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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

É comovedor...

Digam lá se é ou não é comovedor. Estar a ser lido por alguns colegas, ser observado sistematicamente e não ter um mínimo de atenção. É confrangedor. Sinto uma enorme tristeza. Os colegas foram abandonando a escrita aqui. O António e eu temos mantido alguma existência. Contudo, é comovedor. Confrangedor. Já sei que quando nos encontrarmos no almoço anual, vão dizer que sou batalhador, persistente, que não desisto de chatear os colegas e eu sei lá que mais. Todavia, o que sinto e o que vós podeis confirmar é que isto está a morrer. Sim, porque tudo o que nasce também morre. É a lei da vida. Enfim... Está nas nossas mãos. São poucos os que querem que esta forma de nos encontrarmos se mantenha. é pena. Desculpem o desabafo. Estou triste. Será que me podem alegrar?

Saudações entristecidas do Francisco.

"Prós e Contras"

Estimados colegas

Não pode ter sido indiferente a ninguém o debate no programa Prós e Contras da RTP, em 25/02/2008. Como tal, declaro aberto o fórum. Não me digam que ainda vai ser desta que vão passar por aqui e nem uma palavra sobre o assunto vão deixar... Eu não acredito, sinceramente. Todavia, aguardo calma e serenamente. Saudações docentes do Francisco.

Ponte D. Maria

 

A cada passo lemos na imprensa, agora não só roubos da caixa das esmolas mas também santos e outras esculturas da igreja. Há dias foi notícia que numa aldeia da Região da Guarda tinham roubado do largo central uma escultura pesada, em pedra, ex-libris dessa terra.

Falar de roubos com auxílio de maquinaria pesada como tem sido noticiado com as caixas multi-banco  seria impensável ainda não há muito tempo. Notícia seria o gatunismo do aldeão que roubava as laranjas do vizinho ou na cidade o rapazio que desviava do super mercado um rato Mickey.

Em pleno coração do Porto roubaram as placas laterais do pedestal da estátua equestre de D. Pedro IV que ostentavam os nomes dos mártires enforcados naquele local às ordens do rei D. Miguel.

Ontem passei na marginal e observei que no apoio granítico do pilar principal da ponte D. Maria, do lado do Porto, a placa aí encrostada comemorativa do centenário da ponte está com sinais de violação pronta para ser pifada. Se não houver medidas atempadas terá certamente o mesmo destino das placas da estátua equestre da Praça.

Aqui deixo o meu alerta para quem de direito se interesse por estas coisas!...

   Fiquem bem, antonio

 

Pela ruralidade

Elas voltaram!...
Estamos em Fevereiro e a temperatura está bastante agradável. As alterações climáticas são um dado adquirido e não mais nos podemos cingir ao calendário estático das estações do ano.
Se as cegonhas já permanecem todo o ano do baixo Vouga e as rolas continuam por cá a arrulhar sem interregnos, são sinais que tudo já não é como dantes.
Elas também voltaram mais cedo do que era habitual e já andam nos seus trinados madrigais a refazer os ninhos do beiral da minha casa velha, que deixaram do ano anterior. Voltaram de uma viagem de milhares de quilómetros desde a África do Sul. São as mensageiras que sempre anunciaram a Primavera.
Como eu gosto das andorinhas!...

 

   Saudações primaveris, antonio

Olhar o Porto

Hoje ganhei o dia e vocês vão saber o motivo. 
Saí aqui de casa, em Gondomar e meti pés a caminho até ao Porto. Se vos disser que resido a 200 metros da fronteira Gondomar – Porto, talvez a admiração não seja tanta. Mas a esticadela, a temperatura estava amena, foi até ao coração do Porto, aliás tenho feito isso muitas vezes. O regresso também foi a penantes.
Meti pela marginal e duma assentada passei sob quatro pontes, a do Freixo, S. João, D. Maria e Infante. Fui admirando as escarpas em especial a da outra margem, Serra do Pilar, que vai ser desalojada das construções que por lá se fizeram ao acaso a seguir à Revolução dos Cravos. Já perto dos Guindais, mais propriamente na Gustavo Eiffel, subi a Calçada das Carquejeiras, na imagem,  de forte inclinação que vai até à Alameda das Fontaínhas. A meio, ao cruzar-me com uma senhora com aparência dos setenta a acusar alguma debilidade física, meti conversa e logo eu que sou um bocado para o introvertido:
    - A descer bem vai, minha senhora, o pior é a subir, já aqui vou a suar as estopinhas!... Eu vinha cá a pensar se os carros de bois antigamente subiriam esta calçada...
    - Não, não senhor, aqui subiam as carquejeiras, a minha mãe foi uma delas, que traziam lá de baixo dos barcos rabelos os molhos de carqueja à cabeça e levavam às padarias espalhadas pela cidade.
    - Pois, minha senhora, esse combustível vinha  lá dos meus lados de Cinfães, Marco, Entre-os-Rios e Castelo de Paiva pelo rio Douro.
    - Olhe meu senhor, dizem que agora está mal, mas antigamente é que era!... Eram tempos difíceis. Agora o estado dá dinheiro a esses cavalos, referia-se aos utentes do rendimento mínimo, que não fazem nada.
Quem já alguma vez subiu esta calçada, acreditem que não é sopa, com dificuldade imagina o esforço humano para subir com um molho à cabeça e muitas vezes, segundo me disse a senhora, com um  filho no regaço envolto no avental. Eu que a subi, já não foi a primeira vez,  e só levava na albarda a máquina fotográfica a tiracolo cheguei ao cimo amanteigado!...
Como nota final refiro que esta calçada tinha o nome de “Calçada da Corticeira”. A Câmara do Porto mudou-lhe o nome para “Calçada das Carquejeiras” há poucos anos em homenagem a essas heróicas carrejonas.

 

      Fiquem bem, antonio

Carros abandonados pela cidade do Porto

Não vou ilustrar esta crónica porque respeito os proprietários dos veículos que estão abandonados. Vontade não me faltava, podem crer. Sempre era uma forma de aumentar a vergonha para a cidade do Porto. E não me faltava material para fotografar. Como por exemplo à minha porta. Na rua onde moro há, num espaço de 300 metros, 3 carros abandonados. Isto dá uma média comovedora, não acham? Não tenho corrido a cidade, nem coisa que se pareça mas tirando a Avenida dos Aliados e mais alguns arruamentos do centro da cidade, não faltam por aí exemplos para concretizar o que acabo de dizer. E o que é mais curioso é que a Câmara Municipal do Porto(CMP) tem um departamento que tem esse pelouro: o de sinalizar veículos abandonados ou estacionados há longa data no mesmo sítio. Longe vai o tempo em que víamos os veículos serem multados por excesso de tempo de permanência no mesmo local...Deixem-me então dizer-vos que liguei ao respectivo departamento da CMP e perguntei se queriam aceitar a denúncia de 3 veículos estacionados há mais de 6 meses no mesmo sítio, da mesma rua, da cidade do Porto. Como a resposta foi afirmativa, assim fiz. Identifiquei as marcas dos veículos, cor, matrículas e localização exacta dos mesmos. Agradeceram a denúncia e disseram que iam agir em conformidade. Agora pergunto eu: que acção e procedimentos terão tomado para, nestes 2 meses que passaram desde que telefonei e até à data em que escrevo estas linhas, os veículos continuarem no mesmo sítio, impávidos e serenos? É evidente que estão a retirar lugares de estacionamento aos poucos já existentes por esta cidade. E quanto à lixeira que estão a acumular no espaço que ocupam? Mas podemos alargar o panorama às imediações das esquadras da Polícia de Segurança Pública(PSP). Também tenho uma a 300 metros de minha casa. Passo por ela todos os dias úteis, pelo menos duas vezes. Sabem quantos veículos detidos, arrestados, imobilizados ou estacionados à guarda da PSP estão nas imediações da mesma, a retirar lugares de estacionamento e a dar um aspecto terceiromundista indesejável? Todos nós lemos há tempos no Jornal de Notícias que o vereador do urbanismo da CMP estava a estudar a solução para este problema. Eu posso dar-lhe uma ajuda, já e de borla: há instalações militares ou de ex-aquartelamentos que têm uma extensa área por ocupar. Há até uma, na Rua de Vale Formoso, à qual já foi dada o nome de super-esquadra. Tem até alguns desses veículos abandonados dentro. Contudo, não poderiam essas áreas servir, pelo menos provisoriamente, para retirar todos estes veículos das nossas ruas? Saudações tripeiras do Francisco.

Nacos da vida

Já por aqui falei na primeira escola onde leccionei na Foz do Douro, junto ao Passeio Alegre. Quando lá cheguei fui recebido pelo Delegado escolar que acumulava estas funções com o ensino, professor Ferreira da Costa. Era já um veterano, pertencia àquele estrato de professores primários com saberes adquiridos. Já aqui fiz, num post, em jeito de homenagem a minha admiração por esses mestres. Tinha, segundo me dizia, começado a sua carreira numa escola de Pataias, Alcobaça e contava-me muitas peripécias desse tempo que já as não tenho presente. Chegava à escola no seu “vauxall viva 1000”, era o único professor que chegava lá de pópó digno desse nome, havia outro que tinha uma chocolateira, os outros professores utilizavam os transportes públicos, principalmente o “amarelo”.
Morava na Foz contava-me umas histórias, estas ainda as tenho presente, das festas restritas que se faziam por ali, em que no fim após um convívio animado as chaves dos apartamentos dos pares eram colocadas numa mesa, baralhadas e depois tiravam à sorte e... iam-se divertir!... Comer sempre tripas à moda do Porto, um bom prato por sinal, era indigesto na óptica dos utentes parodiantes dessas festanças. Passadas mais de três décadas e meia estas malandrices já não fazem notícia, aliás nunca fizeram, agora tivemos tudo às escancaras como no “Salão erótico de Gondomar”, no Pavilhão multiusos que decorreu há pouco tempo. A coisa foi muito publicitada e segundo a imprensa até o major fez por lá uma aparição não descurando umas apalpadelas civilizadas.  Mas isso também é  a não notícia...
Mas ainda voltando ao citado professor, era um tipo da situação. Não fazia parte daquele naipe de professores primários que ao fim da tarde coçavam as cadeiras do Café Embaixador falando mais do mesmo com algum antifascismo de um ou outro sempre com as devidas cautelas pois os bufos nos cafés estavam à cuca destes tertulianos, era antes um isolacionista, salazarista vincado, estávamos em 1971. Dizia-me, sobre os malefícios da primeira república:
- Vá à biblioteca do Porto e veja nos jornais da época a balbúrdia que havia com manifestações e sarrafuscas, golpes e contra golpes quase todos os dias. E concluía, Salazar veio pôr ordem no país. (Ainda não se falava no 25 de Abril e na instabilidade que também se gerou durante o PREC).
Usava uma régua não para aquilo que estão certamente a pensar, mas para bater com ela na secretária, que já acusava o martírio, para chamar a atenção dos alunos qual professor do petiz, mais tarde escritor, Trindade Coelho que foi acompanhado à escola pela mão da governanta:
“Um mestre sem palmatória é um artista sem ferramenta, não faz nada. Santa Luzia milagrosa! Aqui onde a vê, senhora Helena,  tem feito muitos doutores”.
O certo é que naquela altura os alunos, na sua própria irrequietude, acatavam o mestre. Actualmente, e eu que tenho em casa duas filhas professoras, à hora do jantar é só ouvir histórias de cortar à faca, a ribaldaria no ensino é demais! Mas se olharmos para o lado parece que em todos os níveis acontece a mesma bandalheira por este país.
Onde estará o Sebastião José de Carvalho e Melo para pôr tudo nos trinques?!... Nem os actuais Távoras se safavam!...
 

    Fiquem bem, antonio

Como posso tornar-me autor/a deste blogue?

Estimados colegas que me estais a ler

Meus amigos

É fácil conseguires ser autor ou autora neste blogue e, assim, partilhares a tua prosa connosco, tornares os teus desabafos públicos, questionares os poderes instituídos, lançares desafios, etc.

Eis o que tens a fazer:

1 - Participar

     Participe neste blog

Isto está no blog - http://magisterio6971.blogs.sapo.pt/ - na coluna da esquerda e por baixo de Marcadores e Ligações úteis.

2 - Basta clicares em Participe neste blog

3 - Depois é só seguires, com paciência, os passinhos indicados.

Vá lá. Tenta, minha cara e meu caro colega de curso.

Até breve. Francisco.

O Rei gay fez obra no Porto!

Ouve-se a cada passo que a sexualidade é do foro íntimo de cada um. A “normalidade” parece ser a heterossexualidade que na sua acção vai dando continuação à raça humana.
Figuras sociais de proa têm posto a nu a sua libertinagem sexual sem traves, como Luís Pacheco e Cesariny entre outros, que não se livraram do anátema de escritores malditos. Eram livros abertos que não se escondiam na contra capa.
Podemos dizer que a não “normalidade” é transversal a todos os estratos sociais. D. Pedro I, um amante bissexual, foi um homem de paixões à esquerda e à direita. Por um lado caiu nos braços da bela Inês, por outro, segundo o cronista Fernão Lopes, gostava de tirar duas, entenda-se a bonomia, com o escudeiro Afonso Madeira. Foi cruel pelo que fez aos assassinos de D. Inês e ciumento também, pois não suportou a traição do amante com uma dama da corte e, mandou cortar-lhe o fálico.
As muralhas do Porto, baluarte de defesa da cidade, iniciadas com D. Afonso IV, estiveram em construção durante todo o reinado de D. Pedro e só terminaram com o seu sucessor D. Fernando, daí ficarem a ser conhecidas com a designação de muralhas Fernandinas. Segundo os cronistas D. Pedro revelou-se um bom rei, pois manteve a paz externa e consolidificou a independência de Portugal face à Igreja. A cidade do Porto viveu séculos dentro das muralhas até ao sec XIX em que os Almadas lhe cortaram as amarras e a expandiram para extra muros com novos arruamentos.

 

   Fiquem bem, antonio

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