno de um ano devido ao grave acidente está novamente com o futuro próximo incerto, já que a médio prazo vai ser mesmo encerrada com a construção da barragem.

O Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres aceitou prorrogar por mais dois meses a licença provisória de circulação na linha do Tua enquanto a REFER e o LNEC terão de apresentar relatório de segurança para a linha  não fechar.

O estertor daquela espectacular linha aproxima-se, não percam a pitada. Claro este alerta é para quem gostar destas coisas pois há  quem alinhe mais ir enchumbar-se de CO2 para o centro comercial.

Para mais informações ver aqui.

 

   (antonio)

Poderes invertidos na escola

A saga da indisciplina na escola continua e de que maneira!... Vejam este caso que brada aos céus e só por acaso chegou à imprensa porque foi gravado. Alguém tem que pôr mão nisto, não sei quem...

O JN, jornal que leio diariamente ainda há dias trazia na Página do leitor episódios que se passam nas salas de aula que nos deixam atónitos.

Ver aqui o que diz Pulido Valente no Público, e ali Mário Crespo  e Honório Novo no JN.

 

   (antonio)

Ele ñ gosta dos prof.

Emídio Rangel escama ferocidade sobre a classe dos professores. Está no seu direito de liberdade, desancar bordoada naqueles  que não gosta. Podemos especular que eventualmente Rangel teve algum prof. que não lhe caíu no goto e daí pôr a solto toda uma animosidade à flor da pele.

Eu próprio durante muitos anos também alimentei, erradamente diga-se, uma certa antipatia sobre uma classe, taxistas. E porquê? Era eu um puto seminarista e tinha chegado no comboio à estação de S. Bento. Com as malas, de cartão pois claro, apanhei na Praça Almeida Garret um taxi para me levar à já extinta garagem Galiza a S. Lázaro para ir para a terra na carreira. Pois levei com umas trombas e sermão do taxista: que a corrida era curta e para a próxima não o abordar, béu, béu... e o seminarista indefeso, encolhido sem resposta face ao trauliteiro.

Portanto Rangel também estás perdoado se não continuares a dizer que "os professores trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações e transformaram-se em soldados do Partido Comunista para todo o serviço".

Teve azar pois enquanto escrevia estas atoardas estavam 100.000 nas ruas de Lisboa.

 

  Fiquem bem, antonio

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